Há um projeto autoritário disputando esta eleição. E estão escondendo isso de VOCÊ

Caro leitor,
Leia o seguinte trecho da coluna de Mario Sabino na Crusoé desta semana:
“A operação em curso para abafar o autoritarismo de Lula, PT et caterva sustenta-se na gritaria sobre o elogio de Jair Bolsonaro ao regime militar de 1964 (ou ‘movimento’, como prefere o petista Dias Toffoli) e as suas declarações idiotas ou abjetas a respeito de minorias.”
Sabino, em seguida, elenca as propostas autoritárias presentes no plano de governo do poste de Lula:
“O texto está disponível na internet, e nunca a falta do hábito de leitura dos brasileiros foi tão perigosa. Pouca gente o leu. Leia. O condenado José Dirceu causou espanto ao afirmar que se deveria tirar o poder de investigação do Ministério Público e todos os poderes do Supremo Tribunal Federal, mas consta do plano de governo ‘impedir abusos’ do Judiciário. Os petistas também explicitam a intenção de amordaçar a imprensa, por meio do que chamam de ‘novo marco regulatório’ nas comunicações. Na economia, o projeto é destruir qualquer possibilidade de diminuir o tamanho do Estado sustentado pelos pagadores de impostos. Pelo contrário, desejam aumentá-lo com ‘desprivatizações’ e, assim, gastar mais o nosso dinheiro.”
Está tudo lá, por escrito.
Para para ser aplicado, caso o poste vença a disputa presidencial.
Portanto, não resta a menor dúvida que apenas um desses caminhos irá selar o seu destino pelos próximos anos:
1— Ou o país retoma as rédeas do crescimento, com a aprovação das reformas estruturais necessárias para resgatar a economia do limbo;
2— Ou retrocede à antiga matriz populista, responsável pelas atuais mazelas como desemprego, inflação, falência da indústria e total desajuste nas contas públicas.
Mas, apesar da importância histórica destas eleições, a imprensa não está falando toda a verdade para você.
Não espere para ser pego de surpresa.
Pense que diferença faria se todos estivessem vigilantes há exatos quatro anos.
Às vésperas da reeleição de Dilma Rousseff, em outubro de 2014, as verdadeiras intenções da ex-presidente não eram plenamente conhecidas.
E o resultado foi catastrófico:
O que Dilma prometeu em out/2014Impacto na economia até o impeachment
Baixar a conta de luzApagão e tarifaço
Retomada do crescimentoO PIB despencou e chegou a 3,85% negativos
Controlar a inflaçãoA inflação saltou de 6,40% para 10,67%
Não elevar jurosA Selic chegou a 14,25%
Geração de empregoA taxa de desemprego cresceu 90%
Economia não admite experiências de laboratório. Erros cobram seu preço e as consequências podem se estender por gerações.
InfoMoney — outubro 2016
Depois será tarde para você se dar conta que não conhecia toda a verdade.
Em caso de guinada à esquerda —e por enquanto ninguém pode excluir essa hipótese—, há risco de retrocesso até mesmo nos avanços da Lava Jato contra a corrupção.
Blog do Josias de Souza — junho 2018
A volta à matriz populista é hoje uma possibilidade real que coloca em xeque os planos que você tem para si e sua família.
Desde uma simples viagem para fora que implica gastos em moeda estrangeira… até montar um negócio próprio que envolve a reforma trabalhista.
O resultado das próximas eleições pode representar um novo período de atraso na vida que estamos tentando recuperar desde o último impeachment.
Por isso, enquanto a imprensa dorme no ponto, cabe a você estar atento:
1) Assuma o controle. Político diz uma coisa e faz outra, você tem de ser mais crítico e selecionar ativamente suas fontes de informação;
2) Tenha acesso ao conhecimento. Ele está um passo adiante da notícia e só alguns são capazes de oferecê-lo;
3) Apoie família e amigos. Apenas com uma interpretação independente dos fatos teremos indivíduos aptos para escolher os melhores caminhos.

Apesar de a vigilância ser indispensável neste momento, o que a imprensa anda fazendo por você?


Não nos referimos aos embates televisivos, à cobertura da agenda dos candidatos nem aos números das pesquisas divulgados à exaustão.
Nos referimos à função primordial do jornalista de se manter vigilante. À vocação de denunciar o que estiver errado, doa a quem doer.
Millôr Fernandes tinha uma excelente definição para isso:
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”
A poucos dias das eleições mais decisivas da história da República, a imprensa NÃO está vigilante como deveria.
Pelo fato de que quase todos os políticos mentem — e omitem —, sempre se deve desconfiar deles. E os mais desconfiados deveriam ser os jornalistas.
Mas, analisando a imprensa brasileira de hoje, chegamos à conclusão que a balança pende bem mais para o lado dos poderosos do que para o lado dos inconformados.
Não se iluda.
A engrenagem continuará girando para esmagar a verdade.

A propaganda governamental é um tipo de mensalão da imprensa.

Pense bem: a quem interessa encobrir os fatos?
Gente mal-intencionada possui ligações por toda a parte, inclusive na imprensa.
A pretexto de divulgar as suas realizações, concretas ou não, ministérios, secretarias e estatais gastam bilhões para comprar consciências e promover políticos.
Você precisa ficar atento aos bastidores da política, ao que acontece nas entrelinhas, ao que os poderosos estão tramando.
É aí que a verdade se esconde.
Dependendo do presidente eleito, o Brasil corre o risco de incorrer no fracasso dos últimos anos.
Sabemos que não é esse futuro que você quer para sua família, e não quero paras as nossas também.
Mas não conte com o velho modelo de imprensa para ser a sua voz.
Em geral, ela tem interesses próprios, que não são claros.
Por causa dessa falta de clareza, somos levados a deduzir que a imprensa jamais vai entrar numa briga com cachorro grande.
Entre as redações e os poderosos, a retribuição de gentilezas é bem mais comum do que você imagina.
A inércia convém ao velho modelo de imprensa.
Em alguns casos, é questão de sobrevivência.
O governo gasta verbas suntuosas de publicidade (leia-se dinheiro do contribuinte) em grandes jornais e revistas.
Não raro, empresas estatais ocupam anúncios de página dupla ou contracapa, que são os espaços mais caros da mídia impressa.
Fora a publicidade explícita, há o caso de pesquisas e publicações que, até bem pouco tempo, não demonstravam constrangimento em tratar o presidiário como candidato à Presidência.
Ainda que Lula fosse inocente no caso do tríplex (é apenas um exercício de raciocínio…), condenados em segunda instância não podem concorrer e ponto final.
Está na Lei da Ficha Limpa, sancionada, quem diria, pelo governo Lula em 2010.

Ladrão é ladrão. A pergunta é:
A lei vale para todos ou alguns estão acima dela?

Se a lei vale para todos, tratar o condenado como candidato só ajuda pessoas de má fé a manipularem o eleitorado desprotegido.
E o que faz a imprensa?
Segue o embalo de reportar intenções de voto para Lula quando deveria abordar temas contundentes, ainda que incomodasse determinadas autoridades.
Por mais que a imprensa tente passar a imagem de independente, prefere se omitir a pisar o calo dos poderosos.
Existem excelentes profissionais, equipamentos de última geração e logística integrada. Mas você realmente acha que algum veículo de massa está a fim de arrumar animosidade com o governo?
Tome por base o escândalo envolvendo Dias Toffoli, revelado pela revista Crusoé ao final de julho último.
O presidente do Supremo Tribunal Federal recebe de sua mulher uma mesada de R$ 100 mil, religiosamente depositados num banco de Brasília que não chama atenção. (Detalhe: a mulher do ministro do STF é dona de um grande escritório de advocacia de Brasília que alcançou o sucesso depois que o marido chegou ao topo do Poder Judiciário.)
Agência do Banco Mercantil em Brasília: escondida no 2o andar de um prédio comercial

O montante total desses repasses, no mínimo atípicos, já atingiu R$ 4,5 milhões. Além disso, a conta do magistrado é movimentada por um ex-bancário de confiança.
Ex-gerente de banco que virou assessor de Toffoli tem carta branca para movimentar conta

No meio jornalístico chamamos isso de “pauta-bomba”.
Invariavelmente, quando uma pauta dessas explode, toda a imprensa repercute.
Foi assim quando estourou o escândalo do Mensalão, em 2005.

Mas a mesada de Toffoli, revelada pela Crusoé, não teve o mesmo tratamento.

Então, deixe-nos esclarecer a gravidade da situação e por que você corre o risco de ser sumariamente enganado às vésperas das eleições.
Estamos afirmando que, diante de provas documentais e fotos levantadas pela revista Crusoé — e aqui fazemos questão de reforçar as evidências físicas em detrimento de qualquer boataria infundada—, o futuro representante máximo da Justiça no país não se pronunciou a respeito.
Toffoli não confirmou, tampouco desmentiu.
E a grande imprensa fez o quê? Vista grossa.
Com exceção de uma pequena nota em um jornal, não se leu uma notícia a respeito da mesada do ministro nos diários ou revistas.
Você leu? Se leu, nos corrija enviando um print, por favor.
Simplesmente a imprensa se manteve omissa, como se um juiz do Supremo receber 100 mil reais por mês, na surdina, fosse a coisa mais normal do mundo.
Melhor ser conivente ao invés de arrumar dor de cabeça com os poderosos.
Com isso, infelizmente quem perde é você.
A imprensa publica notícias sem a profundidade necessária para você tirar conclusões úteis.

Se todos querem manipulá-lo, aprenda a se blindar.

Omitir, a meu ver, também é uma forma de manipulação.
Especialmente quando se tem uma campanha presidencial em andamento e uma rede de interesses por trás de cada passo.
Embora você busque sempre as melhores informações, está quase impossível ter acesso à notícia completa, com uma interpretação contextualizada e isenta de vieses o suficiente para balizar as suas decisões.
Seja qual for o partido, o parlamentar ou o político corrupto da vez, você precisa de um conteúdo capaz de expor a verdade com clareza.
A imprensa no Brasil está acomodada, ao contrário dos políticos desonestos que não param de inventar expedientes para benefício próprio.
Mas agora você pode se colocar um passo adiante.
Finalmente terá conhecimento do que ocorre de fato, baseado em provas textuais.
Terá ajuda para nortear seus rumos, seja qual for o resultado destas ou de outras eleições.
Terá uma visão independente sobre política que o represente à altura.
Queremos que você conheça um refúgio seguro, uma ilha de independência no jornalismo:
Toda sexta-feira é dia de Crusoé, a primeira revista em formato totalmente digital sobre os bastidores da política no Brasil.
Na última semana de julho, enquanto Crusoé publicava matéria exclusiva sobre a mesada suspeita do ministro, outros jornais e revistas não divulgaram uma só linha a respeito.
Nem nos dias seguintes…
O Antagonista

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