População brasileira cambaleia, enquanto os congressistas focam na PEC da liberdade “eterna”
E o pior, aproveitando-se de uma população sem força, atônica e cambaleante com avanço desenfreado da Covid-19. São mais de 250 mil mortos, colapso na saúde em quase todos os estados. Com UTIs dos dois mais conhecidos hospitais de SP com fila de espera para internação.
Parlamentares parecem se aproveitar da fragilidade de uma população com necessidades básicas batendo na porta, com a pobreza e a miséria que já entraram na casa de muitos.
O auxílio emergencial, por exemplo, já ficou pra semana que vem. E, se chegar, será com dois meses de atraso.
A sensação é que não estão nem um pouco preocupados com as medidas inevitáveis que vão aniquilar os pequenos e médios negócios do país, os informais, onde estão milhões de brasileiros. Uma população que não sabe onde pedir ajuda. Trêmula, com medo de morrer sem despedida. Num barco sem rumo, sem prumo, com a vacina pingando.
A política é muito mais que isso. Na sua essência é busca do consenso pelo bem comum. O que os parlamentares federais fazem quando invertem a ordem de prioridades, negligenciando necessidades urgentes da população, é crueldade, maldade, descompromisso, descompasso. Sendo bem eufêmico.
Não é por acaso que a descrença na política brasileira quase sempre se sobrepõe a crença. Infelizmente, nesses momentos, difícil dizer que não há motivos reais para isso.
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