Sobre minha escrivaninha... Escritores amigos... uma forma de prestigiá-los


Publiquei (ontem) um poema do escritor/poeta recantista Marco Rocca. Hoje é a vez de Paulo Francisco (editor do Blog: Da Varanda da Minha Casa). Vejo isso como uma maneira de prestigiar "mais" a arte desses amigos ou amigas e simultaneamente dar mais "visibilidade" divulgando para um maior número de pessoas... os amigos/as/irmãos do Brasil e do mundo que visitam esse meu cantinho.
Mesmo estando por aqui desde 2011, ainda sou uma pessoa que dispõe de pouco tempo, daí minha maior dificuldade em escrever. Talvez você já tenha percebido quando, em algum momento posto um pequeno texto e no dia seguinte faço alguma alteração.
Certamente... para os homens que escrevem, esta tarefa é muito mais "fácil" do que para as mulheres, salvo as exceções. Não somente na escrita, mas na política também. já tive essa experiência. Aos homens "deu-se" o direito "irretocável", imutável, à liberdade. À mulher... muito se "cobra", se exige (dentro de casa) às vezes o impossível ou o que já foi realizado. Para "esses", a escrita é uma coisa para ser feita quando não houver mais nada para se fazer. Mas... isso não significa que eu atendo determinados "caprichos". Se assim o fizesse, nem esta página havia sido criada. Apesar de tudo... escrever para mim é fundamental, é prioridade, é essencial! Na minha escrita (de aprendiz) eu consigo obter mais qualidade de vida, ainda que os demais não compreendam isso! Eu busco viver em primeiro lugar "por mim", os outros vem depois e um "depois" muito melhor graças a essa minha sensata e saudável mania ou teimosia!
Para as mulheres sobraram a capacidade, ousadia, criatividade e coragem para ir à luta! E desse direito conquistado com suor, sangue e lágrimas eu não abro mão! Nós não "abrimos mão"!!!
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Grande beijo e terno abraço para você que esteve ou está aqui, mesmo sem nos vermos, me fazendo companhia rsrs!
Boa tarde!!!

Visitem a página do amigo, no link:
 http://davarandadaminhacasa.blogspot.com.br/

Diário



O pão meu de cada dia. Uma particularidade gastronômica: adoro pão! Perco-me numa padaria.  O pão de sal ou francês (que de francês não tem nada) é o meu preferido. Mas não dispenso um bom pão de cebola ou um italiano. O australiano é muito bom em tardes frias – talvez pelo cacau e pelo extrato de malte.

Quando havia inverno de verdade em Teresópolis – o clima por aqui anda mudando tanto que as casas estão substituindo a lareira por ventiladores e ares-condicionados – a casa cheirava a pão. Era uma diversão à parte ver a mãe fabricando para o nosso consumo vários tipos de pães. Só torcia o nariz quando via o pão preto. Aliás, da Rússia, o que eu mais gostava era da salada.  O pão preto é muito denso, não conseguia mastigá-lo.

Não sei ir ao centro do Rio sem visitar a padaria Bassil na Rua Sr. dos Passos. Lá tem as melhores esfihas e o melhor pão árabe que já experimentei.  Conheci esse lugar ainda moleque. Com relação ao pão de queijo só fui ter conhecimento já adulto.

Se Jean- Jacques Rousseau inventou ou não a frase dita por Maria Antonieta não me importava nenhum pouco, o que eu queria mesmo era experimentar o danado do brioche. Mas como no bairro  que morava as padarias só fabricavam o básico, demorei pra provar o tal do brioche – gostei e entendi o deboche da frase.

O pão que eu não engolia era o pão de açúcar. Ninguém me dava uma resposta convincente o porquê do nome.  Muito tempo depois, já adolescente alguém menciona José Vieira Fazenda e sua explicação do nome para o morro e engulo sem reclamar.

Eu ainda não sabia quem era Oswald de Andrade, mas já sabia quem era Caetano e conhecia o pão de açúcar; e foi ouvindo Escapulário musicado pelo cantor que descobri dois geniais:

¨No pão de assucar
De cada dia
Dai-nos Senhor
A poesia
De cada dia¨

E numa passagem rápida a São Paulo em 2011, tive a oportunidade de visitar o Museu da Língua Portuguesa homenageando Oswald de Andrade. E foi lá que li pela primeira vez a seguinte frase: ¨O pão de açúcar é um seio que o céu quer sugar ¨  .

Numa tarde de domingo, quando levava meu filho pra casa depois de irmos ao teatro infantil, eu ri e o invejei pela sua atitude. Parei para tomar um cafezinho e perguntei o que ele queria, na expectativa de um sorvete, refrigerante, biscoito ou um salgadinho. Mas o moleque me surpreendeu pedindo baguetinha com manteiga.  E lá fomos nós para a rodoviária com ele devorando os dois pães quentinhos sem o menor pudor. 
Mas agora, duro mesmo, é engolir o pão que o diabo amassou.
Paulo Francisco

Comentários

  1. O texto ficou bacana por aqui. Obrigado. Volto depois com mais calma para ler os outros.
    beijogrande

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