Igreja católica foi usada por ex-senador em propina de R$ 350 mil





Força-tarefa da Lava Jato afirma que OAS depositou dinheiro na conta de paróquia no DF




Força-tarefa da Lava Jato identificou propina para paróquia no DFDida Sampaio/12.04.2016/Estadão Conteúdo


A paróquia São Pedro, localizada em Taguatinga (DF), foi usada pelo ex-senador Gim Argello (PTB-DF) para o recebimento de R$ 350 mil em propina desviada da Petrobras.
A constatação é da força-tarefa da Operação Lava Jato, que detalhou nesta terça-feira (12)as razões para a prisão preventiva do ex-parlamentar na 28ª fase, chamada Vitória de Pirro.
O procurador da República Athayde Ribeiro da Costa informou que executivos da empreiteira OAS, a pedido do então presidente Léo Pinheiro, fizeram o depósito na conta corrente da igreja católica.
— Os levantamentos dão conta de que Gim Argello indicou a paróquia para representantes da OAS fazer os depósitos. Em 19 de maio de 2014, [a empreiteira] depositou R$ 350 mil para a paróquia São Pedro. [...] Até o momento identificamos que o pagamento foi feito à paróquia.
Conforme as investigações da força-tarefa, a paróquia de São Pedro em Taguatinga. “sempre foi frequentada por Gim Argello”.
Acerto
Em mensagem enviada em 14 de maio de 2014 (data da instalação da CPI da Petrobras no Senado) a executivos do Grupo OAS, Léo Pinheiro solicita que seja feito pagamento no valor de R$ 350 mil para a conta bancária de uma paróquia do Distrito Federal, apontando como centro de custo a "Obra da Renest" (referência à RNEST, refinaria da Petrobras).
De acordo com a força-tarefa, nas mensagens, o pagamento à paróquia é associado a pessoa de alcunha "Alcoólico". A identificação de "Alcoólico" como sendo Gim Argello, num trocadilho com a bebida "Gim", 'foi evidenciada em troca de mensagens de Léo Pinheiro com Otávio Marques de Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez, outra das empreiteiras envolvidas no pagamento de propinas a agentes da Petrobras'.
"Em contrapartida, não houve convocação de Léo Pinheiro para prestar depoimento nas referidas comissões parlamentares. Não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores", diz a força-tarefa.
R7



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