Dois ônibus são queimados em 4º dia de ataque em Minas Gerais

Desde domingo, 60 ônibus foram queimados ou depredados 

em 29 municípios, incluindo BH; governador Fernando 

Pimentel admitiu que ataques são retaliação a ação em presídios 

e estão ligados a facção criminosa


Leonardo Augusto e Paulo Roberto Netto, especial para O Estado
06 Junho 2018 | 09h14
Atualizado 06 Junho 2018 | 14h30
BELO HORIZONTE - Mais dois ônibus foram queimados na madrugada desta quarta-feira, 6, em Minas Gerais no quarto dia consecutivo de ataques no estado. Segundo a Polícia Militar, os incêndios de hoje ocorreram em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana. Um dos veículos era de linha, o outro, de turismo. Ninguém ficou ferido.
Até o início da tarde desta quarta-feira, 60 ônibus foram queimados ou depredados em 29 municípios de Minas, incluindo Belo Horizonte. O balanço anterior, divulgado na terça-feira durante coletiva de imprensa com o governador Fernando Pimentel, registrava 51 ocorrências no Estado. Até o momento, 39 pessoas foram presas e 20 menores foram apreendidos. Além disso, a Polícia Militar também apreendeu duas armas de fogo, materiais para queima e celulares.
As ocorrências em Neves nesta madrugada são semelhantes às verificadas nos dias anteriores. Os criminosos param os ônibus, geralmente de madrugada, os motoristas são rendidos e retirados e os veículos são incendiados. 
Em 24 horas, Minas tem mais de 20 ataques a ônibus
Ônibus incendiado no domingo, 3, em Alfenas (MG) Foto: Corpo de Bombeiros de MG
Os incêndios da madrugada desta quarta acontecem um dia após o governador do estado, Fernando Pimentel (PT), afirmar que os ataques a coletivos e prédios públicos em Minas estão ocorrendo em retaliação a um suposto rigor do funcionamento do sistema prisional e à existência de bloqueadores de celular em penitenciárias.
Ele também admitiu que os ataques foram ordenados por uma facção criminosa, mas não especificou qual. Na segunda-feira, 4, o Estado mostrou que investigadores da polícia tinham a informação de que os ataques foram feitos a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC)

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