Uma pessoa humilde é aquela que não diminui o outro para crescer- Mario ...
Fatos, comentários, poesia
"Haicai ou Haiku é conhecido como o menor poema do mundo. De origem japonesa, o haicai é composto por apenas três versos curtos, nos quais se conta uma história.
"Seu nome deriva de dois termos: “hai” - brincadeira - e “kai” - harmonia. Acredita-se que o haicai seja um desdobramento do waka - gênero poético que surgiu no Japão."
A simplicidade é um elemento fundamental de um haicai, cujas palavras difíceis e abstratas não fazem parte da sua proposta poética. Nesse estilo de texto, os temas mais explorados são referentes ao cotidiano e à natureza. A forma direta, objetiva e divertida do haicai se tornou popular em diversos países, ganhando contornos rítmicos e temáticos específicos de acordo com cada lugar."
"Para fazer um haicai é preciso entender sua estrutura e características. Como mencionamos anteriormente, os haicais são poemas objetivos, que apresentam uma linguagem simples e podem ou não ter um esquema de rimas e títulos.
Somado a isso, para fazer um haicai é preciso obedecer à regra de sua estrutura. Ele é composto por três versos formados por 17 sílabas poéticas, no qual o primeiro verso tem cinco sílabas poéticas, o segundo tem sete e o terceiro tem cinco.
Contudo, o haicai pode apresentar formas modificadas em alguns países, visto que alguns escritores não seguem o padrão tradicional de sílabas, trazendo um poema com silabação livre, geralmente com dois versos mais curtos e um mais longo".
Em outra postagem trarei mais informações a respeito deste estilo poético: Haicai/Haikai: menor poema do mundo.
Gratidão pela atenção!
Beijos com poesia.
Graça e paz... sempre!!
Aparecida Ramos
Quando Zhang Junjie tinha 17 anos, ele decidiu protestar do lado de fora da sua universidade contra as regras estabelecidas pelo governo da China. Em poucos dias, ele foi internado em um hospital psiquiátrico para tratamento de esquizofrenia.
Junjie é uma das dezenas de pessoas identificadas pela BBC que foram internadas depois de protestar ou reclamar com as autoridades.
Muitas pessoas com quem conversamos receberam medicamentos antipsicóticos e, em alguns casos, eletroconvulsoterapia (ECT), sem seu consentimento.
Há décadas, há notícias de que a hospitalização estava sendo usada na China como uma forma de deter cidadãos dissidentes sem envolver os tribunais. No entanto, a BBC descobriu que um problema que a legislação procurou resolver voltou à tona recentemente.
Junjie diz que foi contido e agredido pela equipe do hospital antes de ser forçado a tomar medicamentos.
Sua provação começou em 2022, depois que ele protestou contra as duras políticas de lockdown da China em decorrência da pandemia de covid-19. Ele diz que seus professores o identificaram depois de apenas cinco minutos, e entraram em contato com seu pai, que o levou de volta para a casa da família. Ele conta que seu pai chamou a polícia e, no dia seguinte — em seu aniversário de 18 anos —, dois homens o levaram para o que eles diziam ser um centro de testes de covid-19, mas que, na verdade, era um hospital.
"Os médicos me disseram que eu tinha um transtorno mental muito grave... Depois me amarraram em uma cama. Os enfermeiros e os médicos me disseram repetidamente que, por causa das minhas opiniões sobre o partido e o governo, eu devia estar mentalmente doente. Foi aterrorizante", disse ele ao Serviço Mundial da BBC. Ele ficou lá por 12 dias.
Junjie acredita que seu pai se sentiu forçado a entregá-lo às autoridades porque ele trabalhava para o governo local.
Pouco mais de um mês depois de receber alta, Junjie foi preso novamente. Desafiando a proibição de fogos de artifício no Ano Novo Chinês (medida adotada para combater a poluição do ar), ele fez um vídeo de si mesmo soltando fogos. Alguém fez o upload do vídeo online, e a polícia conseguiu vinculá-lo a Junjie.
Ele foi acusado de "provocar brigas e criar problemas", acusação frequentemente usada para silenciar as críticas ao governo chinês. Junjie diz que foi internado à força novamente por mais de dois meses.
Após receber alta, Junjie recebeu uma receita para medicamentos antipsicóticos. Vimos a receita — era de Aripiprazol, usado para tratar esquizofrenia e transtorno bipolar.
"Tomar o medicamento me fazia sentir como se meu cérebro estivesse uma bagunça", diz ele, acrescentando que a polícia ia à sua casa para verificar se ele havia tomado o remédio.
Temendo uma terceira internação, Junjie decidiu deixar a China. Ele disse aos pais que estava voltando para a universidade para arrumar seu quarto — mas, na verdade, ele fugiu para a Nova Zelândia.
Ele não se despediu da família nem dos amigos.
Junjie é uma das 59 pessoas que a BBC confirmou — seja conversando com elas ou com seus parentes, seja consultando documentos judiciais — que foram internadas por motivos de saúde mental depois de protestar ou desafiar as autoridades.
A questão foi reconhecida pelo governo da China — a Lei de Saúde Mental do país, de 2013, teve como objetivo impedir esse abuso, tornando ilegal o tratamento de alguém que não esteja mentalmente doente. Também declara explicitamente que a internação psiquiátrica deve ser voluntária, a menos que o paciente represente um perigo para si mesmo ou para os outros.
De fato, o número de pessoas detidas em hospitais de saúde mental contra a vontade aumentou recentemente, disse um renomado advogado chinês ao Serviço Mundial da BBC. Huang Xuetao, que participou da elaboração da lei, culpa o enfraquecimento da sociedade civil e a falta de freios e contrapesos.
"Já me deparei com muitos casos como este. A polícia quer poder, mas evita a responsabilidade", diz ele.
"Qualquer pessoa que conheça as deficiências deste sistema pode abusar dele."
Um ativista chamado Jie Lijian nos contou que recebeu tratamento para um transtorno mental sem seu consentimento em 2018.
Lijian diz que foi detido por participar de um protesto exigindo melhores salários em uma fábrica. Ele afirma que a polícia o interrogou por três dias antes de levá-lo a um hospital psiquiátrico.
Assim como Junjie, Lijian conta que receitaram medicamentos antipsicóticos para ele, que prejudicaram seu pensamento crítico.
Após uma semana internado, ele diz que recusou mais medicamentos. Depois de brigar com a equipe e ser informado de que estava causando problemas, Lijian foi enviado para a eletroconvulsoterapia — terapia que envolve a passagem de correntes elétricas pelo cérebro do paciente.
"A dor era da cabeça aos pés. Meu corpo inteiro parecia que não era meu. Foi muito doloroso. Choque elétrico ligado. Depois, desligado. Choque elétrico ligado. Depois, desligado. Desmaiei várias vezes. Achei que estava morrendo", revela.
Ele afirma que recebeu alta depois de 52 dias. Agora, ele tem um emprego de meio período em Los Angeles, nos EUA, e está buscando asilo no país.
Em 2019, um ano após Lijian dizer que foi internado, a Associação Médica Chinesa atualizou suas diretrizes de ECT, afirmando que a terapia só deve ser administrada com consentimento e sob anestesia geral.
Queríamos saber mais sobre o envolvimento dos médicos nesses casos.
Falar com a imprensa estrangeira, como a BBC, sem permissão poderia colocá-los em apuros, portanto, nossa única opção era nos disfarçar.
Marcamos consultas telefônicas com médicos que trabalham em quatro hospitais que, de acordo com nossas evidências, estão envolvidos em internações forçadas.
Usamos uma história inventada sobre um parente que havia sido hospitalizado por postar comentários contra o governo na internet — e perguntamos a cinco médicos se eles já haviam se deparado com casos de pacientes enviados pela polícia.
Quatro confirmaram que sim.
"O departamento de psiquiatria tem um tipo de internação chamado de 'encrenqueiros'", nos contou um médico.
Outro médico, do hospital onde Junjie foi internado, parece confirmar sua história de que a polícia continua a vigiar os pacientes após receber alta.
"A polícia vai verificar você em casa para garantir que você tome seu remédio. Se você não tomar, pode infringir a lei novamente", ele disse.
Entramos em contato com o hospital em questão para comentar o assunto, mas eles não responderam.
Tivemos acesso aos prontuários médicos do ativista pela democracia Song Zaimin, internado pela quinta vez no ano passado, o que deixa claro como as opiniões políticas parecem estar intimamente ligadas a um diagnóstico psiquiátrico.
"Hoje, ele estava... falando muito, falando incoerentemente e criticando o Partido Comunista. Portanto, ele foi enviado ao nosso hospital para tratamento hospitalar pela polícia, pelos médicos e pelo comitê de moradores locais. Esta foi uma internação involuntária", diz o documento.
Pedimos a Thomas G. Schulze, presidente eleito da Associação Mundial de Psiquiatria, que analisasse estas anotações. Ele respondeu:
"Pelo que está descrito aqui, ninguém deveria ser internado involuntariamente e tratado contra sua vontade. Isso cheira a abuso político."
Entre 2013 e 2017, mais de 200 pessoas relataram que haviam sido internadas injustamente pelas autoridades, de acordo com um grupo de jornalistas cidadãos na China que documentou abusos da Lei de Saúde Mental.
Suas reportagens terminaram em 2017, porque o fundador do grupo foi detido e posteriormente preso.
Para as vítimas que buscam justiça, o sistema jurídico parece estar contra elas.
Um homem que vamos chamar de Li, que foi internado em 2023 após protestar contra a polícia local, tentou entrar com um processo judicial contra as autoridades por seu encarceramento.
Diferentemente de Junjie, os médicos disseram a Li que ele não estava doente, mas a polícia contratou um psiquiatra externo para avaliá-lo, que o diagnosticou com transtorno bipolar, e ele foi mantido lá por 45 dias.
Após ser liberado, ele decidiu contestar o diagnóstico.
"Se eu não processar a polícia, é como se eu aceitasse estar mentalmente doente. Isso vai ter um grande impacto no meu futuro e na minha liberdade, porque a polícia pode usar isso como motivo para me prender a qualquer momento", diz ele.
Na China, os prontuários de qualquer pessoa diagnosticada com um transtorno grave de saúde mental podem ser compartilhados com a polícia — e até mesmo com os comitês de moradores locais.
Mas Li não foi bem-sucedido — os tribunais rejeitaram seu recurso.
"Ouvimos nossos líderes falarem sobre o Estado de direito", ele nos disse. "Nunca sonhamos que um dia poderíamos ser trancados em um hospital psiquiátrico."
A BBC encontrou 112 pessoas listadas no site oficial de decisões judiciais chinesas que, entre 2013 e 2024, tentaram entrar com processos contra a polícia, governos locais ou hospitais por esse tipo de tratamento.
Cerca de 40% dos autores dos processos estavam envolvidos em reclamações contra as autoridades. Apenas dois ganharam seus casos.
E o site parece ser censurado — cinco outros casos que investigamos não constam no banco de dados.
A questão é que a polícia desfruta de "considerável poder discricionário" para lidar com "encrenqueiros", de acordo com Nicola MacBean, da The Rights Practice, uma organização de direitos humanos de Londres.
"Enviar alguém para um hospital psiquiátrico, contornando os procedimentos, é uma ferramenta muito fácil e muito útil para as autoridades locais."
As atenções agora estão voltadas para o destino da vlogger Li Yixue, que acusou um policial de agressão sexual. Diz-se que Yixue foi internada recentemente pela segunda vez depois que suas postagens nas redes sociais falando sobre a experiência se tornaram virais. Há informações de que ela está agora sob vigilância em um hotel.
Apresentamos as conclusões da nossa investigação à embaixada chinesa no Reino Unido. Eles disseram que, no ano passado, o Partido Comunista Chinês "reafirmou" que precisa "melhorar os mecanismos" em torno da lei, que, segundo ele, "proíbe explicitamente a detenção ilegal e outros métodos para privar ou restringir ilegalmente a liberdade pessoal dos cidadãos".
*Reportagem adicional de Georgina Lam e Betty Knight
O astro do rock e ex-Beatle Paul McCartney disse à BBC que mudanças propostas na legislação de direitos autorais podem permitir tecnologias que "roubam os artistas e músicos" sejam implementadas, impossibilitando todos de ganhar a vida fazendo música.
O Reino Unido está considerando uma revisão da lei que permitiria que desenvolvedores de inteligência artificial (IA) usem o conteúdo de criadores na internet para ajudar a desenvolver seus modelos — a menos que os detentores dos direitos se manifestem expressamente contra isso.
Em uma rara entrevista para a BBC, Paul disse que "quando éramos crianças em Liverpool, encontramos um emprego que amávamos, mas que também pagava as contas". Para ele, as propostas poderiam remover o incentivo para escritores e artistas e resultar em uma "perda de criatividade".
O governo disse que pretende criar segurança jurídica por meio de um regime de direitos autorais que forneça aos criadores "controle real" e transparência.
Paul disse à BBC: "Você tem rapazes, moças, surgindo que escrevem uma música linda, e eles não são donos dela. Eles não têm nada a ver com ela. E qualquer um que quiser pode simplesmente roubá-la."
"A verdade é que o dinheiro está indo para algum lugar... Alguém está sendo pago, então por que não deveria ser o cara que se sentou e escreveu Yesterday?"
Ele fez um apelo ao governo para revisar os planos atuais, dizendo: "Nós somos o povo, vocês são o governo! Vocês deveriam nos proteger. Esse é o seu trabalho."
"Se você está apresentando um projeto de lei, tenha certeza de que está protegendo os pensadores criativos, os artistas criativos, ou você não terá mais eles."
Programas de inteligência artificial generativa (o tipo de AI que cria conteúdos novos, como textos, imagens, músicas e vídeos que parecem ter sido feito por um humano) fazem mineração de dados — ou seja, eles "aprendem" como gerar conteúdo através da análise de grandes quantidades de dados.
O governo do Reino Unido está atualmente consultando propostas que permitiriam que empresas de inteligência artificial usem material disponível na internet sem respeitar direitos autorais no processo de mineração de texto ou dados.
As propostas dariam aos artistas ou criadores uma chamada "reserva de direitos" — a capacidade de optar por não ter seu conteúdo sujeito à mineração.
Mas os críticos do plano acreditam que não é possível para um escritor ou artista individual notificar milhares de diferentes provedores de serviços de inteligência artificial de que não querem que seu conteúdo seja usado dessa forma, ou monitorar como seu trabalho está sendo usado em toda a internet.
Uma proposta alternativa para que os artistas optem por dar sua permissão para que seu conteúdo seja usado será apresentada na Câmara dos Lordes esta semana.
Tom Kiehl, presidente-executivo da UK Music, que representa diversos produtores culturais no Reino Unido, disse: "os planos do governo de mudar a lei de direitos autorais para facilitar que empresas de IA usem a música de artistas, compositores e empresas musicais sem sua permissão colocam a indústria musical em um grande risco".
"Seria uma aposta arriscada contra o setor criativo que já está contribuindo com mais de 120 bilhões de libras (mais de R$ 870 bilhões) para a economia e seria contraproducente para as próprias ambições de crescimento do governo."
"Não há evidências de que os criadores de conteúdo possam efetivamente 'optar por evitar' que seu trabalho seja treinado por sistemas de IA e, portanto, essa aparente concessão não oferece nenhuma garantia para aqueles que trabalham com música."
Um porta-voz do governo disse que a indústria musical do Reino Unido produziu "alguns dos artistas mais celebrados da história".
"É por isso que lançamos uma consulta para garantir que a estrutura de direitos autorais do Reino Unido ofereça fortes proteções para artistas com relação à IA", diz o porta-voz.
"Nosso objetivo é fornecer segurança jurídica por meio de um regime de direitos autorais que forneça aos criadores controle real, transparência e os ajude a licenciar seu conteúdo."
O porta-voz acrescentou que o governo estava "ansioso para ouvir as opiniões da indústria musical sobre essas propostas" e "só avançaria quando estivermos confiantes de que estamos fornecendo clareza, controle e transparência para artistas e o setor, juntamente com acesso apropriado a dados para inovadores de IA".
Em 2023, Paul e Ringo Starr usaram IA para extrair as vozes de uma demo inacabada deixada por John Lennon para produzir uma nova música, Now and Then.
A música, anunciada como o último lançamento de uma música dos Beatles, recebeu muitos elogios e foi indicada a dois Grammys e um prêmio Brit.
Paul encerrou recentemente em Londres sua turnê Got Back, na qual o músico de 82 anos tocou na França, Espanha e Brasil.
O ano passou, o tempo transcorreu (para a maioria) célere. Vivemos o tempo todo preocupados conferindo a hora, abrindo e respondendo mensagens tantas vezes; a preocupação com os afazeres de casa (para nós mulheres) e a responsabilidade frente ao trabalho fora, nos sobrecarrega, às vezes parece sugar nossas energias. Mas... "Viver é preciso" e, consequentemente, trabalhar é preciso. Nada cai das nuvens a não ser chuva no tempo preciso.
Adotei, faz tempos, o hábito de "não reclamar", não ficar murmurando pelos cantos, aliás, lembro que poucas vezes fiz isso no passado. Aprendi que reclamar, murmurar é pecado. Se algo não está legal ou não ocorreu como eu queria, me ponho a pensar nos milhões de pessoas no Brasil e no mundo que não têm trabalho, a maioria talvez nunca terá (infelizmente), não sabem o que significa ter nas mãos o salário, fruto do esforço, da luta diária, dinheiro "ganho" honestamente. Assim, valorizo mais as oportunidades que a vida me trouxe, entendendo que agradecer é importante, é fundamental. A gratidão é uma bela virtude, sem dúvidas, nos faz tão bem quando sabemos ser gratos. Experimente, se você ainda não o faz.
Com essa singela mensagem deixo a você, sua família, familiares e amigos, meus maiores votos e desejos de UM FELIZ ANO NOVO!! Que 2025 nos traga todas as oportunidades (talvez perdidas) de viver e ser feliz!!
Vocês todos que me visitam neste cantinho, são muito especiais para mim.
Muito grata pela atenção!!
Graça e paz.
Beijos com afetos.