Como proteger as crianças dos perigos na internet

 

Dar limites no mundo virtual é fundamental para proteger as crianças dos riscos da internet (Foto: Freepik)
Nudes, chantagens em troca de dados ou informações, cyberbullying. O seu filho não está livre de sofrer com a sociedade nociva que existe na web. Saiba como ensiná-lo a navegar nesse universo com segurança.

Qual a idade do seu filho? Desde quando ele tem acesso ao mundo virtual? Como você o tem preparado para navegar nesse caminho que, assim como a vida real, também tem os seus riscos?

Um estudo realizado em 2018 pela CRESCER mostrou que 38% das crianças com menos de 2 anos já têm um aparelho digital, como tablet ou celular. Esse dado já é alarmante por si só, afinal, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tempo de telas para menores de 2 anos deveria ser zero! E, acima dessa idade, com restrições. Mas os desafios não param por aí.

Fato é que nossos filhos nasceram na era conectada, e precisamos ajudá-los a navegar com segurança nesse mar revolto da web. “A internet tem uma série de meios de chantagear, manipular, pedir informações em troca de dinheiro, sem contar o cyberbullying e outras questões”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT. Se os adultos, com tanta informação a que têm acesso e maturidade, não ficam incólumes dos crimes digitais, pense só nas crianças, que estão em processo de amadurecimento cerebral.
Menina pequena em frente ao computador (Foto: Freepik)
As crianças estão cada vez mais cedo no mundo virtual (Foto: Freepik)
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Família se divertindo no computador junta (Foto: Freepik)

Os pais precisam conhecer a criança e estar junto dela também na internet

Salvar

Abaixo, confira 5 dicas valiosas para proteger e ajudar seu filho a ter mais segurança na internet:

1. Converse com o seu filho. A chamada educação digital é real e necessária. Explique sobre a internet e suas implicações - positivas e negativas -, de acordo com o desenvolvimento dele, claro.

2. Conheça o seu filho. É o que Colombini explica como responsividade parental. “Esteja sensível às necessidades do seu filho – o que só é possível com proximidade e vínculo. É assim que você entende quais são os padrões de comportamento da criança: como  representa os afetos? Interage? Reage?”, diz Colombini.

3. Fique atento aos sinais. E isso passa por conhecer como a criança lida nas mais variadas situações. Irritabilidade, agressividade, comentários, expressão nas brincadeiras ou em desenhos podem dar pistas de que tem algo errado acontecendo na vida dela dentro (ou fora) das telas.

4. Adote a monitoria positiva. “E o positivo aqui não é fazer o que a criança quer”, afirma o psicólogo. Ou seja, deixe claro para o seu filho que você precisa estar ciente do que ele faz na web, por mais que ele não goste, se frustre e se irrite. Dê limites sobre acessos, seja por meio de ferramentas de bloqueio, verificação de histórico, tempo de telas e muita conversa.

5. Mergulhe no mundo social virtual da criança. Isso quer dizer estar junto, saber o que ela está acessando, ouvindo, dançando. Quais mensagens tal dança ou vídeo está passando? “Do mesmo jeito que os pais pesquisam determinado assunto para o trabalho, eles precisam ter tempo e acessar esse universo virtual do filho”, finaliza Colombini.

https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2022/09/como-proteger-criancas-dos-perigos-na-internet.html

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