Uma publicação, compartilhada por Adrielli no dia 8 de novembro, mostra que ela sofria
Adrielli Eduarda Rodrigues da Cruz, morta na última quinta-feira (14), após prestar queixa por estar sendo perseguida pelo ex-namorado, no interior de São Paulo, falava sobre relacionamentos abusivos constantemente nas redes sociais.
Uma publicação, compartilhada por Adrielli no dia 8 de novembro, descreve relacionamentos abusivos como 'um trauma silencioso e sabotador'.
'Passar por um relacionamento abusivo é algo que te adoece por dentro. Mesmo depois de meses ou até anos que já acabou, você passa, vê ou escuta uma coisa tão boba e reage em proporções gigantescas porque sua mente ficou muito traumatizada. "
Alguns internautas comentaram a publicação, dizendo que ela já estava sofrendo e pedia socorro.
"Meu Deus, quanto essa menina sofreu!", escreveu uma jovem.
O casoAdrielli foi assassinada com quatro tiros ao sair da delegacia da Polícia Civil após prestar queixa por estar sendo perseguida pelo ex-namorado, na tarde de quinta-feira, 14, em São Manuel, interior de São Paulo. Ela ainda foi socorrida e levada para um hospital, mas não resistiu. Minutos antes de receber os tiros, a jovem fotografou o ex em uma motocicleta e enviou a foto para a família, como prova da perseguição. O suspeito do crime, Cristiano Gomes, está foragido.
De acordo com os familiares, Adrielli havia rompido o namoro em razão das agressões que sofria do rapaz. Inconformado, o ex passou a perseguir e ameaçar a jovem. Na tarde de quinta, ela foi à delegacia, denunciou as ameaças e entrou com pedido de medida protetiva.
Após sair da unidade policial, Adrielli se deparou com o ex-namorado de motocicleta, à sua espreita, na rua Francisco da Cruz Mellão, por onde ela deveria passar. Ela fotografou o rapaz e enviou a foto para a mãe, pelo aplicativo WhatsApp, dizendo: "Mas dessa vez... olha essa prova". E acrescentou. "Ele vem pro meu lado. Já vou aí."
Conforme a polícia, o suspeito atirou cinco vezes e fugiu na moto. Quatro tiros acertaram a jovem. Ela foi encaminhada para o Hospital das Clínicas de Botucatu, mas o estado se agravou e Adrielli morreu na mesma noite. O corpo será sepultado na manhã deste sábado, 16, no distrito de Aparecida de São Manuel.
O crime chocou os moradores da cidade, onde a jovem trabalhava como operadora de caixa em um supermercado. Muitas pessoas manifestaram pesar na página de Adrielli em rede social, transformada em memorial.
A Polícia Civil informou que, ao registrar a ocorrência, a jovem não relatou ameaça iminente e o pedido de medida protetiva seria encaminhado à Justiça.
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