Verdade ou mentira?


Num determinado momento, você precisa dar um esclarecimento ou uma resposta para uma difícil questão a uma pessoa conhecida ou não. Qual a melhor opção? Dizer uma verdade que machuca, que fere, ou dizer uma mentira que possa consolar ou aliviar? Decisão complicada!

Se recebemos uma boa educação dos nossos pais, certamente aprendemos que mentir e enganar é errado e que o correto é utilizar sempre a verdade e a sinceridade. Quando mentimos, estamos prejudicando primeiramente a nós mesmos. Em seguida, iludimos outras pessoas. A pessoa mentirosa não tem credibilidade e não é confiável. Cedo ou tarde, a verdade sempre aparece na vida do mentiroso.

Porém, em certos casos há uma necessidade de ocultar a verdade. E isto é bem diferente de mentir. Existem muitas pessoas que não estão preparadas para uma verdade nua e crua. Vivem melhor numa ilusão, no irreal. Não possuem maturidade suficiente para encarar as realidades da vida. Às vezes, criam seu próprio modelo de interpretação do mundo. E quando ouvem uma bela verdade, se chateiam.

Infelizmente, vivemos num mundo que se aconchega melhor na mentira do que na verdade. Por esta razão, as pessoas sinceras e verdadeiras são consideradas polêmicas, chatas. Em nossa sociedade, ser verdadeiro e sincero incomoda muita gente. Se um político, por exemplo, não mentir durante a campanha, não ganha a eleição. Tem que haver uma ou várias mentiras.

Devemos avaliar sempre as possíveis consequências de uma resposta. Falar a verdade? Mas nem todas as verdades precisam ser ditas. Às vezes, não é o momento certo para revelá-las. Algumas podem ser impiedosas e até mesmo destruir sonhos, abalar psicologicamente um indivíduo. Em alguns casos, uma mentirinha ou uma meia-verdade pode ser muito salutar, servir de estímulo para a realização de algo e melhorar a autoestima de um ser humano.

Portanto, falar a verdade deve ser um hábito. Ocultar a verdade é prudência e bom senso em algumas situações. Mentir só em última instância e se for para uma boa causa.

Manoel Oswaldo Guimarães Júnior

Obrigada, Manoel, por permitir a partilha de seu sábio e belo texto em meu Blog!

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