sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A IGREJA ESTREMECE NESTA QUARESMA (Luz de Maria de Bonilla)

HISTÓRIAS DE MUDANÇA Conheça a história de Alice


Alice tem 7 anos e mora no interior da Paraíba. Assim como Alice, mais de 1.800 crianças participam das atividades do programa de Apadrinhamento da ActionAid na região, chamado de “Cirandas da Borborema”. Nos encontros, as crianças aprendem brincando sobre temas importantes, como o respeito às diferenças, o uso da água e a preservação do meio ambiente.

Eu gosto porque tem muita criança, brincadeira e teatro com a vovó Amorosa, que é muito divertida e animada. Aprendi que os animais são amigos. Temos músicas, e antes que a vovó chegue, as pessoas se reúnem para cantar. Lá eu encontro meus amigos e meus primos.

Os pais de Alice são agricultores e precisam fazer trabalhos informais para complementar a renda. Toda a família tem se beneficiado das oficinas e projetos capitaneados pela ActionAid junto com nossa parceira local AS-PTA.

A AS-PTA ajuda minha família a vender produtos para as escolas da região. Minha mãe, minha avó Nadi e as amigas delas fazem bolos e tapioca. Quando tem festa na escola elas levam tudo para vender. Outras famílias fazem a mesma coisa. Minha família também tem uma tenda agroecológica. Minha mãe vende milho, tapioca, acerola, gergelim, tomate, batata, inhame, leite e outras coisas.

Alice também gosta de acompanhar a mãe nas formações para as famílias agricultoras. Assim, a menina cresce aprendendo sobre a importância da agroecologia para uma alimentação saudável e sem veneno, além de conviver pacificamente com a natureza.

Minha mãe me leva para as atividades. Eles conversam sobre como cuidar das plantas, do meio ambiente, e eu aprendo sobre a natureza. Sei que é importante, que não devemos maltratar os animais e que não devemos jogar lixo. Gosto de ir a essas atividades com minha mãe, porque aprendo e conheço novos amigos. 

Quer incentivar mais trabalhos como esse? Apadrinhe uma criança!

https://actionaid.org.br/historias_de_mudanca/alice/

Com 35% de policiais civis prestes a se aposentar, Governo da Paraíba anuncia concurso com 1,4 mil vagas

 Por LAERTE CERQUEIRA 

O governo da Paraíba confirmou a realização de um concurso público que vai ofertar 1.400 vagas para a Polícia Civil. Foram 13 anos sem concurso, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

De acordo com o governador João Azevêdo (Cidadania), concurso visa suprir as necessidades dos cargos de carreira da Polícia Civil, considerando um cenário com previsão de 785 servidores aptos à aposentadoria, cerca de 35%.

“Isso vai refletir em todo sistema de Segurança. Serão mais delegacias ocupadas, mais velocidade nas investigações. A gente vai atender melhor a população, vai melhorar a instrução dos processos criminais que vão pra o judiciário”, explicou Jean Francisco, secretário de Segurança da PB.

As vagas são para nove cargos de carreira da Polícia Civil:

  • Delegado (120 vagas);
  • Escrivão (520 vagas);
  • Perito Médico (50);
  • Técnico em Perícia (73);
  • Necrotomista (70);
  • Agente de Investigação (414);
  • Perito Criminal (77);
  • Perito Químico (45);
  •  Papiloscopista (31).

O concurso da Polícia Civil envolve várias fases, e o tempo para a sua realização pode chegar até um ano e meio para a conclusão do processo, incluindo o Curso de Formação, que dura seis meses. A Comissão Organizadora do concurso está sendo formada e o edital com os detalhes será divulgado em breve no Diário Oficial do Estado.

Com informações da Secom/PB

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População brasileira cambaleia, enquanto os congressistas focam na PEC da liberdade “eterna”

 


Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Nem precisa entrar na discussão sobre o conteúdo da Pec da Imunidade, consagradamente chamada da ‘Pec da Impunidade’. Uma Proposta de Emenda à Constituição que cria tantos obstáculos para prender um deputado, que só “Deus” para fazê-lo, depois de aprovada.

A intervenção, agora, é só para deixar registrado o momento no qual os parlamentares brasileiros estão fazendo isso. Rapidamente, atropelando normas,  sem debate intenso, sem tempo pra pensar.

E o pior, aproveitando-se de uma população sem força, atônica e cambaleante com avanço desenfreado da Covid-19. São mais de 250 mil mortos, colapso na saúde em quase todos os estados. Com UTIs dos dois mais conhecidos hospitais de SP com fila de espera para internação.

Parlamentares parecem se aproveitar da fragilidade de uma população com necessidades básicas batendo na porta, com a pobreza e a miséria que já entraram na casa de muitos.

O auxílio emergencial, por exemplo, já ficou pra semana que vem. E, se chegar, será com dois meses de atraso. 

A sensação é que não estão nem um pouco preocupados com as medidas inevitáveis que vão aniquilar os pequenos e médios negócios do país, os informais, onde estão milhões de brasileiros. Uma população que não sabe onde pedir ajuda. Trêmula, com medo de morrer sem despedida. Num barco sem rumo, sem prumo, com a vacina pingando.

A política é muito mais que isso. Na sua essência é busca do consenso pelo bem comum. O que os parlamentares federais fazem quando invertem a ordem de prioridades, negligenciando necessidades urgentes da população, é crueldade, maldade, descompromisso, descompasso. Sendo bem eufêmico.

Não é por acaso que a descrença na política brasileira quase sempre se sobrepõe a crença. Infelizmente, nesses momentos, difícil dizer que não há motivos reais para isso.

BBB 21: 'Esquerda criou palco, ganhou espelho e não gostou do que viu', diz filósofo sobre o reality

 

Participantes do BBB21
Legenda da foto,

"Esse BBB se tornou um laboratório a céu aberto da fragmentação dessa esquerda identitária que não tem um modelo de sociedade, que é dividida em tribos e que não concilia o discurso da diferença com o da igualdade", diz Wilson Gomes, professor titular de Teoria da Comunicação da UFBA

"Ele é sujinho. Se esfregar bem…", "louco" e "abusador" e "quer usar a agenda LBGT" foram algumas das declarações que geraram polêmica na 21ª edição do Big Brother Brasil, reality show transmitido pela TV Globo.

Mas a forte repercussão nas redes sociais não se deu apenas pela natureza dos comentários, mas de quem veio — representantes do que muitos consideram ser militantes da diversidade e contra o preconceito.

Se ao público coube o julgamento moral, na opinião de Wilson Gomes, filósofo e professor titular de Teoria da Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), são sinais reveladores da "fragmentação da esquerda identitária", que não tem "um projeto de sociedade unificado".

"A esquerda criou palco, ganhou um espelho e não gostou do que viu", opina Gomes, pesquisador e autor de 11 livros, entre eles Crônica de uma Tragédia Anunciada: Como a Extrema-Direita Chegou ao Poder.

"Esse BBB se tornou um laboratório a céu aberto da fragmentação dessa esquerda identitária que não tem um modelo de sociedade, que é dividida em tribos e que não concilia o discurso da diferença com o da igualdade", disse ele em entrevista à BBC News Brasil. "Não há, portanto, espaço para conciliação. É como se cada pedaço da sociedade tivesse que cuidar de si. Ou, como digo, 'farinha pouca, meu pirão identitário primeiro'."

Algumas lideranças do movimento negro, no entanto, dizem que os participantes não falam pela causa, tese com a qual Gomes não concorda.

Ele, que também pesquisa comunicação e política nas redes sociais, diz acreditar que a edição deste ano do Big Brother Brasil quis se aproveitar "do rescaldo do movimento Black Lives Matter" dentro de um contexto em que há um esforço de valorização e cobrança por maior representatividade das minorias em espaços públicos. De fato, metade do elenco BBB21 é negra, maior porcentual da história do programa.

Mas, segundo ele, apesar disso, o que o público do lado de fora viu foi um "conflito sem limites das tribos identitárias colidindo uma com a outra".

"As tramas amorosas e sexuais, recorrentes em outras edições do programa, foram substituídas por 'tretas'. O público achou aquilo assustador enquanto a esquerda tradicional, que oferece complacência enorme em relação aos abusos desses grupos identitários, ficou desnorteada."

"O que vemos ali é cada um buscando sua superioridade moral e se permitindo comportamentos autoritários e agressivos simplesmente por causa de seu pertencimento a um grupo estruturalmente desvantajado ou historicamente marginalizado."

Pule Twitter post, 1

Final de Twitter post, 1

Para Gomes, parte-se assim da visão de que o pertencimento "a essa minoria que sofreu, me dá um 'Super Trunfo'. E, portanto, o que eu faço tem uma espécie de excludente de ilicitude".

O filósofo faz alusão ao jargão jurídico — quando uma pessoa pratica um ato geralmente considerado ilícito ou impróprio sem ser punida por isso — para comentar polêmicas como a que aconteceu durante uma festa, quando o participante Gilberto Nogueira afirmou ser um homem negro, declaração que incomodou a rapper Karol Conká e o comediante Nego Di. Este disse: "Ele é sujinho. Se esfregar bem…". Karol Conká e Nego Di se declaram negros.

Em outro desdobramento, Conká foi acusada de violência psicológica contra o ator Lucas Penteado (de "Malhação"), que também se declara negro, chamando-o de "louco e abusador". Isso se agravou depois que Lucas tratou outra participante, Kerline, com uma "abordagem invasiva", repleta de "nomes assustadores", segundo relato dela própria.

Kerline acabou tendo uma crise de choro, e o episódio fez com que alguns participantes do programa agissem duramente contra Lucas, deixando de falar com ele ou proibindo que ele se sentasse à mesa, por exemplo.

Já a psicóloga social Lumena acusou Lucas de autopromoção ao protagonizar com Gilberto o primeiro beijo entre homens em 20 anos do programa. Ela disse: "Lucas tá usando os pretos para se autopromover. Primeiro foi uma agenda racial e agora uma agenda LGBT. Eu não fico falando da minha mulher e que sou sapatão". A fala deu origem a brincadeiras e críticas nas redes sociais, com usuários criando uma fictícia "carteira de bissexual" a ser submetida à autorização prévia de Lumena.

'Racismo do bem'

Isolado e criticado pela grande maioria dos colegas, Lucas decidiu deixar o programa na manhã de domingo (7).

Gomes vê o que chama de "complacência" da esquerda com relação a comportamentos como estes em torno da desistência do participante Lucas.

"Há uma esquerda que passa pano para os abusos autoritários, linchadores e canceladores da esquerda identitária. Tem sido sempre assim. Eles vivem nessa complacência, embora estes sejam comportamentos que violem as crenças da própria esquerda", diz.

Wilson Gomes
Legenda da foto,

Wilson Gomes destaca a ausência de espaços para a construção de diálogos

"Parece que estamos falando de dois tipos de racismo: um racismo que é condenável quando o vetor vai do branco para o negro e outro racismo para o qual 'se passa pano', que tem que ser chamado de outro nome, porque vai de um negro para outro negro, ou do negro para o branco."

"A crítica não é então por princípio. Seria por conveniência? Os conservadores acusam os progressistas justamente disso quando falam sobre o suposto 'racismo do bem' ou 'ódio do bem'."

"Na minha visão, a crítica tem que ser por princípio: racismo é racismo, não importa de onde venha, abuso psicológico é abuso psicológico, não importa de onde venha. Autoritarismo que humilha outras pessoas é autoritarismo, não importa de onde venha", argumenta.

Segundo Gomes, esse tipo de atitude acaba fortalecendo a direita, que ele também classifica como identitária, mas, em sua avaliação, muito mais "unificada".

"O cientista político americano Mark Lilla fala sobre como esses movimentos hiper-identitários foram muito importantes para a ascensão do trumpismo e eu ousaria dizer para a ascensão do bolsonarismo também. Afinal, se alimentam desse híbrido identitário", assinala.

"Pode ser que o defensor das armas e o antiabortista tomem caminhos separados no futuro, mas não há dúvida de que existe um projeto de sociedade unificada na direita, a partir de uma visão conservadora do mundo."

Nesse contexto, Gomes lamenta a ausência de espaços para a construção de diálogos.

"As pessoas falam dentro das suas próprias tribos. Na luta antirracista da atualidade, não há espaço para um Nelson Mandela ou um Martin Luther King, pessoas com discurso universalista, conciliador", diz.

"Não vejo a criação de pontes, a construção de diálogos. A esquerda de hoje é como um arquipélago. A feminista que não se junta com mulher negra, que, por sua vez, não se junta com o homem negro. Trata-se de várias ilhas que, quando se juntam, se chocam. É isso que estamos vendo no programa", conclui.

BBC

Moradores em situação de rua terão dificuldade para serem contemplados por novo auxílio emergencial, dizem especialistas


Moradores de rua em praça no Largo do Machado, Zona Sul do Rio
     Moradores de rua em praça no Largo do Machado, Zona Sul do Rio Foto: Luiza Moraes / Agência O Globo

Nesta sexta-feira (26), o governador em exercício do Rio, Claudio Castro, recebe o texto final do projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que cria um novo auxílio emergencial, dessa vez estadual, que pode chegar a R$ 300. A expectativa é de que, mesmo tendo um prazo de 15 dias desde o recebimento do documento para sancionar o projeto, Claudio Castro o faça na próxima semana

Saiba quem terá direito a receber o auxílio emergencial aprovado pela Alerj

Para os especialistas ouvidos pelo GLOBO, o programa, que determina o pagamento de um auxílio a pessoas abaixo da linha da pobreza (com renda mensal de até R$ 178, inseridas no Cadastro Único e que não participem do Bolsa Família), entre outros gurpos, deve ser feito junto de ações ativas do poder público, para integrar os moradores em situação de rua.

– Me parece que vai ter que ter um cadastro, então tem que ter uma ação ativa da pessoa que quer se beneficiar em relação ao pleito da ajuda. E essa população de rua é, na maioria das vezes, uma população que não tem acesso à informação, não consulta as redes sociais e a comunicação é muito boca a boca, então ela não se utiliza de outras ferramentas. Então deveria inverter o polo para uma ação ativa do Estado e não passiva –, afirma Gilberto Braga, economista da Ibmec.

Já para Rodrigo Mondego, vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio, o fato de muitas pessoas em situação de rua não estarem cadastradas no Cadastro Único faz com que não seja possível identificar com precisão a quantidade de pessoas nessa situação. Rodrigo completa afirma ainda que para o auxílio emergencial ser efetivo para esse público, uma política consistente de habitação deve ser implementada tanto no estado quanto no município.

Para Mondego, há várias situações que fazem as pessoas irem para as ruas, então se não existir uma política que atue lado a lado nesses casos, não será possível, com o valor do auxílio, fazer com que essas pessoas reestruturem suas vidas.

Por outro lado, Marcelo Neri, diretor social da FGV, afirma que a prefeitura do Rio irá criar um programa de cadastramento móvel, e que assim será possível cadastrar e integrar essas pessoas em situação de rua no programa estadual.

– Uma política da prefeitura sobre um programa de cadastramento móvel será implementada. As autoridades irão até às pessoas para colher esses dados, porque dessa forma será possível abranger inclusive pessoas em situação de rua, que não têm acesso a telefones e meios digitais. Além disso, é preciso de políticas públicas que cadastrem essas pessoas em programas sociais para retirada de documentação, que capture a biometria e seja capaz de emitir. Isso é o mínimo de cidadania – declarou Marcelo.

Até agora, pouco se sabe sobre quantas pessoas serão contempladas pelo benefício e quanto será disponibilizado ao todo pelo governo estadual. O que é certo até o momento é que a principal fonte de custeio do programa serão os fundos estaduais, que têm 30% de seus recursos desvinculados. Apenas o Fundo Estadual de Combate à Pobreza, o principal deles, tem arrecadação de R$ 4,6 bilhões prevista para 2021, dos quais R$ 1,3 bilhão poderia ser destinado ao benefício. Também poderão ser usadas parte das receitas com pagamentos da Dívida Ativa estadual e do programa de refinanciamento de débitos tributários estaduais.

* Estagiários sob supervisão de Giampaolo Morgado Braga e Vera Araújo

EXTRA.globo.com

Ex- Cidade "maravilhosa". 

Constatação obvia esta do título. Se para quem tem residência fixa é difícil, imaginem essas pessoas sem o "mínimo" de recursos.


Drama de família que se divide entre as ruas do Rio e casa sem porta e janelas em favela gera onda de solidariedade

 

A família no acesso à comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Foto: Maria Isabel Oliveira

Contada pelo EXTRA nesta quinta-feira, a história de Ana Paula Rodrigues Gama, de 46 anos, que alterna a vida nas ruas do Centro do Rio na companhia das duas filhas, Thainá e Gabriela, com períodos na casa que constrói a duras penas na comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, gerou uma onda de comoção por diversos pontos do Brasil e até no exterior. De doações de material de construção a oferta de tratamento odontológico gratuito para a mãe, que tem dificuldades de conseguir emprego por conta da falta de dentes, choveram ofertas de ajuda para a família.

Ana Paula e as filhas varrem a calçada em que vivem, no Centro do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Ana Paula e as filhas varrem a calçada em que vivem, no Centro do Rio Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

    Ana Paula e as filhas varrem a calçada em que vivem, no Centro do Rio Foto: Domingos Peixoto       /Agência   O Globo

As postagens sobre o caso nas páginas no Facebook do EXTRA e do jornal GLOBO, que publicou a mesma matéria, alcançaram, somadas, mais de 2,5 milhões de internautas. Até as 20h desta quinta, houve, ainda, mais de 11 mil comentários, bem como 9,2 mil compartilhamentos nos dois perfis. A quem ofereceu apoio, foi repassado diretamente o contato da família.

Vitoria Mara Pereira, moradora de Jacarepaguá foi uma das pessoas que se comoveu com a história. Após visualizar a reportagem, ela entrou em contato com amigos que sempre a ajudam em ações beneficentes para ajudar na compra de materiais como portas e janelas para a casa de Ana Paula. Segundo Vitoria, a vida de Ana a fez relembrar todas as dificuldades financeiras que já passou quando criança.

— Meus pais já passaram muita fome e necessidade, e a gente conseguiu viver. E eu sinto que tenho que retribuir a sorte que tive, mas que nem todos têm. Tenho um grupo de amigos e sempre ajudamos instituições, queremos ajudar a Ana e as filhinhas dela agora — contou Vitoria.

Ana Paula prende a toalha de Magali, a favorita de Tainá Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Ana Paula prende a toalha de Magali, a favorita de Tainá

Pessoas de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Belo Horizonte, Paraná, Minas Gerais e diversos outros estados, além de brasileiros que vivem no exterior, também se mobilizaram em torno do caso. A paulista de São José dos Campos, Bruna Russo, foi uma das que procurou saber mais informações sobre a família em situação de rua para tentar ajudá-la. Segundo a engenheira, um grupo de amigas se sensibilizou com a história, especialmente para proporcionar a Thainá e Gabriela, filhas de Ana Paula, uma infância digna e feliz:

— Eu tenho uma filha de três anos e, quando vi duas meninas estudando na calçada, fiquei com o coração partido. Imagino a situação dela como mãe e eu e minhas amigas estamos dispostas a fazer uma mobilização entre mães para ajudar a família.

Atenção aos golpes

Para contribuir financeiramente com a reforma da casa de Ana Paula, algumas vaquinhas online estão sendo criadas e divulgadas na internet por terceiros. No entanto, o EXTRA não teve informações sobre dados bancários pessoais de Ana e não atesta a procedência dessas ações. Assim, é preciso ter cuidado para não cair em armadilhas.

ARQUITETURA HOSTIL: Construções para excluir população em situação de rua são criticadas por profissionais

De acordo com informações da plataforma Vakinha, por exemplo, uma das formas de não cair em golpes é observar a quantidade de doações da campanha. Se ouviu falar da ação, mas ela tem apenas uma ou duas doações, desconfie. Também é indicado verificar os compartilhamentos e comentários deixados na página.

Outra dica é sempre verificar o nome, a cidade e a foto do autor da campanha. Caso essas informações não sejam informadas, é preciso redobrar os cuidados. Contudo, para Fernando Henrique Cardoso, advogado especialista em crimes financeiros digitais, essa é a forma mais segura de doação online, desde que tomadas todas as precauções:

– Esse tipo de plataforma trás pra gente uma garantia de para que o dinheiro está sendo usado, além de você saber que ali tem uma história real, e de que você tem alguém que pode se responsabilizar.

https://extra.globo.com/noticias/rio/drama-de-familia-que-se-divide-entre-as-ruas-do-rio-casa-sem-porta-janelas-em-favela-gera-onda-de-solidariedade-rv1-1-24900331.html

domingo, 14 de fevereiro de 2021

A jornada de dor e preconceito dos Hmong, refugiados da Guiana Francesa

 
Após a Guerra do Vietnã, a França levou um pequeno grupo de 45 refugiados Hmong do Laos para a Guiana Francesa, seu território na América Latina. Os Hmong eram perseguidos pelos comunistas que comandavam o Laos porque eram aliados de longa data dos franceses – que haviam dominado o território por décadas – e tinham lutado ao lado das forças dos Estados Unidos na guerra. Quarenta anos depois, a Guiana Francesa hoje depende em grande maioria da comida que esses refugiados e seus descendentes produzem em suas fazendas cravadas na selva Amazônica. Apresentados como exemplo de uma história de imigração de sucesso, os Hmong têm uma trajetória de muita dor, preconceito e muito trabalho que ajuda a explicar os alicerces da sociedade guianesa. Confira neste vídeo.
https://www.msn.com/pt-br/noticias/videos-de-noticias/a-jornada-de-dor-e-preconceito-dos-hmong-refugiados-da-guiana-francesa/vi-BB1dwNR4?ocid=mailsignout 

 

Apesar de proibição de eventos de carnaval, aglomerações são registradas em várias partes do país

Multidões sem máscaras em praias, ruas, bares lotados e festas foram flagradas em diversas cidades do Brasil ao longo deste final de semana.


Covid-19: Infectologista alerta para riscos causados por aglomerações

Covid-19: Infectologista alerta para riscos causados por aglomerações

 Mesmo com a proibição de eventos de carnaval por todo o país por causa da pandemia da Covid-19, aglomerações não deixaram de acontecer ao longo deste final de semana e na noite de sexta-feira (13).

 

Multidões sem máscaras em praias, ruas, bares lotados e festas foram registradas em diversas cidades do Brasil. As forças de segurança e fiscalização encerraram os eventos. Houve até uma festa convocada por "influencers" nas redes sociais, que reuniu 3.000 pessoas em Campinas (SP).

Segundo o infectologista Álvaro Furtado Costa, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ambientes assim são "totalmente propícios" para a transmissão do coronavírus. "De novo, a gente (pode ter que) dar passos para trás. E sem levar em consideração o cenário de variação genética, estar longe de uma cobertura vacinal, isso deixa a gente bastante preocupado", afirmou em entrevista à GloboNews.

Rio de Janeiro

Show de Belo na Maré — Foto: Reprodução/TV Globo

Show de Belo na Maré — Foto: Reprodução/TV Globo

Na sexta-feira(12), primeira noite do feriado de carnaval na cidade do Rio de Janeiro, aglomerações, festas clandestinas e eventos foram interrompidos. Houve flagrantes de desrespeito às normas contra a Covid-19 até no mar. Um dos flagrantes foi no Parque União, na Maré, onde o cantor Belo se apresentou em uma escola pública. Imagens do Globocop mostraram a quadra lotada diante de um palco com luzes e amplificadores de som.

O sábado (13) também foi de aglomerações na cidade, como no bairro do Leblon, na Zona Sul. Na manhã deste domingo (14), a Lapa ainda tinha movimentação da noite anterior, com pessoas consumindo bebida alcoólica de pé em frente a um bar, sem máscaras. Desfiles e blocos estão proibidos.

De sexta-feira à noite até a madrugada desde domingo, equipes da Prefeitura do Rio realizaram 43 inspeções sanitárias, aplicaram 25 multas e interditaram 14 estabelecimentos por causa de aglomerações.

Rio Grande do Norte

Aglomeração é registrada na praia da Pipa durante o sábado (13), mesmo com proibição de festas de carnaval. — Foto: Reprodução

Aglomeração é registrada na praia da Pipa durante o sábado (13), mesmo com proibição de festas de carnaval. — Foto: Reprodução

Mesmo com a proibição de eventos de carnaval no Rio Grande do Norte, vários casos foram registrados desde a última sexta-feira (12), principalmente em Natal e na famosa praia da Pipa no município de Tibau do Sul. A Polícia Militar informou que registrou pelo menos 16 aglomerações neste sábado (13) em todo o estado, mas não especificou as localidades. Não houve presos.

Em Natal, capital do estado, a prefeitura interditou um evento de rua com aglomeração de cerca de 200 pessoas. A Guarda Municipal de Natal informou que realizou fiscalização conjunta com outros órgãos municipais e estaduais, que resultou em apreensões de equipamento de som, interdição de bloco carnavalesco e notificações de bares. Na noite de sábado (13), uma multidão de pessoas foi vista na praia da Pipa, em Tibau do Sul, apesar da prefeitura do município ter emitido um decreto proibindo eventos.

São Paulo

Operação da GCM em Sorocaba encerra festas clandestinas — Foto: Divulgação

Operação da GCM em Sorocaba encerra festas clandestinas — Foto: Divulgação

Na capital paulista, a Vigilância Sanitária estadual fechou 11 estabelecimentos e aplicou 22 multas após flagrantes de desrespeito às normas da quarentena na cidade de São Paulo ao longo das noites de sexta-feira (12) e deste sábado (13). O ponto facultativo do carnaval foi cancelado tanto pela Prefeitura de São Paulo como pelo governo do estado. Atualmente, a cidade está na fase amarela e, com isso, bares podem funcionar até as 20h, com público limitado a 40% da capacidade total.

De acordo com o órgão da Secretaria Estadual da Saúde, as multas se deram por aglomeração, desrespeito ao uso obrigatório de máscaras em locais públicos, funcionamento além das 20 horas e promoção de festas. No total, a Vigilância fez 62 inspeções. Um dos locais autuados na noite deste sábado (12) foi a balada Amata, em Pinheiros, Zona Oeste. De acordo com a Vigilância Sanitária, havia aglomeração, pessoas sem máscara e o local foi esvaziado. A assessoria de imprensa do estabelecimento nega que a festa tenha sido encerrada.

Balada em Pinheiros com clientes sem máscara  — Foto: Arquivo pessoal

Balada em Pinheiros com clientes sem máscara — Foto: Arquivo pessoal

Em outras cidades do estado, como Campinas, Sorocaba e Limeira, forças-tarefas de fiscalização e segurança encerraram festas clandestinas e aglomerações em bares.

Em Campinas, apenas na noite deste sábado (13), cerca de 13,3 mil pessoas em 16 festas clandestinas foram dispersadas. Em dois dos locais fiscalizados, havia pelo menos 3 mil pessoas reunidas, em cada um deles.

Uma das festas encerradas pelas autoridades foi convocada por "influencers" nas redes sociais e reuniu cerca de 3 mil pessoas. Em um dos stories publicado horas antes da festa, um rapaz que se identifica como organizador diz que estava liberada a presença de adolescentes a partir de 14 anos, que haveria segurança reforçada no local e cobrança de taxa para quem trouxesse bebida de fora. De acordo com a Guarda Municipal, o evento, realizado em uma chácara, de fato reuniu muitos adolescentes e pessoas de fora da cidade.

Festa clandestina em Campinas (SP) contou com a convocação de diversos influencers — Foto: Reprodução

Festa clandestina em Campinas (SP) contou com a convocação de diversos influencers — Foto: Reprodução

Na noite anterior, a força-tarefa já havia dispersado ao menos 2 mil pessoas que participam de festas clandestinas.

Fiscalização da PM registra quatro festas clandestinas e oito pancadões em Campinas

Fiscalização da PM registra quatro festas clandestinas e oito pancadões em Campinas

Em Sorocaba, uma operação entre a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar na noite e madrugada de sábado (13) flagrou festas clandestinas com centenas de pessoas. Em uma chácara foi realizada uma festa clandestina com mais de 700 pessoas. Havia cerca de 100 veículos no local e 30 deles foram autuados por irregularidades.

Em Limeira, foi encerrado um evento em uma casa de shows localizada na área rural. Atualmente, a região está enquadrada na fase laranja do Plano São Paulo, que regulamenta a quarentena em prevenção ao coronavírus e prevê atendimento presencial até as 20h em todos os estabelecimentos.

Rio Grande do Sul

Aglomeração foi dispersada em lancha em Porto Alegre — Foto: Giulian Serafim/PMPA

Aglomeração foi dispersada em lancha em Porto Alegre — Foto: Giulian Serafim/PMPA

Aglomerações em ruas e em uma lancha foram dispersadas durante a madrugada deste domingo (14) de carnaval em Porto Alegre. Uma força-tarefa equipe terminou com as aglomerações registradas em bares e na Orla Moacyr Scliar, onde uma lancha, com som alto no rio, atraía pessoas para a beira da água. A Prefeitura de Porto Alegre montou uma operação de segurança para o carnaval. Apesar de não ser feriado, a Guarda Municipal está atuando na fiscalização para evitar aglomerações nas ruas. Blocos e escolas de samba não podem promover desfiles. Estão proibidas também as festas em clubes e associações.

VÍDEO: Aglomeração é registrada durante a madrugada em Capão da Canoa

VÍDEO: Aglomeração é registrada durante a madrugada em Capão da Canoa

No litoral Norte do estado, a praia de Capão da Canoa também registrou aglomerações desde a tarde de sexta-feira (12), e a Brigada Militar dispersou grupos. Na madrugada deste domingo (14), centenas de pessoas se concentraram nas imediações do letreiro com o nome da cidade por volta da 1h da manhã. A prefeitura de Capão da Canoa afirmou, por meio da assessoria de imprensa, ter reforçado a fiscalização na orla. No entanto, o município disse ser “humanamente impossível coibir todas as ações provocadas por milhares de pessoas”.

Também na região Norte, uma festa clandestina foi interrompida na madrugada deste domingo (14), em Passo Fundo. Ao menos 200 pessoas participavam do evento em uma cervejaria, que não tinha licença para promover eventos. O local foi interditado e, o alvará, cassado por descumprir os decretos municipais. Ainda em Passo Fundo, cerca de 180 pessoas estavam aglomeradas em uma praça e consumindo bebidas alcoólicas. O movimento foi dispersado pela equipe de fiscalização.

Ceará

Três pessoas foram conduzidas à delegacia por organizar festa em chácara no interior do Ceará. — Foto: Divulgação/PM

Três pessoas foram conduzidas à delegacia por organizar festa em chácara no interior do Ceará. — Foto: Divulgação/PM

Na noite deste sábado (13), a Polícia Militar encerrou uma festa com dezenas de pessoas em uma chácara em um município do interior do estado. Os agentes foram até o local, onde encontraram dezenas de pessoas aglomeradas e sem respeitar o distanciamento social. A PM também flagrou pessoas sem o uso de máscaras. Três pessoas foram conduzidas à delegacia, onde foram registrados casos de infração do decreto destinado a impedir a propagação de doença contagiosa.

Já na capital, Fortaleza, a Praça da Gentilândia, o Polo da Mocinha e o Mercado dos Pinhões, locais que costumam ficar lotados em dias de carnaval, amanheceram vazios no sábado (13). As festas estão proibidas em todo o estado, e o comércio não essencial tem horário restrito de funcionamento.

Paraná

Fiscalização notificou seis estabelecimentos em Ponta Grossa por descumprimento das medidas de restrição diante da pandemia — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Fiscalização notificou seis estabelecimentos em Ponta Grossa por descumprimento das medidas de restrição diante da pandemia — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Agentes da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) interromperam o funcionamento de um bar flagrado com cerca de 50 pessoas na madrugada deste domingo (14), em Ponta Grossa. Conforme balanço da Polícia Militar, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, outros cinco estabelecimentos também foram notificados por descumprirem as medidas contra a pandemia da Covid-19.

Santa Catarina

Aglomeração em frente a bares em rua do Centro de Florianópolis na noite de sábado — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Aglomeração em frente a bares em rua do Centro de Florianópolis na noite de sábado — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Cidades da Grande Florianópolis e do Sul registraram festas clandestinas e aglomerações neste fim de semana de carnaval. A região da capital está em risco gravíssimo para a Covid-19 e o Sul, em grave. Na capital, a Vigilância Sanitária informou que três locais foram interditados no sábado (13) pela equipe de fiscalização. Os espaços estavam promovendo festas.Todos serão investigados e as muitas podem chegar a até R$ 500 mil.

Em Palhoça, São José e Imbituba casas noturnas foram interditadas, onde os frequentadores estavam aglomerados e sem máscaras. Em Garopaba, ma Praia da Ferrugem, centenas de pessoas se aglomeraram na madrugada deste domingo (14) nas ruas. Não foi respeitado o distanciamento social ou uso de máscara. A Polícia Militar precisou dispersar a população.

G1.com