Vem me ver! Texto escrito e publicado hoje de manhã, em minha fanpage Facebook



Quando a Lua despontou

Foto de Ísis Dumont - Prosa e Poesia.

De repente, nem havíamos combinado.
A princípio era só uma conversa informal,
Poderia ter sido breve, o assunto era simples.

A lua ainda não despontara,
A noite estava calma.
Nossos assuntos variavam.
Conversa vai, conversa vem,
E daqui ‘a pouco’ me vi quase no meio
De uma entrevista não ‘programada’.

Às vezes é assim que acontece.
Voltei algumas vezes no túnel do tempo.
Percorri alguns trechos dos caminhos
por onde andei.
Voltei nos eventos que me fizeram e
me levaram para onde estou.
Caminhei a passos largos para tocar com
as mãos alguns dos
meus sonhos mais importantes.

Percebi sua ‘curiosidade’, cada vez
mais aguçada,
De saber sobre ‘mim’, sobre como
foi o início
Dessa minha vida metida a rabiscar letras,
Desenhar palavras e construir frases
ou versos,
Como queiram denominar...

Penso que agora me conhece um
pouco mais.
Disse-me que por aqui sou "raridade".
E faço disso uma oportunidade
Para falar de amor e dor!
Das dores que já vivi, das 'dores' dos outros ou das
minhas, porque, como a alegria e tantos outros 
sentimentos, 'elas' são inerentes ao ser humano.

São as dores da humanidade que
mais pesam sobre os ombros do meu coração!
Mas falo muito e muito de amor!
De amores idealizados, de amores
dos outros...
Do meu amor próprio, do amor que fantasio e do amor que vivo mergulhada.

É necessário ter amor próprio, gostar
de si mesmo.
Saber que somos importantes como pessoas, como ser humano.
Somos raridade, sim, preciosos aos olhos
do Pai.
Que temos um papel relevante a desempenhar em nossa breve trajetória existencial e que isso não pode ser delegado para mais ninguém!
Ou eu faço meu papel, ou a página vai permanecer em branco, porque outra pessoa não sabe e por isso não vai ousar a colocar nem o polegar!

Uma pausa para respirar e sair para ver
a noite lá fora...
O céu estava perfeito, lindo, bordado
de estrelas,
e a lua?...
Essa já despontara fazia tempo.
Meu acompanhante (lá fora) já dormira um sono, segurando as rédeas
de seus cavalos.
'É' hora de sair correndo e voltar para
meu aconchego.
Lá onde as palavras continuarão povoando
meus pensamentos.
E os cavalos serão abastecidos para o próximo alvorecer, onde mais uma mesa numa sala grande ou pequena estarão
a minha espera,
e lá deixarei em uma taça uma porção
desse vinho que me embriaga e me faz ser ébrio com toda minha lucidez!

Mas se não houver sala nem mesa, sentaremos no chão, na calçada, junto ao meio fio, no asfalto, na relva, na areia da praia, na estação do metrô, no aeroporto, no cais, na praça, às margens do caminho, no barraco.
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Obrigada pela oportunidade de falar
de amor e dor; de falar da vida, falar da lua, de cavalos e de meu acompanhante que ninguém conhece!
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isisdumontprosaeverso.net

Comentários

  1. Amiga Aparecida, eis um poema robusto e consistente.
    Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa tarde.

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