segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O voto como moeda de troca. Um ato de corrupção ou um problema social?



Sem dúvida é um ato de corrupção e um problema social

Neste artigo vou tocar numa questão muito delicada.

O voto como moeda de troca. Um ato de corrupção ou um problema social?

Quanto você acha que vale o seu voto?
- Uma promessa de emprego?
- Um caminhão de areia ou de tijolos?
- Uma calçada na frente da sua casa?
- Alguns sacos de cimento?
- Um sapato para sua filha?
- Uma receita de remédio?
- Uma cesta básica?
- Uma conta de luz ou de água?
- Uma dose de pinga?
- Ou simplesmente a ilusão de prestígio junto a quem está no poder?


Apesar de ser classificada como um ato criminoso e de uma ampla campanha de esclarecimento do Ministério Público e dos Tribunais Eleitorais, a venda de votos é encarada com muita naturalidade por grande parte dos eleitores e já faz parte da estratégia de campanha da maioria dos candidatos a cargos eletivos, principalmente nas eleições municipais.

O trabalho dos MP's e dos Tribunais, já é um bom começo para conscientização dos eleitores, mas apenas as propagandas no rádio e na televisão não bastam para por fim a uma das práticas mais vorazes e destrutivas a qual sucumbe a sociedade brasileira. Seria necessária uma fiscalização mais rigorosa e muito mais que uma fiscalização, seria necessária uma punição exemplar aos maus políticos que utilizam do abuso do poder aquisitivo para dominar e massacrar o povo que governa.

Mesmo antes do início da campanha eleitoral deste ano, já se tem notícia desta prática mesquinha, quando candidatos inescrupulosos aproveitam-se das dificuldades financeiras de famílias honestas, de homens trabalhadores e de mulheres guerreiras, para se apoderar do que lhes é mais sagrado para a conquista de um futuro melhor para os seus filhos - O direito de votar livremente no candidato melhor capacitado para administrar a sua cidade e não naquele lobo em pele de cordeiro, que nunca lhe apertou a mão ou ao menos lhe disse um bom dia, que agora aparece como homem bom, que lhe ajudou num momento de necessidade e que certamente resolverá todos os seus problemas se eleito for.

Engana-se também, quem pensa que somente o eleitor mais humilde vende o seu voto. Existem ainda, aqueles que se dizem da alta sociedade, líderes de famílias numerosas, comerciantes, homens do campo, servidores públicos, que além de venderem os seus votos, vendem também o seu "apoio", geralmente por um preço bem mais alto, muito dinheiro ou um "contrato particular", a ser pago com juros e correção monetária após a eleição daquele candidato. Esses, entretanto, sabem muito bem o que estão fazendo e sabem que fazem parte de um sistema político avassaladoramente destrutivo, onde a voz do cidadão será sempre silenciada pela força dos coronéis do poder. Não vale a pena me dirigir a eles.

Mas e o povo, o homem honrado, o chefe de família? O que dizer a esse eleitor?

Infelizmente não há muito o que dizer. O que falar a um pai desempregado, passando dificuldades, muitas vezes sem ter o que comer, precisando de um remédio, ou sonhando com uma moradia melhor? O que falar a uma mãe que vê o seu filho indo para escola com o sapato furado (quando tem sapato), sem o pão para o café da manhã ou feijão para o almoço, vendo a luz ou água sendo cortada por falta de pagamento? O que dizer a um filho que precisa do primeiro emprego para ajudar a sua família, que não pode comprar um caderno mas precisa estudar para ter um futuro melhor?

Só posso dizer uma coisa: Faça o que esse mau político faz de melhor. MINTA. PROMETA E NÃO CUMPRA. ACEITE O SEU DINHEIRO, MAS VOTE NO OUTRO CANDIDATO. O mau político não merece o seu voto, não merece o seu respeito, não merece a sua mínima consideração. Todo o dinheiro que é distruibuido por um candidato em época de campanha, lhes será tirado quando ele estiver no exercício do mandato. Enquanto formos governados por maus políticos jamais conseguiremos viver com dignidade.

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