Governo disponibiliza local para atendimento a mulheres em risco.
Número de mortes cresceu 287% no Estado.
O número de mulheres assassinadas na Paraíba cresceu 287,5% nos dois primeiros meses deste ano, de acordo com os dados do Centro da Mulher 8 de Março. Nos primeiros dois meses de 2011, a ONG registrou 8 homicídios de mulheres. Já no mesmo período deste ano, foram registrados 23 casos.
A coordenadora geral do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro, aponta um fator para o crescimento dos casos de violência na Paraíba. “A gente acredita que a violência como um todo tem aumentado e a impunidade é a razão principal para o crescimento dos homicídios”, disse.
Um dos casos mais recentes aconteceu em Queimadas quando cinco mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário e duas delas assassinadas. Os acusados do crime são dois irmãos que promoviam a festa e ainda alguns convidados. A recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Pajussara Monteiro, de 27 anos, teriam sido mortas porque identificaram os criminosos.
Sete homens acusados dos crimes estão detidos no presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa, e três adolescentes estão internados provisoriamente em um abrigo em Lagoa Seca.
Paralelo ao aumento da violência está o aumento das denúncias. “Nós avaliamos que as mulheres criaram coragem de denunciar, mas não podemos esquecer que um dos maiores desafios tem sido o enfrentamento da violência doméstica e familiar”, de acordo com Irene Marinheiro. Em 90% das ocorrências, os autores da agressão são ex-companheiros ou até os atuais companheiros das vítimas. “Houve um caso na semana passada que a mulher já estava separada há vários anos, mas o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. Ele viu a ex-mulher em um bar com um namorado e a matou”, disse Irene.
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A orientação é que em caso de violência, a primeira providência que a mulher deve tomar é denunciar. Em João Pessoa, as mulheres podem procurar a Delegacia da Mulher, localizada no bairro da Torre ou ligar para (83) 3218-5318.
De acordo com a coordenadora da ONG, é fundamental a mulher não se deixar envolver pelos pedidos de perdão do agressor. “O companheiro pede perdão para que ela não faça a denúncia. A gente pede para que todas as mulheres que sofram violência denuncie para que escape com vida”, explicou.
De acordo com a coordenadora da ONG, é fundamental a mulher não se deixar envolver pelos pedidos de perdão do agressor. “O companheiro pede perdão para que ela não faça a denúncia. A gente pede para que todas as mulheres que sofram violência denuncie para que escape com vida”, explicou.
Comparativo da violência
Ocorrências | 2012 | 2011 |
---|---|---|
Homicídios | 25 | 44 |
Tentativas de homicídio | 17 | 63 |
Estupro de mulheres | 11 | 23 |
Estupro de adolescentes | 3 | 45 |
Estupro de criança | 2 | 36 |
Tentativa de estupro de mulheres | 3 | 18 |
Tentativa de estupro de adolescentes | 1 | 10 |
Tentativa de estupro de criança | 7 | 15 |
Agressão | 18 | 74 |
E a violência física é apenas um dos tipos de agressão. “Começa com a violência psicológica, que causa marcas emocionais profundas. Em seguida parte para agressão física e para a morte é um passo”, disse Irene.
De 1° de janeiro até 6 de março deste ano, a ONG registrou 25 mortes de mulheres. Pelos dados, em 11 homicídios as vítimas tinha alguma ligação com o tráfico de drogas. Na quarta-feira (8) uma mulher foi morta a pedradas no distrito de Várzea Nova, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. De acordo a polícia o crime pode ter ligações com o tráfico de drogas, pois a vítima seria usuária.
Gilberta Santos Soares, secretária Executiva da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, explicou que não tem cereza que esses números comprovam que a violência cresceu contra a mulher. Segundo Gilberta, o que realmente se sabe é que a divulgação e o número de órgãos envolvidos elevou-se bruscamente.
Uma das medidas realizadas pela secretaria para dar apoio as mulheres que sofrem risco de morte no estado foi a instalação da Casa Abrigo Estadual Mariane Thaís. Lá as mulheres recebem atendimento psicológico, social e jurídico.
Do G1
Quando criança, naquele tempo do romantismo dos anos setenta, aprendi que mulher não se bate nem com uma flor, imagine tirar a vida delas, nem pensar. O meu único problemas é que eu queria ter todas ao meu lado. Aí, as vezes dava confusão e queimava meu filme, mas foi muito legal. Beijos querida.
ResponderExcluirOlá querida amiga, Aparecida Ramos! Acredite, tenho muito orgulho de participar, sempre quando posso, do teu blog. Você faz um trabalho maravilhoso pela sua cidade. Faz um trabalho sério, competente, sem medo, talvez sem apoio, enfim; um trabalho voltado para alertar não só a população, como também aquela "autoridade que não tem conhecimento da causa". Se eu fosse um cidadão Paraibano com certeza não só votaria em você sempre, como também "arrastaria" muitos votos para ti; pois tenho certeza, que tudo que escreves vem do fundo da sua alma e pelo bem da população. Parabéns amiga. bjos.
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