Paraíba tem o sétimo maior índice de reprovação do país, diz Ideb

Quando se trata de taxa de aprovação no ensino fundamental, a Paraíba ocupa o terceiro pior índice do Nordeste


Entre os estados do Nordeste, a Paraíba tem o quarto maior índice de reprovação, com 14,7%, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2009). Em relação aos demais estados brasileiros, a Paraíba amarga uma posição ainda mais preocupante: ocupa o sétimo lugar no ranking de reprovação, incluindo resultados do ensino fundamental em escolas federais, estaduais e municipais.
Quando se trata de taxa de aprovação no ensino fundamental, a Paraíba ocupa o terceiro pior índice do Nordeste, com 76,6%, perdendo apenas para Bahia (75,3%) e Piauí (73,1%). Os dados foram colocados no site do Ministério da Educação na última sexta-feira e podem ser conferidos através do endereço eletrônico (http://www.inep.gov.br/indicadores-educacionais).
De acordo com o Ideb, a reprovação é mais recorrente nas escolas municipais com 16,2%, seguida das estaduais com 15,2%, federais com 4,8% e privadas com 3,3%. A taxa de reprovação nas escolas estaduais da Paraíba foi maior na 5ª série (ou 6º ano) do ensino fundamental, com 23,8% do total de alunos matriculados. A taxa de aprovação no ensino médio é de 74,1%. De acordo com o Ideb de 2009, a Paraíba tinha 1.102.133 matrículas, sendo 397.44 na rede estadual e 563.569 na municipal.
A qualidade do ensino nas escolas da Paraíba está abaixo do ideal, segundo dados do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2009). Essa situação compreende 45,8% do total de 338 escolas públicas avaliadas no Estado, que não conseguiram atingir a nota 2,9, meta estipulada pelo MEC para a segunda etapa do ensino fundamental (6º ao 9º ano). A nota da fase entre o 1º e o 5º ano do ensino fundamental também ficou a desejar: 25,1% do total de 1.066 escolas públicas avaliadas não alcançaram a meta de 3,1.
Entretanto, de uma forma geral, a Paraíba alcançou os índices desejados: 3,9 nas séries iniciais do ensino fundamental, quando a meta era 3,1; nota 3,2 nas series finais, quando o MEC determinou 2,9; e nota 3,4 no ensino médio, que tinha como meta 3,1. Apesar disso, os números apresentados pelo Ideb, no entanto, revelam onde o ensino deve melhorar no Estado, tendo em vista que todos os alunos têm direito à mesma qualidade de ensino.
O Ideb mostrou ainda que, apesar de superar as metas do Estado, a qualidade do ensino na Paraíba está abaixo da média nacional, que estipulou meta 4,6 para as séries iniciais do ensino fundamental; 4 para as séries finais do fundamental; e 3,6 para o ensino médio. No resultado, as escolas privadas aparecem com as melhores médias obtidas na avaliação, com 5,4 no ensino médio; 5,8 para as séries iniciais do ensino fundamental; e 5,7 para as séries finais do ensino fundamental. Mas também teve destaque para escolas públicas. O Sesquicentenário (estadual) e a Escola Municipal Doutor José Novais tiveram índices satisfatórios no Ideb.
Não é só a qualidade do ensino que merece atenção. O número de matrículas na educação básica na rede pública da Paraíba teve uma redução de 4,6% entre os anos de 2010 e 2009. A informação é do Censo Escolar, publicado em dezembro do ano passado. Em 2010 foram matriculados 915.965 alunos; no ano anterior, 961.013.


Com Paraiba1

Comentários

  1. Estes dados do IDEB sobre a educação na Paraíba só nos causam muita vergonha e tristeza perante o nosso país e o mundo. Também traz muita preocupação com o futuro de nossa sociedade, tendo em vista que as crianças e jovens são hoje o futuro num amanhã que está cada dia mais ameaçado, mais duvidoso, incerto e porque não dizer com visibilidade obscura. Cabe nos questionarmos enquanto pais, educadores, autoridades e sociedade: Que futuro teremos, se partirmos do princípio de que as autoridades, os profissionais, os pais e mães no futuro serão as crianças e jovens de hoje? Quanta hipocrisia nos discursos tão repetitivos, enfadonhos e sem nenhuma criatividade, nem sinceridade, de um número significativo dos políticos de nosso Estado e de nosso país! Obviamente todos nós sabemos que cada profissional/educador tem que fazer bem a sua parte, tem que se esforçar e zelar pelo seu profissionalismo, caso contrário, ele estará também contribuindo diretamente para o crescimento desses índices que nada mais são do que uma educação precária e deformadora de mentes e consciências. Cabe aos governantes fazerem bem o seu papel, e a nós educadores e sociedade também sermos responsáveis exercendo dignamente o papel que nos cabe, e contribuirmos para uma educação cidadã de nossas crianças e jovens, além de "abrirmos bem os olhos" na hora de votar e, de orientar também os jovens pelos quais somos responsáveis ou temos acesso.

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