Presidente eleito diz que pretende mostrar ‘humildade’ e ‘vontade de governar junto o Brasil’; para ele, prefeitos demitiram médicos para contratar cubanos
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), durante evento de jiu-jitsu no Rio de Janeiro (Fernando Frazão/Divulgação)
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste domingo, 18, que não pode “governar sozinho” e que tem “humildade” para dialogar com outros órgãos e outros poderes da República na tentativa de resolver os problemas do país.
Ele afirmou que terá uma agenda intensa na terça-feira, 20, para conversar com representantes de outras instituições. “Temos que nos unir. Não posso governar sozinho. O Executivo, apesar de falarem que é um poder independente, em grande parte depende do parlamento brasileiro. Temos que nos aproximar e muito do parlamento”, disse.
Na sexta-feira, 9,, ele desmarcou encontros que teria com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vai tentar a reeleição para o cargo, e Eunicio Oliveira (MDB-CE), que não foi reeleito.
Também na terça-feira, ele afirmou que irá ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria-Geral da União. “Esta semana continuam mais visitas protocolares às instituições para demonstrar, não só nossa humildade, bem como a vontade de governar junto o Brasil.”
Antes, Bolsonaro disse que espera apoio das prefeituras para resolver a primeira grande crise de seu governo: a saída do país de mais de 8.000 médicos cubanos depois que ele colocou exigências para a permanência deles no programa Mais Médicos, como a validação de seus diplomas no Brasil.
Segundo ele, alguns prefeitos, que reclamam da saída dos cubanos, querem se eximir de responsabilidades. “A prefeitura mandou embora seu médico para pegar um cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A Saúde [municipal] também tem sua responsabilidade”, afirmou.
Ele também voltou a pedir ajuda ao presidente Michel Temer (MDB) para adiantar a substituição dos médicos cubanos – o governo federal vai abrir um edital para recrutar profissionais. “Eu não sou presidente. Dia 1º de janeiro, após a posse, nós vamos apresentar o remédio para isso, mas o presidente Temer já está trabalhando nesse sentido”, disse.
Veja.com
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