Caso de amor... antigo!

                                                                      


Muitas e muitas vezes em nossa vida é preciso voltar no tempo, direcionarmos um olhar, agora muito mais maduro, mergulhando nas águas mais profundas de nosso passado e, resgatar os "fósseis" mais antigos que  permearam os caminhos (enquanto bases, alicerces) de nossa história de vida! Esse passado que acolheu e acolhe toda referência cronológica do meu existir! E, esse tempo distante, torna-se tão mais importante,  inclusive porque remete,  não somente às lembranças negativas mas, a uma infinidade de fatos, situações, atividades, conflitos naturais das difíceis relações humanas, festas familiares e, entre amigos, a religiosidade da época, enfim, lembranças de tantas brincadeiras sadias, que hoje já nem se falam mais! E o mais interessante e valioso é a grande quantidade de material humano, as dezenas e dezenas de pessoas, familiares e amigos (@s) com os quais tivemos a felicidade de conviver, de construirmos passo a passo laços de amizades muito sólidos, que até hoje nem a distância entre os que residem em outros Estados ou Regiões, nem a ação do tempo conseguiram destruir!... Muitos  já fizeram a "grande viagem", mas deixaram para mim e para  os demais, as saudades, as lembranças e, principalmente a marca de seu caráter, impressa em nossos corações e em nossas recordações! 

Na semana que passou, estive visitando a região onde nasci, cresci e morei durante grande parte de minha vida. Não foi apenas uma visita com conotação política, além de rever os amigos e amigas, juntei a intenção de me permitir ver através do retrovisor guardado no baú das memórias e, vi que muita coisa mudou no decorrer dos últimos 30 anos! Por outro lado, ainda há muitos vestígios daqueles tempos distantes. Parte da flora, pequenos trechos de vegetação e de mata (pouco densa) ainda são os mesmos. Os caminhos, subidas e descidas são os mesmos percursos utilizados pelas poucas famílias que, felizmente ainda resistem e moram lá.. Andei a manhã toda a pé, sem pressa, parando aqui e acolá para poder observar melhor tudo em minha volta, e tentar visualizar muitas daquelas cenas em que, junto com meus primos e vizinhos, amigas de infância, vivemos várias etapas de nossas vidas. Percorrer os mesmos caminhos, as pequenas veredas, olhar e ver as cenas milhares e milhares de vezes repetidas. Os encontros diuturnos com familiares e amigos, foi tudo de bom e especial que me ajudaram a crescer, amadurecer, ser gente e ser, principalmente, uma pessoa feliz!


Uma constatação que me deixou muito feliz foi quando, ao rever pessoas tão queridas, pude perceber em alguns rostos uma expressão diferente, de ânimo, de alegria, e mais auto-estima em homens e mulheres que já conseguiram suas aposentadorias, através do direito previdenciário, como trabalhadores e trabalhadoras rurais. É mais do que justo esse direito para uma categoria tão sofrida, que durante décadas trabalharam (e muitos continuam trabalhando) no pesado, de sol a sol para, honestamente manter suas famílias! E, aí há uma grande diferença nas pessoas de hoje em dia, muitas dessas criaturas não tem a menor preocupação com os valores que engrandecem como pessoa os homens e as mulheres! Há quem diga ou pense até que "ser honesto é ser burro ou besta", que "a pessoa tem que se dá bem na vida", não importando os meios para conseguir! Os homens e mulheres de ontem e muitos, a maioria (acredito) hoje também não pensa assim, graças a Deus!!!
A todos esses amigos e amigas, todo meu respeito e minha homenagem, independente do tempo e da hora! Para eles e elas o meu carinho e amizade sincera! 
Gente, este é o meu  antigo caso de amor!
        
 Por: Aparecida Ramos
(Em: 28/09/2011, às 12:32hs)

Comentários

  1. Olá Aparecida!
    Estive te lendo. Você escreve como uma pluma sendo levada pela brisa. Vou torna-me amiga do seu blog.
    Se quiser, faça um passeio pelo meu, será muito bem vinda:

    mundodasnoitesbrancas.blogspot.com

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  2. Olá Aparecida, lindo texto. Realmente é muito bom voltar aos lugares onde vivemos na infância. Como disse Quintana, não lembro os versos, mas ideia é a seguinte: moramos sempre na casa onde nascimos.
    Abraços,

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