"... Ser mais ou menos otimista depende de criação,ambiente familiar, disposição genética (ah, a genética da alma...), situações do momento. Claro que ter confiança quando se está contente é fácil. Mas não somos só nossa circunstância, somos também nossa essência.
O grande pessimista colhe todas as notícias ruins do jornal e manda aos amigos cada manhã; acha que o ser humano não presta mesmo, o mundo é mero palco de guerras e corrupção.
O excessivamente otimista acha que a realidade é a das telenovelas e dos sonhos adolescentes, das modas, das revistas, da praia, do clube. O sensato (não o sem graça, não o chato) sabe que o ser humano não é grande coisa, mas gosta dele; que a vida é luta, mas quer vivê-la bem; que existem - além de injustiça, traição e sofrimento - beleza e afetos e momentos de esplendor. Que se pode confiar sem ser a toda hora traído por quem se ama. (...)"
Lya Luft/ Perdas e Ganhos
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