“Eu acabei de matar minha mulher.” Foi assim que Stephen Searle anunciou em dezembro passado seu crime à polícia.
No áudio da ligação, que veio à tona agora, o político de 64 anos explica calmamente que estrangulou até a morte Anne Searle, de 62 anos, em sua casa em Stowmarket, no sul da Inglaterra.
“Você matou sua mulher?”, perguntou o atendente em seguida.
“Sim. Um pouco diferente para você esta noite, imagino”, respondeu Searle.
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A ligação ficou então em silêncio, que foi quebrado em seguida pelo político: “Feliz Ano Novo”.
“Ok, e como você matou ela?”, prosseguiu o homem do outro lado da linha.
“Por sufocamento, eu acho. Uma situação um pouco bizarra, mas, você sabe, deixa pra lá…”, disse Searle.
Político foi condenado por homicídio
Searle é ex-militar e ex-membro do Conselho do Condado de Suffolk, o órgão legislativo local.
Ele acaba de ser condenado a 14 anos de prisão por homicídio. Searle nega que tenha matado Anne. Os dois estavam casados há 45 anos.
Meses antes, ela havia descoberto que o marido tinha uma amante. Searle mantinha um relacionamento com a parceira de seu filho, Anastasia Pomiateeva, mãe de ao menos um dos netos do casal.
Após seis dias de julgamento, o júri levou três horas e meia de deliberações para concluir que ele era culpado.
‘Não tive intenção de matar’
Searle afirma que, no dia do crime, sua mulher o atacou com uma faca após uma discussão e acabou morta em meio à briga.
Ele disse perante o tribunal que não pretendia matá-la e, em vez de chamar uma ambulância após o ocorrido, “ficou parado como um idiota”.
O juiz Nicholas Green disse a Searle que seu “ato de infidelidade de uma forma ou de outra levou àquilo”.
Sufocamento teria durado minutos para levar à morte
A descoberta do caso de Searle “teria abalado consideravelmente seu casamento”, argumentou o promotor Andrew Jackson.
O político provavelmente imobilizou e sufocou Anne, disse Jackson, uma técnica que teria aprendido em sua época na Marinha.
A perícia apontou que Anne morreu por causa de uma compressão em seu pescoço.
O médico forense Benjamin Swift afirmou que ela teria ficado inconsciente após 8 a 15 segundos e que, para levá-la à morte, teria sido necessário manter a pressão por alguns minutos.
Em um comunicado, um dos filhos de Searle, também chamado Stephen, disse: “Não só perdi minha mãe, mas, por causa do que ele fez, também perdi meu pai”.
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