A passagem breve de uma "Flor" (Poema/Homenagem)
Tão cedo, tão precocemente, entre um alvorecer
e um pôr do sol... a Flor que havia acabado de desabrochar
deixou de espalhar seu perfume.
Embora, antes de partir, semeou boas sementes.
Visitou canteiros, percorreu alamedas,
espalhou o bem entre aqueles, com os quais
pode encontrar-se e conviveu.
A Flor era sonhadora, destemida, guerreira.
Jamais voltou atrás, quando a situação
exigia-lhe envolvimento, atitude, trabalho.
Hoje os jardineiros choram sua perda.
Os canteiros silenciaram, os botões das roseiras
não abriram... Os passarinhos emudeceram de tanta dor,
de tristeza, e em respeito a sua ausência definitiva.
De agora em diante os jardins celestiais
contam com mais uma Flor-Menina a cantarolar
em meio à legião de Anjos e Arcanjos, no alvorecer
de cada manhã que antecede ao Dia do encontro definitivo
com aqueles que aqui ficaram.
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo
teria dito. Vou preparar-vos lugar."
Descanse em Paz, querida Silvana!!
Aparecida Ramos
Lindo poema. Fiquei emocionada! <3
ResponderExcluirObrigada!
ExcluirAbraços.