O impeachment de DILMA - A história de um processo que dividiu o Brasil


Não parecia que Dilma Rousseff estava nas horas finais como presidente em exercício. Mandou limpar as gavetas, desfez-se dos papeis inúteis e guardou em uma caixa as fotos da filha, Paula, e dos netos Gabriel e Guilherme. Entre uma providência e outra, até fez brincadeiras. Não havia sentimentalismos no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Vez ou outra, Dilma se divertia com os tropeções de Michel Temer na montagem do ministério. “Não era fácil?”, tripudiava um dos mais próximos auxiliares da petista.
Os assessores próximos há muito já haviam digerido o inevitável.
No meio da tarde de quarta-feira (11), quando já estava em curso a sessão que determinaria seu afastamento, a reportagem indagou a um auxiliar como estava a presidente. “Normal”, disse. Normal? “Sim, como se não houvesse amanhã”, disse o funcionário sem perceber o sentido da frase. Não haveria o amanhã, ao menos não como ele esperava.
A presidente estava, de fato, “normal”. Não recebeu visitas ilustres, apenas os auxiliares de sempre. Fez alguns despachos finais. E mais nada. Seguia falando em resistir, lutar, ficar. Mas nem os mais próximos viam chance, salvo um “milagre”, diziam.
Se o “milagre” não ocorrer, Dilma terá de ir para casa, em Porto Alegre. E levará na mala uma ironia: voltará para o apartamento de dois quartos, localizado no bairro de nome Tristeza.
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http://www1.folha.uol.com.br/especial/2015/brasil-em-crise/o-impeachment-de-dilma/#introducao

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