Aniversário de Mandela celebrado pelo mundo
Hoje

Ícone da luta contra o apartheid na África do Sul passou o seu aniversário com familiares na povoação da sua infância
Fotografia: AFP
Milhões de crianças por toda a África do Sul cantaram ontem os parabéns ao ex-presidente do país e Nobel da Paz Nelson Mandela, que completou 93 anos. O ícone da luta contra o apartheid na África do Sul passou o seu aniversário com familiares na povoação da sua infância, na província de Cabo Oriental.
Os sul-africanos comemoraram o aniversário de Mandela e toda a população foi convidada a realizar boas acções em homenagem à sua luta política.
Na sua mensagem de felicitação, o presidente Jacob Zuma disse que "como primeiro presidente de uma sociedade livre e democrática na África do Sul, Nelson Mandela criou as bases de uma sociedade verdadeiramente não racista, não sexista, democrática e próspera".
Antes das aulas, mais de 12 milhões de estudantes deram voz ao hino, mas numa versão especial escrita para o ícone do movimento anti-apartheid, intitulada "Feliz Aniversário, Tata Madiba".
Centenas de milhares de pessoas participaram da campanha 'Ofereça 67 minutos de trabalho', pelo dia internacional de Mandela, criado em 2009 para lembrar os 67 anos que "Madiba" dedicou à luta pela liberdade e pela igualdade entre os homens e pelo fim do apartheid e início de uma democracia multirracial no país.
No âmbito do Dia de Mandela, os sul-africanos foram convidados a limpar ou pintar as escolas e orfanatos, a reparar as casas em mau estado em favelas pobres, a ajudar os necessitados, a doar sangue, entre outras tarefas. Empresas, instituições de caridade e celebridades sul-africanas realizaram trabalhos voluntários no aniversário de Mandela. Apoiada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a Fundação Nelson Mandela defendeu que o aniversário do ex-presidente deve inspirar as pessoas a fazer do mundo um lugar melhor. "Se um homem pode dedicar 67 anos da sua vida a fazer o bem para o mundo, imagine o que nós podemos atingir se todos derem somente 67 minutos do seu tempo para fazer o mesmo", disse o chefe da fundação, Said Achmat Dangor.
Para o líder das Nações Unidas "a melhor maneira que temos para agradecer a Nelson Mandela pelo seu trabalho é agindo em favor dos outros e inspirando a mudança". Num comunicado, o presidente americano Barack Obama disse que a vida e o legado de Mandela "são exemplos de sabedoria, força e graça". No mês passado, a primeira-dama dos Estados Unidos e as suas filhas encontraram-se com Mandela, em Joanesburgo. Michelle Obama disse que o tempo que a sua família passou com o ex-líder sul-africano "foi a parte mais comovente de sua viagem".

Mandela tem feito cada vez menos aparições públicas e a sua saúde é motivo de preocupação entre os sul-africanos.
A imprensa informa que o histórico líder sul-africano tem recebido cuidados médicos 24 horas por dia depois de deixar o hospital em Janeiro, quando foi tratado a uma infecção respiratória aguda. Conhecido pelos sul-africanos pelo nome do seu clã, Madiba, Mandela não aparece em público desde a cerimónia de encerramento do Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul.
Após a libertação, em 1990, depois de 27 anos preso, Nelson Mandela liderou o partido do Congresso Nacional Africano a uma vitória esmagadora nas eleições de 1994, na primeira vez que a maioria negra da África do Sul teve direito ao voto.
Mandela cumpriu apenas um mandato de presidente e deixou o cargo em 1999, entregando o posto a Thabo Mbeki. Mandela retirou-se da vida política em 2004.

(Jornal de Angola)

"Precisa falar mais???... desse Homem que dedicou toda sua vida às causas humanitárias, principalmente  do Continente Africano..."

              Aparecida Ramos

                           

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