O papa Francisco anunciou que durante a
celebração do Jubileu da Misericórdia – que será realizado de 8 de dezembro a
20 de novembro de 2016 – todos os padres terão o poder de "absolver"
as mulheres que cometeram “o pecado do aborto”, porque “o perdão de Deus não poder
ser negado a todo aquele que se arrepender” e “muitas delas têm uma cicatriz no
coração por essa escolha sofrida e dolorosa”.
Em
uma carta de Bergoglio ao monsenhor Rino Fisichella, presidente do Conselho
Pontifício para a Nova Evangelização, Jorge Mario Bergoglio explica que “alguns
vivem o drama do aborto com uma consciência superficial, quase sem se darem
conta do gravíssimo mal de um ato dessa natureza”, mas que muitos outros, por
outro lado, o vivem “como uma derrota” porque “acreditam não ter outro caminho por
onde ir”.
O
Papa fez também disse que o Jubileu dever ser “uma grande anistia” para os
presos que buscam se reinserir na sociedade.
O
Papa acrescenta: “Penso, especialmente, em todas as mulheres que abortaram.
Conheço bem os condicionamentos que as levaram a essa decisão. Sei que é um
drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres com uma cicatriz no
coração por essa escolha sofrida e dolorosa”. Diante dessa situação, Francisco
alerta que “o perdão de Deus não pode ser negado a quem se arrependeu” e anuncia
que concedeu a todos os padres “o poder de absolver o pecado do aborto a quem o
praticou e pede perdão arrependido de coração”.
O
Papa fez também especial menção em sua carta aos doentes e aos idosos
solitários e disse também que o Jubileu dever ser “uma grande anistia” para os
presos que, “mesmo merecendo uma condenação, tomaram consciência da injustiça
cometida e desejam sinceramente se integrar de novo à sociedade dando sua
contribuição honesta”. Para os presos que decidiram pela reinserção, Bergoglio
enviou uma mensagem: “Que a todos eles chegue realmente a misericórdia do Pai
que quer estar próximo de quem mais precisa de seu perdão. Podem ganhar a
indulgência nas capelas das prisões, e cada vez que atravessarem a porta de sua
cela, dirigindo seu pensamento e a oração ao Pai, que esse gesto possa ser para
eles a passagem da Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de
converter os corações, é também capaz de transformar as grades em experiência
de liberdade”.
A
carta de Bergoglio termina com um sinal de aproximação aos fiéis que fazem
parte da tradicional Fraternidade São Pio X, fundada em 1970 por Marcel
Lefebvre e que não concorda com o rumo tomado pela Igreja a partir do Concílio
Vaticano II: “Confio que em um futuro próximo possam ser encontradas soluções
para recuperar a plena comunhão com os sacerdotes e os superiores da
Fraternidade”.
MSN
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