Olhos (poesia)
Para alguns, o espelho da alma,
Para outros, uma caixa de Pandora.
Deles emana uma fúria silenciosa
Que calada retumba como o trovão.
Em suas lágrimas contidas
Escorrem o orvalho da manhã
Ressurgindo no temporal do crepúsculo.
Ao sol se desnudam de alegria
Mas em cinza se vestem de tristeza.
Refugiam-se no vazio
Para preenchê-lo com vigília.
Olhos pudicos que se escondem
Atrás da inocência,
Que se fartam diante a sede
De um beijo molhado.
Mas que sofrem com a tristeza
De um olhar não apaixonado.
(Agamenon Troyan)
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