Mais de 30 jovens morreram este ano em rituais de iniciação na África do Sul

(2013) Meninos da tribo Xhosa que enfrentaram a circuncisão caminham perto do vilarejo de Qunu


Trinta e dois jovens morreram e mais de 150 foram hospitalizados este ano durante cerimônias tradicionais de iniciação praticadas por alguns grupos étnicos sul-africanos, indicou o governo nesta terça-feira, quando a temporada de iniciações se aproxima do fim.
A maioria das mortes e infecções resultaram de circuncisões realizadas sem qualquer higiene, indicou Sifiso Ngcobo, porta-voz do Departamento de Assuntos Tradicionais.
Este ano, pelo menos um caso de amputação do pênis foi relatado.
"Outros morreram de violência, desidratação ou falta de higiene", disse ele.
O maior número de mortes (27) e feridos foi registrado como a cada ano em Cabo Oriental, província natal de Nelson Mandela, onde os ritos de passagem são uma parte essencial da cultura Xhosa, maioria na região.
A circuncisão ocorre depois de um retiro na floresta durante entre duas a quatro semanas, onde os jovens são submetidos a provas tradicionais e secretas, testes de força e resistência destinados a torná-los homens.
Em 2014, uma comissão do governo havia contabilizado 400 mortes entre 2008 e 2013.
"É lamentável e infeliz", afirmou no início Zolani Mkiva, porta-voz do rei dos xhosas, Zwelonke Sigcawu. "Este é um dos rituais mais importantes de nossa sociedade. Mas tão importante quanto é não perder vidas neste rito. A vida é mais importante do que o ritual", disse ele.
O governo, preocupado nos últimos anos, já fechou 150 escolas de iniciação não-aprovadas, incluindo no município de Soweto, em Johanesburgo.
As famílias são incentivadas a tomar medidas legais contra os charlatães envolvidos em iniciações em troca de dinheiro.
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