Boletim semanal do deputado federal Jean Wyllys



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O DEPUTADO DACIOLO JÁ ESTÁ FORA DO PSOL
No dia de hoje, a Executiva Nacional do PSOL aprovou a suspensão dos direitos partidários do deputado Daciolo e encaminhou sua expulsão para a Comissão de Ética, que deverá ser votada pelo Diretório na reunião programada para os dias 16 e 17 de maio, depois de ele exercer o direito de defesa. Isso significa que a partir de hoje, a filiação de Daciolo ao PSOL está suspensa. Ele não integrará mais a bancada federal, não participará das reuniões, deverá deixar as comissões da Câmara onde representava o partido e é proibido de falar ou apresentar projetos em nome do PSOL.
Durante os últimos meses, eu evitei, sempre que possível, falar em público (inclusive aqui no Facebook) sobre a situação do Daciolo, por respeito às instâncias partidárias, que têm seus tempos. Contudo, eu me pronunciei sim internamente e dei todo o meu apoio à direção estadual do Psol-RJ, presidida por Rogério Alimandro, que teve uma atuação exemplar que hoje é coroada com a correta decisão da direção nacional.
Em nome do PSOL, peço desculpas aos eleitores que tiverem se sentido defraudados pela atuação deste parlamentar, em todos os sentidos contraditória e incompatível com as ideias que nosso partido sempre defendeu. Para mim, que tive que conviver com essa situação aqui no Congresso, foi ainda mais constrangedor.
Por último, só quero dividir com vocês três reflexões que me parecem importantes. A primeira é que o Psol provou ser diferente. Não estamos isentos de cometer erros, mas lidamos com eles de uma forma distinta, priorizando os princípios e não a conveniência partidária. A segunda: que se conseguimos ser distintos é, principalmente, graças à militância. Foram as bases do partido que se mobilizaram para defender junto conosco o PSOL que nos representa. A terceira, por último, é que espero que esta experiência sirva para evitar o mesmo erro no futuro. Todo partido quer crescer, e isso está certo, mas não deve ser a qualquer custo.

Para que não continuemos passando por cima dos cadáveres de muitas mulheres

O aborto é, hoje, um assunto proibido em quase todos os espaços, e não importa o motivo para a interrupção da gravidez: o assunto é tratado como tabu, evitado a todo custo em quase todas as campanhas eleitorais e a prática é criminalizada segundo o Código Penal, que estabelece como exceções à regra apenas duas possibilidades: o risco à vida da gestante e a gravidez decorrente de estupro. Diante da necessidade de regulamentar esta questão e definir, em lei, a responsabilidade dos entes federativos no atendimento à mulher, no planejamento familiar, na distribuição de métodos contraceptivos e na educação para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez indesejada, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) apresentou, nesta terça-feira, 24, o Projeto de Lei 882/2015, que estabelece as políticas públicas no âmbito da saúde sexual e direitos reprodutivos e legaliza e regulamenta a prática do aborto seguro, reconhecendo à mulher o direito a decidir sobre seu corpo. Saiba mais.

AMIG@S DO RJ - PRECISO MUITO DA AJUDA DE VOCÊS!!

No ano passado, a participação de vocês, que acompanham meu mandato pelas redes sociais, foi fundamental para a nossa vitória nas eleições. Eu não teria tido os quase 145 mil votos que tive sem a ajuda de cada um e cada uma de vocês, que viralizaram minha campanha nas redes e me permitiram levar minhas propostas a muitas mais pessoas. Nós tivemos pouco tempo de TV e pouquíssimo dinheiro, porque foi uma campanha pobre e honesta, mas milhares de cidadãos e cidadãs multiplicaram nossas mensagens pelas redes e fizeram a diferença. Eu agradeço muito e espero estar cumprindo com o que vocês esperavam de mim! E agora, novamente, eu preciso da ajuda de vocês, por isso peço por favor que leiam essa mensagem até o final.

O mundo está ao contrário e ninguém reparou...?

No Brasil, a maioria das famílias não se encaixa no comercial da margarina: são famílias uniparentais, homoafetivas, adotivas, formadas por afinidade... nada disto é uma invenção moderna, ou uma criação das militâncias: elas foram se transformando ao longo do tempo, por liberdade, vontade e até pela imposição da fatalidade, quando um ou mais dos seus membros morrem e aquela família se reorganiza com base naquilo que realmente fundamenta uma família - aquela palavra de quatro letras que desapareceu do vocabulário dos defensores do Estatuto da Família -, o amor. O ódio daqueles que defendem cargos parentais no lugar do amor encontrou um novo alvo. Leia mais.

Dicas de leitura

Muita gente tem me perguntado quais livros estou lendo no momento e se dito saudosa de postagens sobre livros interessantes aqui... Bom, vocês sabem que eu produzo intelectualmente em diferentes registros (escrevo crônicas, artigos, ensaios, opiniões, textos breves para as redes sociais e estou escrevendo, aos poucos, meu primeiro romance) ao mesmo tempo em que dou aula; atuo politicamente em diferentes ambientes por meio de palestras e conferências e faço o trabalho legislativo propriamente dito - e tudo isso se mistura num grande ativismo que me permite apenas quatro horas diárias de sono. Sendo assim, leio muita coisa simultaneamente, como explico aqui

SOU CONTRA A REDUÇÃO OU O FIM DA MAIORIDADE PENAL!

Na foto abaixo [tirada em manifestação convocada pela Polícia Militar do DF em favor da redução ou fim da maioridade penal, com apoio dos políticos mais abjetos das câmaras federal e distrital], nessa foto, o registro das contradições de uma nação onde tudo parece que é ainda construção, mas já é ruína - o registro da infância dos mortos por uma maioria egoísta, desumana e aversa à reflexão honesta. Leia mais.

Direitos sexuais. O que são?

Direitos sexuais dizem respeito ao direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, coerção ou violência. Houve um tempo em que os direitos sexuais e reprodutivos se confundiam, ainda durante as civilizações gregas e romanas. Naquele tempo, casar ter filhos era um dever cívico e também um dever relativo à manutenção da família. Com o desenvolvimento das sociedades e o empoderamento das mulheres, o direito sexual se distinguiu do direito reprodutivo. Ainda assim, graças ao conservadorismo das sociedades, os direitos sexuais praticamente não são reconhecidos. Em 1994, pouco mais de 20 anos atrás, o mundo discutia sobre a proibição das mutilações sexuais em uma convenção no Cairo. Leia mais.

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