Volta a crescer o número de crianças trabalhando - reeditado


Crianças trabalhando em plantação na reserva ecológica do Juma, em São Félix


























Crianças trabalhando em plantação na reserva 
ecológica do Juma, em São Félix
    Foto: Reuter


Trabalho infantil cresce 4,5% em um ano no Brasil, diz IBGE

Crescimento é equivalente a mais de 143,5 mil crianças, totalizando 3,3 milhões de pessoas de 5 a 17 anos nessa situação

RIO DE JANEIRO - O trabalho infantil cresceu no país em 2014, ano em que a taxa de desemprego registrou a maior alta em cinco anos, refletindo as primeiras indicações de uma deterioração do mercado de trabalho que se confirmou neste ano, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE.
Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, houve um aumento de 4,5 por cento no número de crianças e adolescentes trabalhando entre 2013 e 2014, o equivalente a mais de 143,5 mil, totalizando 3,331 milhões de pessoas de 5 a 17 anos nessa situação.
De acordo com a PNAD, na faixa entre 5 e 13 anos, o trabalho infantil cresceu 9,3 por cento; no recorte entre 5 e 9 anos o total de crianças trabalhando avançou 15,5 por cento, e na faixa de 10 a 13 anos o aumento foi de 8,5 por cento.
O nível de ocupação das pessoas entre 5 e 17 anos cresceu em todas as regiões do Brasil entre 2013 e 2014, sendo que os maiores aumentos se deram nas regiões mais pobres, Norte e Nordeste. No Norte, o nível de ocupação subiu de 8,2 para 9,2 por cento, e no Nordeste de 8,1 para 8,7 por cento.
Na região Sul, onde a agricultura familiar está bastante presente, o nível de ocupação de crianças e jovens chegou a 10,2 por cento, a mais alta entre todas as regiões.
"Os menores e mais novos (de 5 a 13 anos) são, em sua maioria, ocupados em posições não remuneradas. Muitas vezes trabalham na produção para autoconsumo", disse a jornalistas a pesquisadora do IBGE Maria Lúcia Vieira.
O mercado de trabalho do Brasil apresentou em 2014 os primeiros sinais de deterioração, que se intensificaram em 2015. A taxa de desemprego no país ficou em 6,9 por cento, a mais alta desde 2009, quando a variação foi de 8,3 por cento, segundo o IBGE.
A PNAD Contínua, pesquisa sobre mercado de trabalho com abrangência nacional, fechou o trimestre encerrado em agosto de 2015 com taxa de desemprego em 8,7 por cento, a mais elevada da série iniciada em 2012.
Reuters






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