Sobre as chuvas





CHOVE AINDA

O inverno tem sido presença há mais de uma semana.
Chuvas contínuas ou com breves paradas regam o solo
que, em virtude de mudanças climáticas, há anos deixou de receber as águas como antigamente.

Quando eu era criança, era comum vê rios, açudes, lagoas e córregos transbordando. Lembro (com saudades) do pátio do açude de meu avô, onde durante o inverno ele cultivava arroz. E nós, eu, meus irmãos e primos éramos incumbidos de vigiar a plantação quando as sementes surgiam, para evitar que os pássaros comessem. Sabe, nós nos divertíamos com essa atividade que não víamos como um 'trabalho'. Era legal, na nossa ingenuidade, assustar os invasores e vê-los debandando em revoada. Mas logo após alguns minutos lá estavam de volta. E, mais uma vez os expulsávamos.

Tantas vezes, sentindo sede ou não, bebíamos ali mesmo a água na concha de nossas mãos. Nossas casas até ficavam próximas, mas para quem era tão criança, melhor era se fartar lá mesmo, comendo, degustando frutas maduras no sítio que ficava em volta do açude e bebendo daquela água acumulada em torno do mesmo. E curioso é que ninguém adoecia por conta desses "excessos" da infância...Também não se usava adubos no solo, agrotóxicos nem inseticidas nas plantações. Tudo era mais saudável, bem diferente da realidade atual.
De alguns anos para cá, temos presenciado períodos de estiagem (seca) e inverno atípicos, não só em nosso Estado, mas em outras regiões...
A vida humana e de todas as espécies 'está' ameaçada!
E o homem (ser humano) não se cansa de agredir a natureza, sem 'perceber' que está contribuindo para sua própria extinção.
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Acesse o link abaixo e leia a crônica "Na concha das mãos" que tem tudo a ver com este texto.


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