MAIS TORTURAS NAS MASMORRAS PARAIBANAS

"Realidade dolorosa e vergonhosa"!!!

Ontem escutei dois adolescentes, pais e parentes na Promotoria da Infância e da Juventude de Bayeux. Aos dois adolescentes são atribuídos o ato infracional de ter concorrido de qualquer modo para a morte do Policial Sérgio Azevedo. Os dois relatam que foram espancados por um delegado dentro da Central de Polícia com mãozadas na cara e socos na barriga. dizem que dentro do próprio Juizado da Infância e da Juventude de João Pessoa, um policial civil obrigou a ambos lamber a sola do seu sapato e quando chegaram ao CENTRO EDUCACIONAL DO ADOLESCENTE - CEA, foram brutalmente espancados por monitores daquele centro, inclusive, dando nomes a alguns, que não revelo agora para não prejudicá-los.

Contam que ultimamente, na terça feira, mais de de 15 monitores mais uma vez lhes espancaram, um deles ainda ostentavam marcas de espancamento e estão sendo jurados de morte: Um dos monitores (terceirizados) indagou se os pais já haviam comprado os caixões) e a todos são apontados como os matadores de Sérgio Azevedo.

As providências: 1. Foi requisitado inquérito ao Secretário de Segurança Pública; 2. Foi requisitada apuração à Presidente da FUNDAC; 3. Foi requisitado ao Diretor do CEA a submissão imediata dos menores a exames de corpo de delito; Foi requisitada proteção aos menores, uma vez que o Estado não pode ser criminoso para matar e torturar ninguém, se errou, tem que pagar pelo erro, mas em conformidade com a nossa legislação, nunca de acordo com o pensamento equivocado de agentes do Estado, que necessitam urgentemente de uma qualificação.

Mas temos dito: Investigar torturas de acusados de crimes ou de atos infracionais com preconceito, investigar algo grave tendo investigadores ligados ao governo, cuja imparcialidade é discutível, tá levando o Estado da Paraíba a uma situação insustentável fora de suas fronteiras, pois, com essas atitudes, nos aprece que o Estado Governo, não possui interesse na comprovação das verdades trazidas á sua tela de apreciação. Agora até intimidações de militantes de direitos humanos inventaram.

Promotor de Justiça Dr. Marinho Mendes Machado

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Aparecida Ramos