segunda-feira, 31 de março de 2014

Ser

Sou assim (poesia)


sexta-feira, 28 de março de 2014

De que adianta... ?




 
De que adianta o sol
Se não tenho o seu carinho para me aquecer?
De que adianta a luz das estrelas
Se não tenho o brilho dos seus olhos?
De que adianta a mais bela melodia
Sem o compasso do seu coração?
De que adianta servir à poesia
Se não tenho a paixão dos seus versos?
De que adianta uma taça de vinho
Sem a euforia de estar contigo?
De que adianta o sonho mais desejado
Se não tenho você para compartilhar comigo?
De que adianta o manto da noite
Se não tenho o aconchego do seu abraço?
De que adianta o presente
Se não tenho o futuro para viver contigo?
De que adianta o mais caloroso beijo
Se os meus lábios não estão junto aos seus?
De que adianta…?

(Agamenon Troyan)

EXPERIÊNCIAS












 (tudo que vivemos são experimentos, a fim de 
 alcançarmos maturidade.)


Muitas vezes, o tempo que se perde, é experiência que se adquire

O que se vive de ilusões também nos leva a grandes reflexões

Faz pensar o que se pode ser feito

Para não mais cair na mesma cilada

Faz mudar o percurso, buscar nova estrada

Mas nem sempre precisamos aprender com aquilo

Que se mostra arriscado ou até mesmo proibido

Nem todo novo caminho é necessariamente produtivo

Às vezes precisamos de exemplos alheios para amadurecer

Nem tudo a gente descobre, aprende ou discerne sozinho

Nem todo erro traz acerto, mas toda boa escolha, refaz uma história

Deixa leve, desobstruída por inteiro nossa alma

Muitas vezes, o tempo que se perde, é vida que se esvai e não volta mais

Amadurecimento, vida convertida no conhecimento

Das dores resistidas em meio a tantos sofrimentos

Amadurecimento, humildade apenas de reconhecer

Que por mais que se aprenda, sempre se está a aprender

Experiências: quanta divergência, quanta falsa aparência, quanta nova consciência?

Quanta fé, quanta descrença, quanta esperança se perde ou se ganha no viver?

Não existe idade, para assumir um compromisso de maturidade, com a verdade!


"... e se fosse fácil achar, todas as respostas que eu procuro, nesse intenso caminhar..."


Este texto envolve duas vertentes, a fim de não haver um só questionamento.

Caso discorde de algo, deixe aqui sua crítica que ela será bem aceita.


TODO QUESTIONAMENTO É VÁLIDO, DESDE QUE HAJA RESPEITO!
 
Daniel Guimarães


Mensagem compartilhada em minha página no FACE, abaixo meu comentário junto à mesma.


Pertinente, lindo e profundamente reflexivo, Daniel!  Viver também é isso, oportunidades repetidas para se fazer o bem, escolher os melhores amigos, os melhores caminhos, ainda que errando e muitas vezes sem perceber quando não pensamos, acabamos fazendo "escolhas"não muito recomendáveis. Mas tudo isso e muito mais "é" inerente à nossa condição humana. A maturidade nos capacita a sermos mais criteriosos, por exemplo na hora de determinadas "escolhas", nos faz sentir mais capazes de avaliar o que serve ou não para nós.
 
Aparecida Ramos



quinta-feira, 27 de março de 2014

Marco Civil: vitória na Câmara dos Deputados!


Caros amigos,

Hoje é dia de festejar! Nossa comunidade teve um papel fundamental na aprovação do Marco Civil na Câmara dos Deputados, para salvar a liberdade da internet da interferência das grandes empresas. Leia essa história incrível!

Durante anos, diversas organizações e indivíduos trabalharam para criar o projeto e transformá-lo em lei. Então, no início de março, quando a votação parecia iminente, a Avaaz se uniu à luta para fazer o que faz de melhor: campanhas estratégicas, de grande apoio popular, direcionadas aos mais importantes tomadores de decisão.

Marco Civil Plenário
Gil deu o pontapé inicial – foram 345 mil assinaturas em apenas duas semanas!
Primeiro, Gilberto Gil uniu forças com a Avaaz e começou uma petição a favor da neutralidade da rede, privacidade e demais direitos do usuário de internet. Em duas semanas, 345 mil de nós já haviam se juntado à campanha, que foi mencionada em toda a imprensa.

Mas a luta contra as empresas de telecomunicações era uma briga de Davi x Golias. Iniciamos, então, uma estratégia mais focada. Nossa equipe voou até Brasília, se uniu a dezenas de outros movimentos, coletivos e organizações que estavam lutando por anos pelo Marco Civil e identificou deputados em cima do muro e aqueles que poderiam convencer outros colegas a votarem favoravelmente.

Sociedade civil com deputados
Avaaz se uniu a movimentos e coletivos em Brasília para fazer pressão pelo Marco Civil. Foto: Gustavo Lima/Câmara
Em seguida contamos com milhares de ligações, tuítes e mensagens no Facebook de membros da nossa comunidade para convencer os deputados do seguinte: os brasileiros não querem que destruam a internet como a conhecemos! Gabriel Chalita (PDMB-SP) foi um dos que responderam à pressão, contrariando colegas de seu próprio partido, seguido por Anthony Garotinho (PR-RJ) e Fernando Francischini (SDD-PR).

Mas nós continuamos a pressionar. Fizemos uma pesquisa com membros da Avaaz e mostramos aos deputados que a grande maioria mudaria seu voto nas eleições caso seu deputado votasse contra o Marco Civil.

Herois ou vilões da internet
Os anúncios no Facebook atingiram mais de 3 milhões de pessoas em todo o Brasil – na foto o deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA).

Entregamos as assinaturas com os deputados
Deputados de vários partidos se juntam à Avaaz para entregar as assinaturas.
E fomos mais longe: nós contratamos anúncios no Facebook desafiando alguns desses deputados-chave a decidir de que lado da história queriam ficar: herois ou vilões da internet? Os anúncios alcançaram mais de 3 milhões de usuários de Facebook, de todas as partes do Brasil! A Câmara dos Deputados não podia mais ignorar nossa pressão.

Finalmente, nesta semana, oito deputados defensores da internet livre, de diferentes partidos e Estados, caminharam conosco até o Salão Verde da Câmara – na entrada do plenário – e entregaram as centenas de milhares de vozes a todos os deputados e ao presidente da Câmara.

Presidente da Câmara recebe assinaturas da petição
Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) recebe as quase 350 mil assinaturas.
Horas mais tarde, a votação aconteceu. E nós ganhamos!

O relator da proposta, Alessandro Molon (PT-RJ), agradeceu à Avaaz em seu discurso logo após a votação: “Faço um agradecimento especial à Avaaz, que recolheu 350 mil assinaturas trazidas hoje à Casa, lideradas pelo ex-Ministro Gilberto Gil. Essas assinaturas foram decisivas para a aprovação do projeto.” O deputado disse ainda que “a aprovação do Marco Civil representa uma vitória histórica para internautas do Brasil e do mundo. Que este nosso passo inspire outras nações a também lutarem para defender seus cidadãos na Internet.”

Nós ajudamos a construir os direitos dos usuários da internet no Brasil. Mas essa bela história ainda não terminou e a próxima batalha será no Senado. Juntos nós podemos mover montanhas. Então aguarde nossos e-mails, porque precisamos nos unir mais uma vez, mover mais montanhas e comemorar a vitória final para o nosso país.

Com esperança e determinação,

Michael e a equipe da Avaaz

Alighieri Damião - Rosa dos Sonhos - Andresson Damião





Gente de minha região... Linda!!!!

Vocês merecem!



    Para refletir:

 "Eu acredito que Deus jamais se cansa de nós. 
Ele está sempre nos dando uma nova chance, 
esperando a cada dia a 
nossa conversão.


 

No último dia 10, logo cedo escrevi e publiquei um texto aqui. Eu estava saindo para viajar, com retorno previsto para o final da semana. No entanto, meu "afastamento" demorou mais que o tempo previsto. Um pequeno abssesso em um dedo da mão direita afastou-me também do computador, mas precisamente do mouse. Não sei digitar com a mão esquerda. Foi e ainda está sendo um pouco incômodo, mas nem devo reclamar, porque diante de milhões de pessoas que tem inúmeros problemas de saúde e ainda por cima em um país que não oferece assistência de qualidade à maioria da população, meu problema não significa nada.

Está tudo bem e eu quero aproveitar para agradecer de coração a presença gentil e carinhosa de cada um e cada uma de vocês! Sem sua presença esta página não seria a mesma. Eu realmente precisava dizer isso a vocês, caros amigos e amigas.
Desejo que Deus lhe abençoe, abençoe seus familiares e amigos! E ilumine seus projetos e seus ideais. 
Beijos, ternura e paz!
Boa tarde!!!

quarta-feira, 26 de março de 2014

50 anos da maldita e o resto de nossas vidas...Por Marli Gonçalves




 
Quem sabe, sabe. Quem não sabe, tem más intenções ou é burro mesmo, é que se sacode. Não estou gostando nadica de ver esse montinho de gente tentando reviver, mesmo que em pesadelo, um período tão pavoroso de nossa história. Pior, tentando botar Deus na roda. Aceite esse depoimento pelos olhos de uma criança
 
Nasci em 1958. Faz as contas aí. Então, em 1964 eu tinha só seis anos e nessa época de março daquele ano era apenas uma menininha pentelha, de Maria Chiquinha, indo para a escola pela primeira vez, abrindo berreiro (é, antes a gente não ia para a escola assim que saia da maternidade como agora).

Dito isso, recorrerei necessariamente a uma forma muito pessoal para relatar o resultado, o clima e o tanto de mal que causou esse estrupício do golpe de Estado que o Brasil tomou na cabeça há 50 anos; esse buraco em que fomos jogados e que se reflete até hoje nesse nosso infeliz subdesenvolvimento, não só social, como político e econômico. Ainda hoje, 50 anos depois, minha memória de criança e, depois, de adolescente, se reativa com pequenos relances que certamente também marcaram você e o resto de nossas vidas. Se é jovem, nem me venha com muxoxos de "eu ainda não tinha nascido" - saiba que nada mais foi como antes e essa sombra da barbárie tão imortal como os vampiros nos aterroriza e suga até hoje. 50 tons de cinza, sem prazer de sexo; só o sadismo, que foi se infiltrando quando pintou de verde oliva o espaço político, dizendo-se em prol do nosso "bem". Aqui, ó!

Da minha memória, ali na Rua Augusta, por onde minha mãe me arrastava para eu ir à escola, lembro do ambiente pesado, que só foi piorando à medida que eu fazia o primário. Antes era mais ou menos assim: pré-primário, um ano. Primário, 4 anos. Ginásio, 4 anos. E aí vinha o "Clássico" ou o "Científico", já que o "Normal", que formava as professorinhas, já começava a entrar em decadência. Em 1969 quando o caldo entornou de vez me preparava para minha adolescência. Não esqueçam que foram praticamente 20 anos de sofrimento, quase 20 anos totalmente de censura, maldade, mortes, torturas, exílios, desinteligências.

Acredite: é daí que se acentua essa cultura que ainda temos, de corrupção, desmandos policiais, esquerda X direita - coisas que foram jogadas como sujeira para debaixo de um tapete que ainda teimam em levantar de vez em quando. Uma sujeira indelével.

Outro dia mesmo, revirando alfarrábios, achei os livros de Educação Moral e Cívica que éramos obrigados a decorar, capítulos inteiros de "organização política e social", como era descrito. Enormes. Carregávamos para lá e para cá. Normas, ordens, ditames. E toma Hino Nacional entoado com a mãozinha pra trás todos os dias no pátio. Ai de quem saísse desse círculo de soldadinhos.

Quanta coisa não li, não aprendi, não pude conhecer, saber, viver. Nunca chegou aqui. E como tudo tem seu tempo, muito disso o pessoal de minha geração não conseguiu recuperar.

Relembro ainda que em casa, todas, tudo era meio sussurrado, e nossos pais, creio, temiam que se ouvíssemos algo, comentaríamos na escola, alguém ouviria, e a coisa poderia ser vista como conspiração. Vivíamos assustados. Até o nome de nossos bichos papões eram diferentes: era General isso e aquilo, um tal de Fleury. Qualquer batida na porta podia ser polícia. Se eu vivi isso, e meus pais não tinham nada de ativistas, imagino o que passaram outras famílias.

(A música era a Jovem Guarda, a Bossa Nova, o Fino da Bossa, os festivais da canção, protestos em forma de vaias).

A coisa só foi piorando e aos 11 anos, já em outra escola e morando em outra rua, as tais sombras nos envolveram de forma ainda mais tenebrosa. Vi amigos mortos pela Rota 66. Em uma semana matavam o Marighella que ainda fui ver, caído e baleado em um Fusca, na esquina de cima, cercado por homens que, para mim, em minha memória, usavam xadrez, paletó xadrez. Já devia até ter um pouco de jornalista no sangue, coisa que puxei de minha mãe, sempre curiosa. Tanto que dias depois, da janela ela assistia sem querer ao tiroteio, na esquina de baixo, em um dia de feira. Era o "justiçamento" (a esquerda chamava assim) de Henning Albert Boilesen, do Grupo Ultra, financiador da repressão que comia o couro de quem enfrentasse a ditadura.

Bombas explodiam. Deixadas em esquinas, enviadas pelos Correios. Ameaças eram comuns, alcaguetes se criavam como ervas daninhas. Primeiro prendiam, depois arrebentavam, depois perguntavam. A tirania, o desrespeito.

Foi esse ambiente que, porque nasci em um ano de glórias, 1958, enfrentei. Não é de admirar que com pouco mais de 17 anos eu também já estivesse na luta, pelos direitos das mulheres, pela anistia ampla geral e irrestrita, pelas eleições diretas, pela volta dos que foram, com o movimento estudantil, nessa que foi a segunda fase antes do fim da ditadura. Menos cruel, e até mais vitoriosa porque levou, enfim, à abertura.

31 de março de 1964 não é data que se comemore. É data para que nunca mais, nem em pensamento, nada daquilo retorne, aconteça o que acontecer. Nosso país já nunca mais será o mesmo, nem que se retorne à gloria de uma seleção campeã, que possa se sobressair.

Perdemos 20 anos de nossas vidas, que não voltam jamais. Nem para quem ainda nem nasceu.
São Paulo, 2014

Marli Gonçalves
Escreveu esse texto com um terrível aperto no coração. 
Marli Gonçalves é jornalista e escreve bem. Nesta sua crônica, um olhar sobre os chamados anos de chumbo. Tinha só seis anos quando estourou o movimento militar que depôs João Goulart. Ela teria escrito este texto com um terrível aperto no coração. Vale a pena conferir...

quarta-feira, 12 de março de 2014

Morte com nome de: Mulher






Mulher (idosa) vítima de graves agressões seguidas de morte, na noite do último domingo, às 18:hs (em minha cidade), somente na noite de ontem conseguiu ser sepultada. O atraso foi devido a ausência de documentos pessoais. O atendimento pelo IML é realizado na capital do estado, fato que contribui para aumentar o sofrimento da família, pela distância e atraso na liberação do cadáver.
Os criminosos levaram a bolsa da mesma onde estava a documentação. Segundo informações a polícia faz diligências na tentativa de descobrir os culpados.

O fato aconteceu dois dias após a comemoração do (8 de Março), da qual a mesma participou.
Lamentável e terrível realidade. A violência contra a mulher (mais uma vez)deixa sua marca, um rastro de sangue e de dor, além da sensação de impunidade, que é o que ocorre na maioria dos casos... em cada canto desse país!

Aparecida Ramos

Qualquer semelhança nem sempre é...

Foto

terça-feira, 11 de março de 2014

Morte diária



Morro a cada dia um pouco mais, todas às vezes que uma injustiça se materializa em alguém indefeso, principalmente porque a justiça dos homens é injusta. Se assim não fosse não puniria na maioria das vezes, pessoas "desfavorecidas". O Brasil é um país onde os "fora da lei" são protegidos.

Aparecida Ramos

Lágrima de uma mulher- Guilherme Arantes

)

Genipabu


A linda praia de Genipabu, no Rio Grande do Norte, foi cenário de um crime chocante: dois europeus, um croata e outro sueco, foram encontrados mortos, com pés e mãos amarrados e sacos na cabeça http://bit.ly/1crKyGh

Foto: Prefeitura RN

segunda-feira, 10 de março de 2014

Antes da hora




Antes do nascer do sol
antes de partir
eu quis vir aqui.


Hoje meu coração chora,
há rumores na cidade,
algo muito grave aconteceu.


Há pessoas pranteando,
mas é irremediável,
a morte não volta atrás.


Foi-se aquele tempo de paz.
O mal ronda os canteiros,
nem dar para acreditar
que flores estão murchando
antes do verão chegar.


Jardineiros impotentes,
nem sabem o que fazer,
esquecem que é só o começo,
Dissabores estão a caminho.

Há muita tensão no mundo
e chefes paralisados,
as forças "parecem" não conter
o que destrói sem piedade.
(...)
Aparecida Ramos
isisdumontprosaeverso.net

domingo, 9 de março de 2014

Para refletir

Foto: Curta Movimento Contra Corrupção

Meu sofrido povo paraibano e nordestino

Foto: Os maiores escândalos envolvendo dinheiro público na Copa de 2014
Veja: http://www.folhapolitica.org/2014/01/os-maiores-escandalos-envolvendo.html

Curta Movimento Contra Corrupção

Em qualquer esfera

Foto: Curta Movimento Contra Corrupção

Mulheres de Atenas, Chico Buarque

Mulheres de Atenas


Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas

Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas, serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.

Chico Buarque

sábado, 8 de março de 2014

O Homem e A Mulher



 


O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu. 
A TODAS AS MULHERES DO MEU FACE AMIGA,COLEGAS,DESCONHECIDAS,CONHECIDAS,
POBRES,RICAS,NEGRAS,BRANCA,
FELIZ DIA DAS MULHERES 
AMO VCS

                                            Rangel Xavier
"Compartilhado" hoje em meu "Face"... 
Agradeço (de coração)ao meu querido amigo Rangel, por lembrar meu nome em sua bela e oportuna homenagem.
A você desejo saúde, felicidades, alegria e que continue respeitando, amando e valorizando às mulheres, inclusive as que fazem parte de sua vida.
Aparecida Ramos 

08 de Março... 2014! (Artigo)

 


Dia Internacional da Mulher!
(O que temos para comemorar?)
            Recitando o poema/dueto: "Estas mãos de Mulher",   
                    em 2012, durante comemoração em minha cidade.

Inicio este texto dizendo que, felizmente houve várias conquistas das mulheres, mas os desafios continuam... a luta que se apresenta é desafiadora e precisa ser encarada com garra, criatividade, coragem e persistência. "Não baixar a guarda" é muito importante, não somente na conquista de novos direitos, mas na manutenção de direitos já conquistados.

2013 foi um ano marcado por mobilizações dos setores que representam as minorias, luta essa que defendeu com “unhas e dentes” os direitos garantidos na Constituição, que estavam ameaçados. Dados estatísticos estarrecedores também vieram à tona. Segundo levantamento, por três anos consecutivos,
o Brasil ocupa a 7ª posição na listagem dos países com maior número de homicídios femininos.


“Nenhuma mulher está a salvo em uma sociedade patriarcal e misógina”. Para a professora Montserrat Sagot, a violência ocorre independentemente das condições econômicas e educativas

08 de Março de 2014!...

No tocante ao mercado de trabalho, praticamente não houve nenhuma mudança. A mulher recebe remuneração inferior ao homem, continua sendo uma mão de obra barata, dócil, instruída (afinal, estudos indicam que mulheres tem mais escolaridade que os homens), e ainda tem sua auto estima reduzida por uma cultura misógina, que lucra muito pregando insegurança às mulheres. A "famosa" ditadura da beleza conseguiu instituir, para dominar o público feminino: o medo de envelhecer e o medo de engordar. Isso gera altos lucros para as indústrias da beleza.

Conviver com a dupla jornada de trabalho é exercício diário para nós mulheres, além disso, precisamos lutar para "destituir" diversos mitos impostos ao longo dos anos; mitos que nada nos acrescentam ou "privilegiam", ao contrário, nos colocam em posição que nos tornam subordinadas às tradições patrriarcais.

As expectativas "machistas" são reforçadas também em datas como essa, quando as mulheres recebem através das "mídias"... mensagens com fotos de flores e outras bobagens, em nome dessa homenagem.

"Não, a mulher não é um ser com superpoderes!! E querer bancar a supermulher pode ser muito prejudicial à saúde. Esse negócio de achar que “mulher de verdade” é aquela que trabalha fora e em casa e ainda está sempre linda, elegante e ‘feliz’ é ridículo! Mas, pior do que isso, é uma forma de menosprezar as habilidades intelectuais das mulheres e ainda submetê-las a um quadro de violência psicológica e física, já que insinua que devem alterar/mutilar os seus corpos para terem realização pessoal e serem vencedoras.

Não, a mulher não é um “Bombril” com mil e uma utilidades! Não tem que dar conta de tudo sozinha. De maneira alguma! A divisão doméstica e dos cuidados com os filhos tem de ser feita de forma igual. Há inúmeras afirmações de que as mulheres têm “habilidades naturais” com a casa e com as crianças que os homens não têm (coitadinho deles, né?), afirmações tendenciosas de que “os homens tem outro ritmo”, sugerindo, assim, que os maridos não devem ser importunados quando chegam do trabalho, porque eles merecem descanso, enquanto as mulheres, mesmo cansadas, depois de um longo e exaustivo dia de trabalho, têm de dar um jeito de resolver praticamente todos os problemas da casa, dar de conta de todas as tarefas domésticas! O máximo que cabe aos homens é “ajudar” a mulherada nessas tarefas. Não. Lógico que não!

Romper ainda com outros mitos que até hoje são popularmente repetidos aos montes é de grande importância também. Afinal, quem nunca ouviu as seguintes frases: “mulher não se veste para o homem, mas sim para outras mulheres”; “mulher não é amiga de mulher”; “mulher tem que se dar o valor”; “mulher é compulsiva para gastar dinheiro”;“toda mulher é invejosa e fofoqueira”; “toda mulher adora sapatos”; “mulher dirige mal porque tem noção espacial menor que a do homem”; “a mulher é frágil e delicada por natureza”; etc. Há algumas outras inverdades que eu sequer ousaria mencionar aqui, de tão absurdas.


Enfim, temos uma batalha muito grande pela frente nas mudanças dessas e de outras tantas situações e também na desconstrução dessas diversidades de mitos que nos abatem diariamente, nos inferioriza, nos tira a autonomia e nos limita a papéis de dependência dentro da sociedade".


Por isso e muito mais, caríssimos e queridos amigos, bem mais importante que enviar ternas ou "românticas" mensagens para suas namoradas, amigas ou mães, é entrar "de cabeça" na luta pela desconstrução de mitos e na conquista por direitos igualitários.
Pesquisa na Net, CFêmea.

Beijos! Beijos! Beijos!
Pegue a sua, trouxe para você! rs
Muito obrigada por você ter vindo!!!

Rosas
As rosas brancasPara románticos: Los colores de las rosas y sus significados
Como Manter as Rosas Vivas e Bonitas?

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ser Mulher - Narração: Wanderley Coelho


Deixo esse vídeo lindo para todas as Mulheres da minha vida: Minha mãe, duas filhas, duas noras, três irmãs... sobrinhas, cunhadas. E às queridas Amigas (reais/virtuais), a você Mulher que segue ou visita meu Blog, além das Mulheres que fazem parte da vida de todos os meus amigos!

Às Mulheres anônimas, esquecidas, ainda mais discriminadas, pobres, sem profissão, sem salário, sem instrução. Apesar da dura realidade... o Dia é de todas nós!

Parabéns a todas "Nós" pelas conquistas, pelos desafios superados, pela coragem e persistência na luta! Somos esse ser que irradia luz, amor e esperança, que traz consigo a força e o dom da vida, que carrega em si a vida de um novo ser... Mulher, ser que não se cansa, não perde a esperança nem diz que a vitória está perdida, e ainda comemora mesmo quando não consegue vencer, porque sabe que participar, que ir à luta é primordial!
 
 FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!!!!

Ser Mulher... (Mensagem)


 
 
 Ser mulher é viver mil vezes em apenas um vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

Ser mulher é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.

Ser mulher é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera.

Ser mulher é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.

Ser mulher é estar em mil lugares de uma só vez, é fazer mil papéis ao mesmo tempo, é ser forte e fingir que é frágil pra ter um carinho.

Ser mulher é se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas, é distribuir emoções que nem sempre são captadas.

Ser mulher é comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos, mas jamais dever, é construir castelos na areia, vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-las.

Ser mulher é saber dar o perdão, é tentar recuperar o irrecuperável, é entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.

Ser mulher é estender a mão a quem ainda não pediu, é doar o que ainda não foi solicitado.

Ser mulher é não ter vergonha de chorar por amor, é saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço.

Ser mulher é ter a arrogância de viver apesar dos dissabores, das desilusões, das traições e das decepções.

Ser mulher é ser mãe dos seus filhos e dos filhos dos outros e amá-los igualmente.

Ser mulher é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e fincar a bandeira da conquista.

Ser mulher é entender as fases da lua por ter suas própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera do amor, ser “crescente” quando o coração está se enchendo de amor, ser “cheia” quando ele já está transbordando de tanto amor e “minguante” quando esse amor vai embora.

Ser mulher é hospedar dentro de si o sentimento de perdão, é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas.

Ser mulher é cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar as suas próprias feridas sangrando.

Ser mulher é ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda.

Ser mulher é conseguir encontrar uma flor no deserto, água na seca e labaredas no mar.

Ser mulher é chorar calada as dores do mundo e em apenas um segundo já estar sorrindo.

Ser mulher é subir degraus e se os tiver que descer não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar.

Ser mulher é saber ser super-homem quando o sol nasce e virar cinderela quando a noite chega.

Ser mulher é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo.
Da: Internet

Acróstico... presente
























Recebi de um amigo escritor, a quem agradeço a 
gentileza e o carinho através de suas palavras 
generosas. 
Que Deus o ilumine e fortaleça seus passos (cada 
vez mais) na caminhada existencial.
Ísis Dumont 
(meu nome poético)

Tio se passa por sobrinho no Facebook e pedófilo é preso



Um homem foi preso, suspeito de pedofilia, depois que o tio de uma criança assediada por meio da rede social Facebook tomou o lugar do sobrinho e manteve a conversa até entregar o acusado à polícia. O suspeito de 26 anos, que não teve a identidade divulgada, é morador de Cotia, na Grande São Paulo. A família da vítima, um menino de oito anos, mora em Itapetininga, região de Sorocaba.

O garoto avisou o tio que a pessoa que conversava com ele pelo aplicativo skype estava nua e exibia os órgãos genitais. Passando-se pelo sobrinho, o homem reteve o interlocutor no bate-papo virtual até a chegada da Polícia Civil.

Os investigadores prolongaram a conversa com o suspeito por várias horas e conseguiram rastrear seu endereço eletrônico. Os policiais viajaram 120 quilômetros até a casa do acusado e encontraram o homem ainda nu, conversando com outra criança. Em seu computador pessoal foram encontrados vídeos de sexo com crianças e fotos de menores com os quais ele teve contato.

O criminoso também usava um perfil falso, em que se passava por uma criança, inclusive postando fotos. Numa das páginas, ele comentou a foto postada por outra criança com a frase: "Que gostosinho!" Os policiais apuraram que pelo menos sete crianças foram assediadas pelo homem somente em Itapetininga. Preso em flagrante, o suspeito foi levado para uma cadeia pública da região.
Estadão/
Yahoo Notícias

quinta-feira, 6 de março de 2014

Alegria sem explicação

Saudade...

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Coincidência ou providência?

Foto de Maikel Castro.

Monstro! Pai espanca filho de 8 anos...




 


  A tragédia começou a ser delineada aos poucos. Em Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, Digna Medeiros, uma jovem de 29 anos que vive da mesada de dois salários-mínimos dada pelo pai, começou a ser pressionada pelo Conselho Tutelar porque não mandava seu filho Alex, um garoto franzino, que não aparentava seus 8 anos, à escola. Ameaçada de perder a guarda, mandou o menino para o Rio para que ele morasse com o pai. O encontro da criança tímida com o pai desempregado, que já cumprira pena por tráfico de drogas, não poderia ter sido mais desastroso. Horrorizado porque Alex gostava de dança do ventre e de lavar louça, Alex André passou a aplicar o que chamou de “corretivos”. Surrava o filho repetidas vezes para “ensiná-lo a andar como homem”. No último dia 17, iniciou outra sessão de espancamento. Duas horas depois, Alex foi levado para um posto de saúde. Parecia desmaiado, com os olhos grandes, de cílios longos, entreabertos. Mas não havia mais o que fazer. Estava morto.

As sucessivas pancadas do pai, provocadas porque Alex não queria cortar o cabelo, dilaceraram o fígado do garotinho. Uma hemorragia interna se seguiu, levando o menino, que também gostava de forró e de brincar de carrinho, a óbito. Apesar de a madrasta, Gisele Soares, que socorreu o enteado, afirmar que ele tinha desmaiado de repente, os médicos da UPA de Vila Kennedy desconfiaram logo de violência doméstica. O corpo de Alex, coberto de hematomas, era um mapa dos horrores que ele vinha passando. O laudo do Instituto Médico Legal descreve em muitas linhas todo o sofrimento: a criança tinha escoriações nos joelhos, cotovelos, perto do ouvido esquerdo, no tórax, na região cervical; apresentava também equimoses na face, no tórax, no supercílio direito, no deltoide, punho esquerdo, braço e antebraços direitos, além de edemas no punho direito e na coxa direita. A legista Áurea Maria Tavares Torres também atestou que o corpo magricelo apresentava sinais de desnutrição.

O posto de saúde chamou o Conselho Tutelar de Bangu, providência que nenhum vizinho do menino havia tomado. Alex morava com o pai, a madrasta e outras cinco crianças num casebre na Vila Kennedy, uma área sem UPP, onde três facções rivais travam uma guerra. Não se sabe se a lei de silêncio, que costuma imperar onde traficantes atuam, contaminou quem vivia nas casas próximas, ou se ninguém realmente sabia do que se passava no imóvel de três cômodos.

- Eu nunca escutei nada. Eu mal via o menino. Pensei até que ele já tivesse voltado para o Nordeste. Só os outros filhos saíam de casa. Acho que ele vivia em cárcere privado - diz a vizinha Wandina Ribeiro.

No depoimento que o pai, apelidado pelos vizinhos de “monstro de Bangu”, deu à polícia, há uma pista de que o menininho podia, de fato, sofrer os maus-tratos calado: “Enquanto batia, mais irritava o fato de ele não chorar, o que fazia o depoente crer que a lição que aplicava não estava sendo suficiente e que, por isso, batia mais e mais”.

Um dos conselheiros tutelares de Bangu, Rodrigo Coelho, diz que vai pedir à polícia que investigue se Alex vivia em cárcere privado. Se os vizinhos dizem não saber de nada, no colégio tampouco desconfiavam do que Alex passava em casa. Matriculado em maio de 2013 na Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, também na Vila Kennedy, o garoto era considerado calmo, obediente e inteligente. Teve ótimo desempenho no ano passado: nota 88 no segundo bimestre, primeiro que cursou no local, nota 100 no terceiro, e 90 no último. Este ano, não apareceu, mas os funcionários não se preocuparam: em janeiro, Alex André fora à unidade pedir a documentação escolar, dizendo que o filho voltaria para Mossoró.

O menino afetuoso, que se dava bem com os colegas, é descrito de forma bem diversa pelo pai. No depoimento à polícia, Alex André, que teve a prisão temporária decretada no último dia 19 pela juíza Nathalia Magluta e foi levado para o Complexo de Gericinó, disse que o filho “era de peitar”, “partia para dentro de você”. Segundo policiais que investigam o caso, a frieza de Alex André impressionou quem assistiu ao depoimento. Ele negou ter tido a intenção de matar, mas insistia que o filho tinha que ser “homem”.

Homofobia já tinha feito assassino rejeitar outra criança

Ninguém sabe dizer - como se isso tivesse alguma relevância - se Alex era realmente afeminado. Mas não faltam relatos de como o pai do menino era homofóbico. Sobrinha do assassino, Ingrid Moraes diz que Alex André era “cismado com essa coisa de homossexual” e rejeitava o filho mais velho, de 12 anos, por achá-lo pouco másculo. O menino, que morava numa rua próxima com a mãe, conta que a relação com o pai, que ele mal via, era cheia de segredos.

- Eu cuido da casa, mas ele nem sabia. Não acho nada demais, mas ele não aceitava muita coisa — diz o garoto, que escapou por pouco de ser surrado. - Uma vez, ele tentou, mas meu tio me defendeu.

Se poupou o filho mais velho, o mesmo não pode se dizer de outros parentes. Ingrid conta que já apanhou de Alex André, que também atacou a própria mãe

Se, em família, Alex André resolvia muita coisa no braço, na rua ele fazia valer sua condenação por tráfico de drogas (cumpriu pena por quase quatro anos) para amedrontar a vizinhança. Sem emprego fixo e vivendo de bicos, costumava consumir drogas no meio da rua e, se alguém reclamasse, dizia para não se meterem com ele.

Gisele, a mulher de Alex André, não tem sido mais vista na Vila Kennedy. Ela abandonou o lar no dia seguinte à morte do enteado, quando vizinhos ameaçaram linchá-la e atear fogo ao imóvel. À polícia, ela confirmou as palavras do marido e disse ser contrária aos castigos físicos.

Digna Medeiros, a mãe de Alex, garante que Alex André nunca foi violento com ela:

- Se soubesse, não teria deixado o Alex vir para o Rio. Ele era minha vida, nunca pensei que isso pudesse acontecer, meu Deus. Preferia que tivesse sido comigo.

Perguntada se o filho nunca havia se queixado do pai, Digna contou que só falara duas vezes com ele nos últimos nove meses.

- Eu liguei no dia que ele foi para o Rio com a aeromoça e falei também quatro dias depois. Ele disse que estava tudo bem. Depois, não consegui mais falar com o celular do pai dele. Entrei em contato com o irmão do Alex André pelo Facebook e ele disse que estava tudo bem. Confiei, afinal ele era tio do meu filho - diz.

Digna resolveu acompanhar de perto o desenrolar do caso. Deixou o bebê de 8 meses com amigos em Mossoró. O filho de 3 anos mora com os avós paternos. O mais velho, de 15, que ela não vê desde neném, ela quer encontrar no Rio.

- Tive ele muito nova, com 14 anos, não tinha a cabeça que tenho hoje. Deixei ele com o pai, lá em Honório Gurgel - diz Digna.
Digna e o conselheiro tutelar foram os únicos que participaram do enterro de Alex. Mas a cena do menino no caixão branco, de blusinha listrada, ainda marcado pela violência, foi tão forte que levou pessoas de quatro velórios que eram realizados ao lado a sair de suas capelas para abraçar a mãe.
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