LITURGIA DIÁRIA - TU ÉS O FILHO DE DEUS!
Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos, 25Jesus é
capaz de salvar para sempre aqueles que, por seu intermédio, se aproximam de
Deus. Ele está sempre vivo para interceder por eles.
26Tal é precisamente o sumo sacerdote que nos convinha:
santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos
céus. 27Ele não precisa, como os
sumos sacerdotes, oferecer sacrifícios em cada dia, primeiro por seus próprios
pecados e depois pelos do povo. Ele já o fez uma vez por todas, oferecendo-se a
si mesmo.
28A Lei, com efeito, constituiu sumos sacerdotes sujeitos à
fraqueza, enquanto a palavra do juramento, que veio depois da Lei, constituiu
alguém que é Filho, perfeito para sempre. 8,1O tema mais importante da nossa exposição é este: temos um
sumo sacerdote tão grande, que se assentou à direita do trono da majestade, nos
céus. 2Ele é ministro do
Santuário e da Tenda verdadeira, armada pelo Senhor, e não por mão humana.
3Todo sumo sacerdote, com efeito, é constituído para
oferecer dádivas e sacrifícios; portanto, é necessário que tenha algo a
oferecer. 4Na verdade, se Cristo
estivesse na terra, não seria nem mesmo sacerdote, pois já existem os que
oferecem dádivas de acordo com a Lei. 5Estes celebram um culto que é cópia e sombra das realidades
celestes, como foi dito a Moisés, quando estava para executar a construção da
Tenda. “Vê, faze tudo segundo o modelo que te foi mostrado sobre a
montanha”. 6Agora, porém, Cristo
possui um ministério superior. Pois ele é o mediador de uma aliança bem melhor,
baseada em promessas melhores.
Responsório (Sl
39)
— Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
— Eis que venho
fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor,
meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados,
e então eu vos disse: “Eis que venho!”
— Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa
vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
— Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande
assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
— Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca,
Senhor! Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.
Evangelho (Mc
3,7-12)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio
de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós,
Senhor.
Naquele tempo, 7Jesus se
retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia
o seguia. 8E também muita gente da
Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de
Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele
fazia. 9Então Jesus pediu aos
discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que
não o comprimisse.
10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os
que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando:
“Tu és o Filho de Deus!” 12Mas
Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
Este Evangelho narra que grandes multidões,
vinda de toda a Palestina, se reuniam em torno de Jesus. Isto é um prelúdio da
fundação de Igreja, o novo Povo de Deus, que Jesus iniciará logo a seguir, com
a instituição dos doze Apóstolos. A presença de pagãos, gente de Tiro e
Sidônia, indica a universalidade da Igreja.
O assédio da multidão, comprimindo Jesus,
indica que o que o povo queria não era tanto ouvir a Boa Nova para se
converter, mas receber milagres. Este não é o ambiente propício para se revelar
que Jesus é o Messias, pois haveria o perigo de um mal-entendido, identificando
o Messias com um simples curandeiro, tão distante do Messias sofredor. O
próprio significado dos milagres corria o perigo de ser distorcido, pois estes
eram feitos em função do Reino de Deus, não simplesmente cura por cura.
Por isso Cristo não se entusiasma com o
fervor popular, e até “pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca,
por causa da multidão, para que não o comprimisse..., pois as pessoas
jogavam-se sobre ele para tocá-lo”, atitudes que cheiram fanatismo e delírio.
Marcos cita frequentemente a presença de
demônios, porque eles são os únicos que descobrem que Jesus é o Messias, pois
percebem que Jesus não se dobra às suas armadilhas e está acima deles, podendo
assim destruir a influência deles sobre o povo.
O Reino de Deus é mais eficácia que
triunfalismo. O nosso desafio, nas Comunidades cristãs, é passar de uma
multidão gregária para um Povo de Deus consciente, que confia, não tanto em
seus líderes, mas na força da própria união e organização, com Cristo no meio.
Certa vez, um pai de família bem idoso, que
estava às portas da morte, chamou seus filhos e disse-lhes: “Vão e tragam-me
cada um, uma vara”.
Quando os filhos trouxeram as varas, o pai as
ajuntou-as num só feixe, e disse aos filhos: “Quero ver qual de você quebra
este molho, sem desatar as varas”.
O mais velho tentou fazê-lo, mas não
conseguiu. O mais novo, de pulso forte, colocou o feixe no joelho, mas nem
assim conseguiu. Assim, todos tentaram, mas não conseguiram quebrar o feixe de
varas.
Então o pai desatou o molho e, tomando as
varas uma por uma, quebrou todas, apesar da sua fraqueza.
Depois explicou a lição aos filhos: “Se vocês
forem unidos como essas varas, ninguém os vencerá. Se viverem separados, serão
facilmente vencidos”.
A Comunidade é povo unido; a multidão são
pessoas separadas, apesar de estarem uma ao lado da outra. Que formemos
Comunidades unidas, conscientes, organizadas e de muita fé.
Que Maria Santíssima, a Mãe da família de
Nazaré e da Igreja, nos faça cada vez mais membros conscientes de nossa
Comunidade.
Os espíritos maus gritavam: “Tu és o Filho de
Deus!” Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
Pe Queiroz
http://semeandorccpdf.blogspot.com.br/2015/01/liturgia-diaria-tu-es-o-filho-de-deus
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