'Situação é preocupante', diz Faea sobre estiagem no interior do AM


Seca no Rio Madeira dificulta logística, encarece insumos e combustível. 
Municípios do Sul do estado são afetados pelo baixo nível do rio.


Estiagem no Rio Madeira (Foto: Divulgação/Sindarma)
Estiagem afeta rotina no Rio Madeira
(Foto: Divulgação/Sindarma)A estiagem que atinge a calha dos rios Madeira, Purus e Juruá dificulta a navegabilidade e tem influenciado a chegada de combustível e insumos nos municípios localizados no Sul do Amazonas.  Para a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), a "situação é preocupante" pois a vazante pode se intensificar até o fim do ano.
De acordo com informações repassadas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a cota do Rio Madeira chegou a 9,59 metros na última quinta-feira (18), na estação de Humaitá, a 590 Km de Manaus. A cota máxima atingida neste ano foi de  21,80m em 19 de março. O nível já desceu mais de 12 metros.
“Essa preocupação é porque nós ainda não estamos no momento de maior vazante, geralmente é final de agosto e inicio de setembro”, explicou o presidente Faea, Muni Lourenço.
A navegabilidade comprometida já fez agricultores e pecuaristas dos municípios de Apuí e Manicoré sentirem o reflexo na produção. “Principalmente com relação ao encarecimento de insumos em função da dificuldade logística”, afirmou Lourenço.
Ele apontou que uma diferença no preço do combustível já começou a ser sentida em Apuí, por conta da logística. “Para manter hoje o abastecimento de combustíveis em Apuí, já tem postos tendo que comprar em Itaituba no Pará, á quase 700 km do município”, afirmou.
Insumos
Sem condições de navegabilidade, a chegada de insumos, como sementes para o plantio, ração animal e sal mineral não tem chegado aos produtores. “Com a paralisação da balsa de Humaitá para a transamazônica, já temos situações de produtores rurais que estão sem receber insumos. As sementes estão em cima de caminhões, que não conseguem atravessar o rio Madeira, pela paralisação da balsa”, alertou Muni.

A federação ainda não tem estimativas da perda de produção com a estiagem nos próximos meses, nem sobre possível aumento dos preços  para o mercado consumidor.
“A seca prejudica a produção agrícola e pecuária, diminui o desenvolvimento das culturas agrícolas e pastagens. Dificulta o processo produtivo com um todo”, observou o presidente Faea.

Medidas
Uma das estratégias para minimizar os prejuízos é que os produtores usem técnicas de irrigação, apontou o presidente. “É muito importante a questão da dragagem do Rio Madeira, para que a navegação possa voltar a se formalizar. A gente tem procurado fazer gestões junto aos órgãos públicos”, afirmou o presidente Muni Lourenço.
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