Por trás daquelas paredes





Antes havia um cemitério em cada cidade
Hoje... dois ou até mais...
A morte achou pouco “um morto"
Para cada par de olhos” prantear 
(nos versos de Lêdo Ivo)
Parece fábrica produzindo a todo vapor.
Nem precisa ser dia dos “desacordados”
Dos que dormem para sempre.

Todos os dias são dias de choro
Dias de “dois olhos” prantearem
Vidas que se foram de uma só vez.
Por trás das brancas paredes
Há hóspedes enfileirados
Disputando ramalhetes
Trazidos, nos dias de “finados”.
Hóspedes que aumentam o faturamento
Das floriculturas
E as floristas esquecem o medo.
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