Entrando no ritmo do rito
"... As regras da vida estão esparramadas pelos quatro cantos do mundo. Colchas e sinfonias podem servir como manual de instrução para uma vida melhor. O que precisamos é observar um pouco melhor o mundo que nos cerca. Há ritual em tudo que é vivo. Só precisamos descobrir o movimento do rito e nele entrar. É como se houvesse uma música sendo entoada. Precisamos ouvir bem o que ela nos sugere.
Tenho visto muitas pessoas infelizes pela vida. As causas costumam ser as mesmas. Estão dançando fora do ritmo. Não escutaram bem a melodia que o tempo presente está lhes proporcionando.
Ignorar a ritualidade da vida é o mesmo que quebrar o seu encanto.Fazemos isso o tempo todo. Nossas pressas contemporâneas não nos permitem demoras. Estamos sempre atrasados, mas o rito nos pede calma. Nasce o impasse. De alguma forma, temos de ceder. Ou entramos no ritmo do rito, ou o ignoramos.
E, dessa forma, plantamos o futuro.
Vez em quando eu me deparo com colheitas infelizes. Pessoas que descobriram que a pressa não valeu a pena. Correram atrás do mundo que estava distante, mas esqueceram de viver o mundo que estava a seus pés".
(...)
De: Pe. Fábio de Melo
(do livro: "Cartas entre amigos/sobre ganhar e perder")
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