Júri considerou todos os 25 policiais militares acusados culpados pela morte de 52 detentos. Réus, no entanto, poderão recorrer da sentença em liberdade
Quase vinte e um anos depois do massacre do Carandiru, a segunda fase do
julgamento dos policiais militares acusados de participação na matança
terminou com a condenação de todos os 25 réus. Os policiais receberam a
sentença de 624 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de 52
dos 111 detentos mortos no massacre, mas poderão recorrer em liberdade. A
Justiça também determinou que os nove PMs que ainda estão na ativa
devem perder o cargo público por abuso de poder - embora isso só deva
acontecer quando todos os recursos estiverem esgotados. O cálculo da
pena considerou uma pena de doze anos para cada homicídio.
O júri, composto por sete homens, teve que responder 7.300 perguntas sobre a responsabilidade de cada um dos 25 réus. Os jurados se reuniram por volta de 23h, e chegaram ao resultado cinco horas depois. O veredicto foi lido pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo por volta das 4h20. "Houve inequívoco abuso de poder", destacou ele.
Entre os réus estavam nove policiais ainda na ativa e que até pouco tempo detinham posições de destaque na PM. Um deles é o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, que comandou a Rota entre novembro de 2011 e setembro de 2012 e o major Marcelo Gonzáles Marques, que ainda estava na Rota até a semana passada e foi transferido de batalhão poucos dias antes do início do julgamento – o governo afirmou não ligar a transferência à aproximação do júri. Entre os réus mais graduados estavam ainda o coronel reformado Valter Alves Mendonça e o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos.
Acusações - O julgamento consumiu um total de cinco dias. Os réus faziam parte da tropa das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) que retomou o segundo andar (terceiro pavimento do Pavilhão Nove do Carandiru, que sofria um motim de presos no dia 2 de outubro de 1992. Neste andar, morreram 78 dos 111 presos vítimas do massacre. Os PMs julgados nesta semana foram inicialmente denunciados por 73 dessas mortes – as outras cinco foram apontadas como responsabilidade do tenente-coronel Luiz Nakaharada, que ainda aguarda julgamento.
O júri, composto por sete homens, teve que responder 7.300 perguntas sobre a responsabilidade de cada um dos 25 réus. Os jurados se reuniram por volta de 23h, e chegaram ao resultado cinco horas depois. O veredicto foi lido pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo por volta das 4h20. "Houve inequívoco abuso de poder", destacou ele.
Entre os réus estavam nove policiais ainda na ativa e que até pouco tempo detinham posições de destaque na PM. Um deles é o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, que comandou a Rota entre novembro de 2011 e setembro de 2012 e o major Marcelo Gonzáles Marques, que ainda estava na Rota até a semana passada e foi transferido de batalhão poucos dias antes do início do julgamento – o governo afirmou não ligar a transferência à aproximação do júri. Entre os réus mais graduados estavam ainda o coronel reformado Valter Alves Mendonça e o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos.
Acusações - O julgamento consumiu um total de cinco dias. Os réus faziam parte da tropa das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) que retomou o segundo andar (terceiro pavimento do Pavilhão Nove do Carandiru, que sofria um motim de presos no dia 2 de outubro de 1992. Neste andar, morreram 78 dos 111 presos vítimas do massacre. Os PMs julgados nesta semana foram inicialmente denunciados por 73 dessas mortes – as outras cinco foram apontadas como responsabilidade do tenente-coronel Luiz Nakaharada, que ainda aguarda julgamento.
Do Site daVeja
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