Secretário de Manaus que coordena ação para Copa é ameaçado de morte




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  • Cerca de 4.000 camelôs ocupam o centro de Manaus; plano é retirar todos de lá até julho
  • Cerca de 4.000 camelôs ocupam o centro de Manaus; plano é retirar todos de lá até julho 
Nesta semana, com as ameaças que começaram em janeiro deste ano tornando-se cada vez mais constantes, o secretário e o prefeito da cidade, Arthur Virgílio, foram pedir ajuda ao superintendente da Polícia Federal em Manaus, Sérgio Fontes.
O secretário Assayag anda acompanhado por seguranças desde janeiro. Segundo ele, máfias de imigrantes ilegais, contrabandistas, agiotas e até traficantes de drogas podem estar por trás das ameaças. Na última quinta-feira, o secretário também se reuniu com autoridades da Secretaria de Segurança, para planejar medidas extras para a sua proteção.
O centro histórico da cidade de Manaus, uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, é ocupado por cerca de 4.000 camelôs. A prefeitura tem um plano de realocar todos esses ambulantes para um local ainda não divulgado até julho deste ano. O objetivo é liberar o local para uma ampla reforma das calçadas e ruas que fique pronta a tempo de receber os turistas do Mundial.
"As calçadas, ruas e calçadões da cidade estão em condição muito precária, precisamos reformar tudo, mas antes é preciso tirar os camelôs de cima das calçadas. Este projeto contraria o interesse de muita gente, mas precisa ser feito", afirma Assayag.
De acordo com o secretário, o plano do governo municipal é realocar todos os ambulantes do centro da cidade para shopping populares. Ocorre, porém, que nenhum projeto de construção desses locais saiu do papel até agora. "Essas coisas demoram, e vamos tirar os camelôs do centro até o mês de julho. Por isso, haverá uma solução provisória até que os shoppings populares fiquem prontos, o que só deverá ocorrer dentro de dois anos e meio", explica o secretário. E qual solução provisória é essa? "Ainda não posso revelar, o projeto está em fase de estudo...".
De qualquer maneira, segundo o superintendente da Polícia Federal no Estado do Amazonas, Sérgio Fontes, ocupam o centro de Manaus, além de camelôs cadastrados pela prefeitura, donos de bancas de comércio ambulante que exploram o trabalho dos comerciantes, máfias de estrangeiros ilegais chineses, coreanos, peruanos, haitianos e colombianos que se dedicam ao comércio de produtos roubados e fruto de contrabando e traficantes de drogas. 
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Obras para a Copa de 2014200 fotos

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Obra na Trincheira Santa Rosa, em Cuiabá, que deveria ter sido entregue em março de 2013, mas que, nesta data, estava com apenas pouco mais de 20% dos trabalhos concluídos Governo de Mato Grosso
"O número de indivíduos contrariados pela retirada da massa de camelôs do centro é enorme, vai desde o camelô da esquina até líderes de organizações criminosas. Vamos ficar atentos, dentro das investigações que já praticamos para coibir crimes como contrabando e tráfico de drogas, para detectar eventuais responsáveis pelas ameaças que o secretário vem sofrendo. É o que nos cabe fazer", disse o superintendente da PF, lembrando que possuiu um efetivo muito menor do que o necessário para cuidar das amplas fronteiras do Estado do Amazonas e demais atribuições constitucionais da Polícia Federal.
E qual o tamanho deste efetivo? "Isso nós não costumamos revelar, mas garanto que se fosse dez vezes maior do que é, ainda seria insuficiente".
Uol

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