Esvaziando as gavetas

                               

              Quase  todas as pessoas, com o passar do tempo tendem a acumular algo, como por exemplo: roupas e calçados (que, mesmo não servindo mais, algumas pessoas resistem em fazerem uma doação), papéis e documentos antigos e inúteis na gaveta, embalagens de produtos ou presentes, livros antigos e ultrapassados,  pequenos objetos como portas-jóias e  miniaturas e, há quem guarde até sobras de medicamentos. Entretanto, chega um momento em que precisamos, realmente nos desfazermos de todas essas tranqueiras, e afastar para bem longe de nossas casas as energias negativas e os maus fluidos que essas coisas acumuladas, empoeiradas ou com cheiro de mofo, produzem. É a hora da “faxina.” Por outro lado, nós também acumulamos projetos ou sonhos,  trabalhos inconclusos  (ou que sequer conseguimos iniciar),   raiva, ressentimentos (não que esses sentimentos não sejam naturais, o que não deve ser considerado normal, nem sadio é a permanência dessas mágoas nas “gavetas” do nosso interior), protelamos o tempo todo o momento de reconhecer nossos erros, de pedir desculpas ou até de ir visitar alguém. Existem pessoas que acumulam também excessos de arrogância, de superioridade, estão sempre cheias de si... Daí a grande necessidade do “esvaziar-se” de si mesmo e, gradativamente ir “jogando pela janela”todos esses excessos nocivos que tanto prejudicam, não somente a saúde dessas pessoas, mas também a convivência profissional, social e familiar. É necessário fazermos sempre uma auto-reflexão e, sabiamente escolhermos entre o que é necessário e o que pode ser considerado como excesso ou inutilidade  no nosso  cotidiano. O difícil e, porque não dizer impossível para algumas pessoas é libertarem-se do egoísmo, da arrogância, da preguiça, e da auto-suficiência há tanto tempo “engavetadas,”e que infelizmente constituem suas tristes, pesadas e lamentáveis “logomarcas.”O mundo em que vivemos, mais do que nunca, está precisando de  solidariedade, coragem, persistência, esperança, muita fé e humildade, e acima de tudo: Amor de verdade, sem interesses mesquinhos, onde o ser esteja acima do ter e do apenas parecer.
        
                                     
                                          
                              Autora: Aparecida Ramos
                                           (14/05/2011)

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