Nordeste1 emite nota de repúdio

Nota reflete sobre Portaria da Sec. de Segurança e Defesa Social do estado que limita o trabalho dos profissionais de imprensa



Atualizado em 19/05 às 11h e 33min

NOTA DO PORTAL
A imprensa paraibana foi calada.
Aos moldes do autoritarismo e da falta de respeito, todos os veículos de comunicação do estado foram veementemente proibidos de ter acesso as informações sobre o trabalho operacional da Polícia, o que sem dúvida deixará a população com uma sensação de insegurança ainda maior, pois as ações criminosas não são nada discretas e agora as atividades da Polícia têm que ser em segredo.
O que nos espanta não é apenas o reflexo de “ditadura” percebido na decisão do Secretário de Segurança, é também a desconsideração com os veículos de comunicação que são pontes entre a população e os poderes públicos constituídos. Todavia o pensamento dos que ocupam as posições de destaque e lugares de poder, por algum motivo desconhecido pelos mais simples, são tomados por uma espécie de sensação de majestade e passam a liderar a partir de suas vontades e da tinta que preenche suas canetas.
Repudiamos toda e qualquer atitude tomada para punir a todos, por excessos de alguns. Acreditamos que para se corrigir é necessário mostrar o erro e não simplesmente revidar com o poder.
Será que, posto em balança, o trabalho da imprensa, que mostra a bravura dos homens da polícia, a inteligência dos agentes e a preocupação com a segurança do cidadão, ajuda ou atrapalha as atividades policiais? Será mesmo que uma entrevista é capaz de desfazer a prisão? Será que impedindo a divulgação operacional, não se tira o direito do cidadão de saber onde a Polícia está atuando, já que segurança é dever do estado e direito de todos?
Realmente não sabemos se a decisão é de fato para cumprir uma “lei” ou para esconder a violência assustadora e crescente no nosso estado. Estamos cansados de resoluções burocráticas para problemas práticos; a população quer saber se os assassinos são presos quer também aplaudir os heróis de nosso tempo.
Quando realizamos algo que nos deixa com o sentimento de dever cumprido fazemos questão de contar, nem que seja em casa, o feito que desenvolvemos, no entanto, insistimos em ocultar nossas limitações e falhas.
Por fim, não deixaremos de, na medida do possível, ressaltar o importante e destemido trabalho desenvolvido pelos homens e mulheres da Polícia, nem de ir em busca das notícias muitas vezes trágicas, mas necessárias ao conhecimento do povo. Lamentamos a decisão da cúpula da segurança estadual e esperamos que esta seja repensada, pois nos tira o simples direito do saber.
Aos bravos policiais, que longe dos gabinetes sabem o que de fato o povo precisa, nossos votos de saúde e paz.  

Da redação

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