Campanha de Lula é a que mais gastou até agora; confira receitas e despesas de 5 presidenciáveis

 "Prestação de contas parcial"

Nesta quinta-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a prestação de contas parcial das campanhas de todos os candidatos, referente às movimentações financeiras ocorridas até 8 de setembro.

Entre os presidenciáveis, até o momento, as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) já desembolsaram R$ 146,2 milhões em despesas de campanha, o equivalente a 72% dos R$ 202 milhões arrecadados até o momento.

Lula lidera tanto na arrecadação, quase integralmente composta por recursos dos fundos eleitoral e partidário, quanto nos gastos – o candidato petista já gastou quase 60% do permitido pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, por outro lado, é o que gastou menos. Já Soraya gastou R$ 5 milhões a mais do que a campanha arrecadou até o momento.

A prestação de contas final deverá ser feita até o 30º dia posterior às eleições para todos os candidatos que não concorrerem no segundo turno. Havendo segundo turno, as contas referentes aos dois turnos deverão ser prestadas até o 30º dia após o dia da votação.

Veja abaixo os números financeiros das campanhas dos presidenciáveis até agora:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Até o momento, a campanha de Lula é, disparada, a que mais arrecadou recursos, com R$ 89,8 milhões. A fonte de quase a totalidade desse montante (99,2%) são os fundos eleitoral e partidário. Em doações privadas, o ex-presidente arrecadou R$ 688 mil, distribuídos entre financiamento coletivo (“vaquinhas” digitais) e contribuições individuais.

De acordo com as regras do TSE, o limite de gastos de campanhas eleitorais para presidente no primeiro turno é de R$ 88,9 milhões, ou seja, a campanha petista já possui mais do que pode legalmente gastar nesta etapa da campanha.

Lula também lidera os gastos – foram R$ 51,1 milhões até agora, isto é, quase 60% do total permitido.

Entre os 20 doadores individuais, a maior quantia veio do empresário palestino Shawqi Hilal Mohd Naser (R$ 100 mil), que mora no Brasil desde a década de 1980. A segunda maior doação veio do deputado federal Márcio Macedo, do PT (R$ 23,9 mil), e a terceira é do advogado Manoel Caetano Ferreira Filho (R$ 23,7 mil), que já compôs a defesa do petista.

Entre os demais contribuintes estão o jornalista Chico Pinheiro, os ex-ministros de governo de Lula e atuais coordenadores de campanha Aloizio Mercadante e Gilberto Carvalho, Janja, esposa de Lula, e Maria Lucia Alckmin, esposa do candidato a vice na chapa do petista, Geraldo Alckmin (PSB).

Os maiores gastos da campanha de Lula até o momento estão concentrados na produção para rádio e TV. A uma das empresas contratadas pela campanha já foram pagos R$ 25,9 milhões, o que coloca a empresa como a quinta com maior faturamento no fornecimento de serviços a candidatos dentre todas nestas eleições.

Gastos com publicidade na internet, produção de eventos, impressões gráficas e advogados também estão entre os principais gastos da campanha. Somente com fotografia, a campanha já empenhou R$ 1,3 milhão, enquanto o gasto com advogados foi de quase R$ 3 milhões.

Jair Bolsonaro (PL)

A campanha à reeleição de Bolsonaro arrecadou, até o momento, R$ 27,4 milhões, sendo que 61% desse montante referem-se aos fundos partidário e eleitoral, e o restante vem de doações privadas.

A maior doação (R$ 1 milhão) foi feita pelo produtor rural Oscar Luiz Cervi. O segundo maior doador (R$ 600 mil) é Odílio Balbinotti Filho, empresário do agronegócio e filho do ex-deputado federal Odílio Balbinotti. Em terceiro lugar no ranking de contribuições está o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, que contribuiu com R$ 500 mil.

Entre os principais doadores da campanha de Bolsonaro também está Gilson Lari Trennepohl, que doou R$ 350 mil. O empresário é filiado ao União Brasil, partido de Soraya Thronicke, adversária na corrida presidencial. O restante dos valores vem de contribuições individuais de mais de 800 doadores.

Até o momento, os gastos da campanha de Bolsonaro são de R$ 15,1 milhões, ou seja, 55% do total arrecadado e 16,9% do permitido segundo os critérios da Justiça Eleitoral. A maior concentração de despesas está na produção para rádio e TV (R$ 6,3 milhões), seguida de agências de publicidade (R$ 5,9 milhões).

Outros gastos relevantes estão na produção de eventos de campanha e na contratação de uma empresa de pesquisa de mercado.

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