domingo, 22 de junho de 2025

Outono passou, agora é inverno


 ... e com o inverno, essa delícia de estação, vem, entre tantas belezas surgidas a partir das chuvas, as percepções para construção de haicais.

Este, o último haicai da estação, que terminou na noite desse sábado:





"O haicai é uma breve composição poética de origem japonesa. No plano temático, busca expressar a relação entre o ser humano e a natureza. Seu fundamento filosófico é o princípio budista segundo o qual tudo no mundo é passageiro, competindo ao ser humano reconhecer-se como passivo de mudanças contínuas, como a natureza e as quatro estações do ano."

"No século XVII, o poeta japonês Matsuo Bashô (1644-1694) notabilizou-se como um grande mestre de haicai, permanecendo sua poesia como uma fonte de inspiração até hoje. No Brasil, esse estilo de poema continua sendo produzido com muita consistência."

"Características do haicai

O haicai é composto por três versos, sendo que o primeiro tem cinco sílabas poéticas, o segundo tem sete e o terceiro tem cinco. Observe o exemplo a seguir:

Esse haicai, de autoria do poeta japonês Matsuo Bashô (1644-1694), escrito entre 1687 e 1688, tem:

O sol de inverno:

a cavalo congela

a minha sombra.


No primeiro verso, cinco sílabas poéticas: O/sol/de in/ver/no;

No segundo, sete sílabas poéticas: a/ ca/va/lo/ con/ge/la;

No terceiro, cinco sílabas: a/ mi/nha /som/bra.


Em relação ao aspecto temático, o haicai de Bashô mantém-se fiel ao gênero, caracterizado por apresentar reflexões sobre a natureza, a passagem do tempo, e reflete sobre uma estação do ano marcada pelo frio."


"Haicai no Brasil

No Brasil, destacam-se como grandes poetas na composição de haicais: Paulo Leminski, Millôr Fernandes, Guilherme de Almeida e Paulo Franchetti.

Paulo Leminski

Nascido em 24 de agosto de 1944, em Curitiba, e falecido em 7 de junho de 1989, o poeta curitibano também foi tradutor, crítico literário, compositor e professor. Muito influenciado pela cultura japonesa, tornou-se admirador da obra do japonês Matsuo Bashô, o que o inspirou a produzir esse estilo de poesia. Veja alguns haicais de Paulo Leminski"

Veja mais sobre "Haicai" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/haicai-um-poema-origem-japonesa.htm

Nesse caso (abaixo), o kigo é "Dia dos Namorados" que também é kigo de inverno, e cuja data é celebrada ou vivenciada no Brasil, em 12 de junho. 

 

Dia dos Namorados-

nosso romance proibido 

foge comigo?


Dia dos Namorados-

encontro de nosso olhar

primeira vez


Dia dos Namorados-

um presente surpresa

Acapulco Avon


rojões e  bombas

casais agarradinhos-

Dia dos Namorados


Dia dos Namorados-

amores à distância 

carta na janela


entre carícias 

as alianças trocadas-

Dia dos Namorados

Autora:

Aparecida Ramos

Estejam bem, queridos(as) visitantes, amigos(as).

Forte abraço.

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domingo, 25 de maio de 2025

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FOI QUASE SEM QUERER

 Renato Russo/Aparecida Ramos (Dueto)

   

FOI QUASE SEM QUERER

                     

1.Tenho andado distraído
2.Impaciente e indeciso

1.Faz parte de mim

2.Momentaneamente
3.E ainda estou confuso
4.Só que agora é diferente

3.Isso é bastante natural

4.Acreditei nessa mudança
5.Sou tão tranquilo e tão contente

6.Quantas chances desperdicei

5.Você me faz tão bem, não duvide

6.Sem perceber que não deveria
7.Quando o que eu mais queria

8.Era provar pra todo o mundo

7.De longe eu jã entendia

8.Nem todo mundo se importa
9.Que eu não precisava provar nada pra ninguém

10.Me fiz em mil pedaços

9.Na verdade, nós não precisamos

10.Apostei na sua evolução

11.Pra você juntar

12.E queria sempre achar explicação pro que eu sentia

11.Unidos celebramos a cura entre risos e afetos

12.Não existe explicação pra tudo que sentimos

13.Como um anjo caído
14.Fiz questão de esquecer

13.Nunca fostes nem serás anjo caído

14.Que era apenas confusão de sentimentos
15.
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira
16.Mas não sou mais

17.'Tão criança oh oh
15.Descobrir isso te fez mais leve

16.Agora tens mais autoconhecimento

17.Mas te peço: 'não amadureça tanto...'

18.A ponto de saber tudo

19.Já não me preocupo se eu não sei por que
20.Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê

18.A gente não precisa saber...

19.Deixe que os outros se vejam assim

20.Tens um jeito de ver tão peculiar

21.E eu sei que você sabe, quase sem querer
22.Que eu vejo o mesmo que você

23.'Tão correto e 'tão bonito

21.Foi quase sem querer, entretanto,

22.Nunca pensei em esconder o que eu vejo

23.Tudo verdadeiro, transparente e lindo

24.O infinito é realmente
25.Um dos deuses mais lindos
26.Sei que, às vezes, uso

27.Palavras repetidas

24.É para lá que o 'destino' nos aponta

25.Porque Ele é... acima de tudo: Único

26.Apenas um 'detalhe' 

27.Que muita gente sequer percebe
28.Mas quais são as palavras
29.Que nunca são ditas?

30.Me disseram que você
31.Estava chorando

28.Essas não existem

29.É isso, tudo já foi dito

30.Quem disse não mentiu

31.Por você já chorei tantas vezes
32.E foi então que eu percebi
33.Como lhe quero tanto

32.Ohh, como isso me faz feliz!

33. Esse querer também é meu

34.Já não me preocupo se eu não sei por que
35.Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
36.E eu sei que você sabe, quase sem querer
37.Que eu quero o mesmo que você

34.Deixe que os outros se vejam assim

35.Tens um jeito tão peculiar de ver

36.Eu descobri, foi quase sem querer

37.Que eu sempre quis o mesmo que você!

www.isisdumont.prosaeverso.net

(Meu site do escritor, visite-me)

Gratidão. Beijos e felicidades!!

Fonte:https://www.google.com/search?q=legi%C3%A3o+urbana+quase+sem+querer

Compositores: Eduardo Dutra Villa Lobos / Marcelo Augusto Bonfa / Renato Da Silva Rocha / Renato Manfredini Junior

Letra de Quase sem querer 

Imagem:

https://www.google.com/searchq=quase+sem+querer&source=lnms&tbm=isch&sa=

JANJA DOBROU A APOSTA - JANJA se afunda ainda mais em outra entrevista. ...

Acontece também com você??



         Ela vive dentro de mim, habita meu universo, comemora com euforia cada um dos meus "sucessos" e chora junto aos insucessos. Ela descansa em meus sonhos, recolhe minhas lágrimas quando um pouco cansada das lidas diárias, esqueço de voltar para mim. Ela sabe que à medida que amadureço, cresço, viro mais exigente e, de muitas coisas e de algumas gentes, me fiz descrente. A menina que vive em mim tem um importante papel: ela me incentiva a abraçar cada vez mais a vida, a ir sempre mais longe, embora dando os passos que as pernas alcançam. Aqui, parafraseando minha avó materna: "Tenham cuidado para não dar o passo maior que a perna". E minha avó tinha toda razão.

          Outro dia descobri que minha menina mora também nas minhas indecisões e distrações. É presença marcante, cadeira cativa na minha ousadia, na minha capacidade de existir e de persistir. É uma incrível caçadora de esperanças, além disso vive plantando e cultivando sorrisos e se derramando em afetos... aos de perto e aos de longe (alguns raros) em quem dar pra confiar. O melhor de tudo é saber que ela não exige nada de mim além de me ver sendo gentil, tratando os outros com delicadezas, espalhando pétalas em palavras e afetos; recriando os momentos, cultivando a ternura, porque ela sabe o quanto vale "ser", sabe que isso é muito mais que "ter". Sabe que muitos têm, mas não são, apesar de alguns se acharem ou desejarem esse ser que não podem ser. E assim vamos seguindo: eu e ela, caminhando às vezes de mãos dadas, outras vezes nos observando por diferentes ângulos, em trechos opostos, mas sempre na mesma estrada. A ela conto meus segredos, falo sobre alguns receios, pois sei que conto com seu sigilo total. Minha menina me leva a continuar vivendo..., sem apenas existir.

Autora: Aparecida Ramos