PALAVRAS DESCONEXAS


PALAVRAS DESCONEXAS




Não sei o que fazer com essa saudade que me enternece ao ouvir uma música "marcante", me faz sentir impotente sem saber o que fazer para preencher o dia que não passa.

Às vezes me pergunto: Por que fui crescer? Por que não posso (voltar no tempo e) ser criançã de novo? Quem sabe, as raladuras nos joelhos e nos cotovelos, algumas unhas machucadas por minhas travessuras (que nunca esqueci rsrs), fossem menos dolorosas que as lágrimas que queimam meu rosto.

Gosto do silêncio. Amo momentos de introspcção, são necessários, indispensáveis. Mas às vezes, esse mesmo silêncio que me abastece interiormente, passa a ser "perturbador", mau conselheiro, um fardo do qual tenho vontade de me livrar mesmo sem saber como fazer.

Embora eu há muito tempo não viva mais do passado, de coisas que me fizeram sofrer, partiram meu coração durante anos, ainda assim, é impossível as lembranças não aparecerem uma vez ou outra feito fantasmas, para tingirem de cinza alguns momentos do meu tempo.

O que fazer com o tempo que segura meus passos, acorrenta minhas mãos e me diz assim: Hoje você não vai a lugar nenhum!!!

Como preencher horas de espera na estação, se não há passageiros além de mim, não há trilhos, nem trem, nem nada, mas apenas um minúsculo ponto no universo, que somente minha alma consegue (sem tocar) enxergar?

O que dizer para as rosas no jardim, quando a noite privou-as do encanto da lua e das estrelas? E a chuva desviou-se da rota e deixou o solo ressecado, onde nem o sereno teve permissão para cair.

Divagações de um sábado sem graça. na
Estação da Melancolia, em 05 de outubro de 2013,
 


Aparecida Ramos
às 08:17h
http://www.isisdumont.prosaeverso.net

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