Quando o Dia Ainda Não Era Dia...






Cansado, exausto, frustrado, amargurado
Bateste em minha porta...
Fiz-me tua dama e com todas as honras, igual a quem, 
Pela primeira vez ama alguém, te recebi, te acolhi, 
Te abracei, te beijei igual a quem beija pela primeira vez.
Afaguei teus cabelos, teu rosto, teu corpo fatigado...
Te dei meu colo, todo meu afeto, meu amor...
Fostes meu confidente, meu cúmplice, meu namorado, 
Meu conselheiro, meu amante, meu rei...
Se ficas, se permaneces em meu castelo, tenho dúvidas...
Sinceramente... não sei!
Sinto que és muito racional, enquanto eu sou muito emoção!
Embora, sou ajuizada o suficiente para saber que preciso usar
De vez em quando a razão...
Tudo o que mais sei é o que tu sabes também...
Que em minha alcova terás sempre abrigo, ternura, 
calor, um ombro amigo.
Um abraço acolhedor... sem cobrança, sem explicação,
 sem sermão.
Não perguntei de onde vinhas nem quem te causou tanta dor...
Saibas que ainda tens meu carinho, meu abraço, 
meu verdadeiro amor.
Que ainda podes beber na taça das minhas sensações e emoção.
E que para isso, se desejares quero que apenas sejas
O GPS do meu coração.


Isis Dumont
Publicado no Recanto das Letras

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