QUEM MADRUGA, DEUS… Propina financiou romance de envolvidos no esquema da Cruz Vermelha: “Ela dava de tudo pra ele”




Quem madruga, Deus ajuda não é mesmo? Nada mais oportuno do que o apurado pela força tarefa da Operação Calvário em relação a Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, ex-assessora de Gilberto Carneiro, e Ricardo Jorge… Madruga. Mas, desta vez, Deus não ajudou. Conforme consta do despacho do desembargador Ricardo Vital, uma testemunha “deixa claro existir uma íntima” entre Laura e Ricardo.
Não fosse peça dos autos, poderia ser um roteiro de Hollywood. Conforme a testemunha Francis Christiano, os dois eram amantes, e Laura “dava tudo” para Ricardo, carros (uma Pagero Full), imóveis, dinheiro, amor. Ou seja, usava parte da propina da Cruz Vermelha gaúcha, que saia diretamente dos cofres públicos, como uma transfusão, para as veias da paixão.
Conforma as investigações, Laura chegou a comprar uma propriedade no assentamento Nego Fuba, em Santa Terezinha, próximo a Patos, para se encontrar com o amante e, conforme relato de testemunhas, guardar parte do dinheiro do butim. Os dois teriam constituído uma pequena fortuna.
O detalhe é que o marido de Laura, Josildo de Almeida Carneiro, aparentemente não se dava conta do romance, pois continuava como motorista fazendo carreto de caixas e sacos de dinheiro para o esquema.
Quem é Madruga – Ricardo Madruga é citado, nos autos, como “secretário de Finanças do Conde”, mas, na verdade, foi nomeado como “assessor especial” por Márcia, em 2 de abril de 2018. E, depois, exonerado em 20 de agosto. Porém, há uma curiosidade: em 28 de setembro, a prefeita nomeou para seu lugar Alannety Monteiro Falcão, que vem a ser… esposa de Madruga.
Outro detalhe é o fato de Ricardo participar de atividade de reuniões de trabalho da prefeita do Conde, mesmo sendo apenas ex, como ocorreu no último dia 15 de abril, em que ele aparece ao lado da prefeita Márcia Lucena, como integrante informal de sua equipe. E esse detalhe não passou despercebido pelos integrantes do Gaeco. A Prefeita ainda não se manifestou sobre o assunto.



Blog do Hélder Moura

MAIS DO G1 PARAÍBA


A servidora pública, lotada na Procuradoria Geral do Estado, Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro foi presa, na manhã desta terça-feira (30), na quarta fase da Operação Calvário, desencadeada pelo Ministério Público. Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, deferidos pelo desembargador Ricardo Vital. De acordo com MPPB, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxilia no cumprimento dos mandados. Essa fase da operação foi deflagrada após depoimentos da ex-secretária de administração, Livânia Farias.

Conforme a PRF, são 53 policiais dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Os mandados são cumpridos em João Pessoa, Pitimbu e Santa Terezinha, no Sertão paraibano.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, a servidora foi levada para o Presídio Feminino Júlia Maranhão.
A Operação Calvário investiga núcleos de uma organização criminosa comandada por Daniel Gomes da Silva, que é acusado por desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos firmados junto a unidades de saúde da Paraíba, com valores chegando a R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outros estados, como o Rio de Janeiro.

Operação Calvário 4: Servidora do Estado é presa
Operação Calvário 4: Servidora do Estado é presa



Indícios de grande movimentação de dinheiro em espécie foram encontrados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), na terceira fase da operação. De acordo com o MP, fitas de "maços" de dinheiro, utilizadas para amarrar grandes quantias, foram encontradas no bairro Costa e Silva, em endereços de Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, servidora pública e esposa de outro investigado na operação.

Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro será conduzida ao Centro de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.

Quarta fase da Operação Calvário conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Paraíba — Foto: Danilo Alves/TV Cabo Branco Quarta fase da Operação Calvário conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Paraíba — Foto: Danilo Alves/TV Cabo Branco
Quarta fase da Operação Calvário conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Paraíba — Foto: Danilo Alves/TV Cabo Branco


  • A operação conjunta entre o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu no dia 14 de dezembro um mandado de prisão na orla de João Pessoa, na primeira fase da Operação Calvário.
  • Daniel Gomes foi preso suspeito de chefiar a organização criminosa, Michelle Louzada Cardoso, e outras nove pessoas detidas preventivamente, entre eles Roberto Calmom, que estava em um hotel da orla de João Pessoa. Ele é fornecedor da Cruz Vermelha.


  • A segunda fase da Operação Calvário foi deflagrada no dia 1º de fevereiro de 2019 e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Conde, na Paraíba, além do Rio de Janeiro.
  • Foi cumprido um mandado de prisão contra Leandro Nunes - que era assessor da Secretaria de Administração e foi exonerado recentemente - na cidade de Itabaiana, na Paraíba.
  • Conforme mostrado em reportagem do Fantástico, Leandro Nunes, ex-assessor de Livânia Farias, foi flagrado recebendo um repasse de dinheiro dentro de uma caixa de vinho que seria usado para pagar fornecedores de campanha.
  • A caixa foi entregue por Michele Louzzada Cardoso, que atuava juntamente com Daniel Gomes, líder da organização criminosa, conforme o Ministério Público. Desde 2016 até agora, o grupo teria desviado R$ 15 milhões pelo país.
  • A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) levantou a suspeita de que o dinheiro entregue a Leandro Nunes era para a campanha eleitoral de 2018.
  • Leandro Nunes foi solto no início de março após um depoimento assumindo os fatos.





  • O Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandado de busca e apreensão contra a secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias, na terceira fase da Operação Calvário, no dia 14 de março.
  • Outras nove pessoas, entre elas Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, também foram alvos de mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Sousa e no Rio de Janeiro.
  • No dia 16 de março, a secretária de administração do Estado, Livânia Farias, foi presa, em João Pessoa, quando retornava de Belo Horizonte.
  • O mandado também incluiu o sequestro de dois bens da secretária, que seria um carro de luxo e uma casa no valor de R$400 mil, localizada na cidade de Sousa.
  • A ex-secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias e outras cinco pessoas se tornaram réus na ação decorrente da Operação Calvário da Polícia Federal e do Ministério Público da Paraíba, no dia 9 de abril.

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