terça-feira, 6 de novembro de 2018

Alvo da Lei Maria da Penha que integra equipe de transição não estará no governo, diz Mourão

Vice-presidente eleito comentou situação de Gulliem Lemos, alvo de três processos relacionados à Lei Maria da Penha e condenado por estelionato. Equipe de transição atua em Brasília.


General Hamilton Mourão, vice-presidente eleito da República — Foto: Mauro Pimentel/AFP
General Hamilton Mourão, vice-presidente eleito da República — Foto: Mauro Pimentel/AFP

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira (6) que Gulliem Charles Bezerra Lemos não fará parte do governo Jair Bolsonaro embora integre a equipe de transição.
Segundo o jornal "O Globo", Julian Lemos, como é conhecido, já foi alvo de três processos relacionados à Lei Maria da Penha, entre 2013 e 2016, e condenado em primeira instância por estelionato, em 2011.
Ainda conforme o jornal, dois dos três processos ligados à Lei Maria da Penha foram arquivados a pedido da ex-mulher dele e o caso sobre estelionato prescreveu antes de ser analisado pela segunda instância da Justiça. Em todos os casos, diz "O Globo", Lemos nega as acusações.
"[Julian Lemos] é da equipe de transição, mas não terá cargo no governo", declarou Hamilton Mourão nesta terça-feira. Na opinião do vice-presidente eleito, "essa história é antiga".
Julian Lemos atuou na campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste e é vice-presidente do PSL, partido do presidente eleito. No mês passado, elegeu-se deputado federal pela Paraíba ao receber 71,8 mil votos (3,61%).
"Isso [denúncias] é fato antigo, é conhecido. Não sei porque só saiu agora. A imprensa como um todo já sabia disso aí há um tempo", avaliou Mourão.
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Equipe de transição de Bolsonaro tem primeira reunião oficial, em Brasília

Gabinete de transição

O general Hamilton Mourão esteve nesta terça-feira no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo.
Entre os integrantes do gabinete estão os futuros ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), além do general Augusto Heleno, que poderá comandar a pasta da Defesa ou o Gabinete de Segurança Institucional.
Ao deixar o CCBB, na noite desta terça, Mourão disse ter analisado durante o dia como será a reestruturação da Vice-presidência.
"Por enquanto, estão montando as linhas de ação de acordo com as diretrizes que passei para eles. Com certeza, vamos dar uma diminuída no pessoal. Ainda estão estudando o que eu pedi para eles, é prematuro. Mas o assunto foi esse", disse o vice-presidente eleito.
Mourão afirmou que participará nesta quarta-feira de um encontro entre Bolsonaro e o comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato.
G1.com

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