Baile de Máscaras

Típico do carnaval de Veneza - Itália. Tem origem longínqua, espalhou-se pelo mundo. Hoje em dia o carnaval veneziano modernizou-se, mas conserva a tradição do uso de máscaras confeccionadas manualmente que embelezam e trazem o glamour que, junto ao cenário de Veneza, tornam o seu carnaval inesquecível. Já imaginou um salão repleto de pessoas mascaradas? Entretanto, pessoas mascaradas não são típicas apenas dos bailes de carnaval, pois são vistas em todos os segmentos da sociedade e na família, desde a criação do mundo! Gente usando ‘máscaras’ querendo esconder o que de fato são ou pretendem, sob o jugo da velha hipocrisia, dita cuja denominada por Jesus de fermento dos fariseus. Uma pessoa hipócrita é como uma laranja podre e, num baile de máscaras é mera redundância. Desde nascituro até a maturidade o homem se desenvolve em muitos aspectos, em alguns não evolui. Enfatizo, nesse sentido, evoluir é passar por sucessivas transformações interiores. 

O que sou? Sou uma cópia imperfeita do impecável original. Tenho Jesus como Senhor, entretanto, não faço a diferença. Com veem meus olhos? Um sinal está na compreensão das intenções ou fatos à minha volta. Sinto necessidade de atenção e carinho, contudo, defensivamente saio ao ataque. É tão fácil perfilar as pessoas, porém é complicada a autoperfilação. Ser cristão de boca, do tipo que admite a fé, pede tudo a Deus, porém cerra os olhos, faz fita, ignora e dribla os problemas, até mesmo os da própria casa. Este é o cristão indiferente, negligente, inconstante e infiel. “Precisamos revestir-nos do (a) homem (mulher) novo (a), criado (a) à imagem e semelhança de Deus, em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4,24). Ralar os joelhos pelas causas honestas, redescobrir a dimensão da fé que entre outras dádivas conduz à sabedoria de vida. Arrancar todas as ‘máscaras’, reconhecermo-nos finalmente como criaturas amadas do Pai. Estamos liturgicamente quase no tempo quaresmal, precisamos rejuvenescer o coração, tornar-nos plotter do Senhor e banir o germe da hipocrisia.

James Assaf

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