terça-feira, 26 de novembro de 2024

Cuide do urgente, mas não esqueça o importante - Mario Sergio Cortella

Caçula, babá, cafuné: como mulheres negras escravizadas ajudaram a criar o português brasileiro


Gravura de mulheres negras do Rio de Janeiro

Crédito,Fine Art Images/Heritage Images via Getty Images

Caçula, babá, moleque, dengo, cafuné. Algumas palavras que usamos no nosso dia a dia escondem traços e fonemas de uma herança africana que está profundamente ligada às mulheres e ao trabalho doméstico exercido pelas negras escravizadas no Brasil dos séculos 16 a 19.

Estima-se que cerca de 4 a 5 milhões de africanos foram traficados para o país durante o período. Destes, cerca de 75% eram bantos, um grupo que se espalhou por uma vasta área ao sul da Linha do Equador na África.

A característica mais evidente que une esses povos é justamente o fato de eles falarem línguas da família linguística banto — de onde emprestamos algumas palavras que seguem até hoje em nosso vocabulário.

A maioria dos que foram enviados à força ao Brasil tinha origem em Angola e República Democrática do Congo, e posteriormente, Moçambique.

No ambiente da família colonial, esses escravizados aprenderam o português na convivência diária com seus senhores — e também imprimiram em seu falar hábitos e características de suas próprias línguas.

Ao mesmo tempo, os colonizadores portugueses foram se apropriando pouco a pouco de termos africanos, que passaram a ser usados principalmente para designar os objetos e atividades do dia a dia.

Nesse contexto, as mulheres africanas tiveram um papel especial, seja por meio do cuidado com as crianças, do seu trabalho na cozinha ou como amas de companhia e curandeiras.

‘Grande mãe ancestral dos brasileiros’

Autora de diversos livros e artigos sobre o tema, a etnolinguista baiana Yeda Pessoa de Castro vê no passado brasileiro um processo que invisibilizou a força de trabalho da mulher negra escravizada na historiografia.

Mas para a pesquisadora, que se dedica ao estudo das línguas africanas e sua influência no Brasil, essas mulheres tiverem um protagonismo na família e vida diária do colonizador que foi muito além do serviço doméstico prestado.

Em seu livro Camões com Dendé, Castro descreve como as mulheres africanas influenciaram as famílias brasileiras por meio da contação de histórias do seu universo fantástico afrorreligioso, do compartilhamento de seu conhecimento nato de folhas e ervas medicinais, como cozinheiras introduzindo elementos de sua dieta nativa na comida diária da casa e como amas de companhia das jovens solteiras e cuidadoras das crianças.

Gravura do século 19 sobre o trabalho escravo no Brasil

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Gravura do século 19 sobre o trabalho escravo no Brasil

Na função “da mãe preta e babá”, reconta a linguista, essas mulheres amamentaram e criaram os filhos do colonizador “e, à maneira de pedagoga, os ensinou a balbuciar as primeiras palavras, também na sua língua nativa, no embalo do seu canto de acalento” que os fazia dormir.

A própria palavra babá é uma das muitas marcas deixadas por esse importante trabalho: pesquisadores rastreiam a sua origem no quimbundo, uma das línguas bantas faladas em Angola.

Da mesma forma, várias outras palavras ligadas ao cuidado e à maternidade também foram inseridas no contexto brasileiro por esse meio.

“No campo afetivo, a mãe negra nos deixou o xodó, o cafuné, o cochilo, o dengo, e nos falou que ‘o caçula é o dengo da família’, o irmão mais jovem, sempre tratado com muito mimo por todas da casa”, diz Yeda Pessoa de Castro.

Enquanto dengo vem do quicongo, falada no norte de Angola e no baixo Congo, caçula tem origem no quimbundo. Não há no Brasil outra palavra para se referir ao filho mais novo. No português europeu diz-se benjamin, que para o falante brasileiro, além de nome próprio, é um adaptador multiplicador de tomada elétrica.

“Diante de tantas evidências apontadas pelo vocabulário, entre muitas outras ainda encobertas por falta de pesquisas mais detalhadas nesse domínio, a mulher angolana, entre tantas outras mulheres negras de igual valor, é projetada historicamente como a figura emblemática da grande mãe ancestral dos brasileiros. Não é em vão que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é apresentada como uma santa negra!.”

Exemplos de expressões de origem banta

1. Babá

Tem origem na língua quimbundo e vem do verbo ‘kubaba’, que significa ‘acalentar ou embalar uma criança para adormecer’.

2. Cafuné

Tem origem no quimbundo e vem da palavra ‘kafa’, que se refere à ação de bater, estalar com os dedos

3. Cochilo

Tem origem no quimbundo e vem da palavra ‘kukoshila’.

4. Dengo

Tem origem no quicongo e, na língua original, quer dizer um pedido de aconchego.

5. Caçula

Vem de 'kasule', do quimbundo, que significa 'último filho'.

6. Moleque

Tem origem no quimbundo e vem da forma ‘muleke’, associado com 'menino'.

7. Xingar

Tem origem no quimbundo e na palavra ‘kukoshinga’.

8. Moringa

Tem origem no quimbundo e vem da palavra ‘mudingi’.

Escravos trabalham em uma plantação de café no Brasil

Crédito,The New York Public Library

Legenda da foto,Escravos trabalham em uma plantação de café no Brasil

9. Caçamba

Tem origem no quimbundo e vem da palavra ‘kasambu’ que significa cesto.

10. Capenga

Tem origem no quimbundo e na palavra ‘kiapenga’.

11. Dendê

Do quimbundo ‘ndende’, o dendê, ou óleo de palma, é popular nas culinárias africana e brasileira.

12. Marimbondo

Do quimbundo, vem de ‘madimbindo’, palavra usada para vespa.

13. Lenga-lenga

Tem origem no quimbundo e em ‘ku langa’, que significa enganar alguém.

14. Beleléu

Do quimbundo, vem de ‘mbelele’, palavra usada para se referir à morte.

15. Bunda

Do quimbundo, vem de ‘mbunda’, palavra usada para se referir a nádegas ou ânus.

As línguas bantas e o português

Fundamental para a construção do Brasil e para o movimento abolicionista, a cultura banto reverbera até hoje não só no vocabulário do português brasileiro, mas também na entonação, pronúncia e sintaxe.

‘Bantu’ é a forma como a língua é referida nos próprios idiomas locais. No Brasil, porém, os linguistas tendem a falar em línguas bantas para se referir ao conjunto de línguas.

Margarida Petter, linguista e professora aposentada do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP), explica que a denominação foi adotada por linguistas a partir da percepção de uma característica comum entre muitas das línguas: a palavra ‘pessoa’ tem sempre o uso da raiz ‘-ntu’, que no plural recebe o prefixo ‘ba-’. Daí surgiu bantu.

“Alguns africanos que foram transplantados para o Brasil já falavam alguma coisa de português por conta do contato com os colonizadores na região no entorno do Reino do Congo”, diz.

Ao mesmo tempo, diz a especialista, ao aprender a língua estrangeira, essas populações impuseram algo da gramática, da sonoridade e do vocabulário de suas línguas nativas. “Eles trouxeram para o português palavras e estruturas de suas línguas bantas”, explica Petter.

Construções como "algumas lojas estão caindo preço" ou "as ruas do centro não estão passando ônibus", que são consideradas gramaticalmente incorretas na língua culta pelo uso equivocado do sujeito, são exemplos dessa influência na língua falada, diz a linguista.

Mapa das línguas da família banta

“Outra influência é a tendência na língua falada de dizer coisas como ‘as menina bonita’”, diz Margarida Petter. “Nas línguas bantas, o plural não é indicado com a letra ‘s’ no final das palavras, como no português, mas sim com o uso de um prefixo.”

“Para o falante da língua banta, apenas colocar o primeiro elemento no plural já seria suficiente para entender o sentido completo — colocar o ‘s’ no final do substantivo seria uma redundância.”

A influência banta no Brasil também está nas religiões, nas músicas e na dança. Os escravizados traficados para o país deixaram seu legado, por exemplo, na origem de ritmos e expressões musicais como o samba, o maracatu, a congada, o jongo e a capoeira.

Para Yeda Pessoa de Castro, a cantiga popular Escravos de Jó também seria mais uma marca dos bantos — e das mulheres que cantavam e ensinavam jogos para os filhos dos colonizadores.

Segundo a pesquisadora, a palavra ‘jó’ poderia ter origem na língua quimbundo e na palavra ‘njo’, que significa ‘casa’. Já o ‘caxangá’ era um jogo de tabuleiro, diz.

De acordo com Castro, as denominações candomblé, macumba e catimbó são também de origem banto e representam provavelmente as mais antigas manifestações de religiosidade afro-brasileira nascidas na escravidão, como consequência do contato de orientações religiosas ameríndias e africanas com o catolicismo nos primórdios da colonização.

Pintura do século 19 mostra escravizadas trabalhando

Crédito,Arquivo Nacional

Legenda da foto,Pintura do século 19 mostra escravizadas trabalhando

Na África colonizada por Portugal, os governos de países como Angola, Moçambique e Cabo Verde adotaram o português como língua oficial após sua independência na década de 1970.

“Havia uma diversidade linguística muito grande, então decidiu-se adotar o português também para evitar contendas tribais”, explica Alexandre António Timbane, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

As línguas locais, porém, continuaram a ser usadas em contextos informais e no seio das famílias.

“As pessoas começaram a aprender o português para conseguir emprego, resolver questões burocráticas em órgãos do governo. Mas as línguas locais continuaram a ser faladas em contextos informais, nas famílias, nas canções e na educação local também”, diz Timbane.

O pesquisador moçambicano, porém, lamenta que ainda exista preconceito fora da África em relação às variedades do português africano, especialmente na área do ensino.

“A minha variedade, o meu sotaque, são influências da minha língua materna, da minha história”, diz. “Temos que considerar e tolerar sem preconceito linguístico todas as variedades e incentivar estudos e pesquisas sobre elas, porque elas são úteis.”

Não conseguia mais ver matarem pessoas sem que nada fosse feito: o homem que luta contra a caça às bruxas na Nigéria

 

Pessoas fazem protesto na rua segurando placas e faixas com os dizeres "We are not witches", ou "nós não somos bruxas"

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Protesto contra a caça às bruxas na Nigéria em 2009.
  • Author,Jonathan Griffin e Olaronke Alo
  • Role,BBC Trending
  • Reporting fromLondres e Lagos

Aviso: este artigo contém detalhes que alguns leitores podem achar perturbadores.

O ativista Leo Igwe está na linha de frente dos esforços para ajudar pessoas acusadas de bruxaria na Nigéria, que muitas vezes correm o risco de serem linchadas.

"Eu não podia mais suportar isso. Você sabe, ficar por aí e ver as pessoas sendo mortas aleatoriamente", diz Igwe à BBC.

Depois de concluir seu doutorado em estudos religiosos em 2017, ele estava inquieto. Havia escrito muito sobre bruxaria e estava frustrado porque o mundo acadêmico não lhe permitia desafiar essa prática de forma direta.

A BBC viu evidências de pastores pentecostais na Nigéria realizando cultos direcionados a supostas bruxas, uma prática que, segundo Igwe, não é incomum em um país onde muitos acreditam no sobrenatural.

Por isso, Igwe criou a Advocacy For Alleged Witches (que em português seria “Defesa das Supostas Bruxas”), uma organização focada em “usar a compaixão, a razão e a ciência para salvar as vidas das pessoas afetadas pela superstição”.

O trabalho de prevenção de Igwe se estende a Gana, Quênia, Malaui, Zimbábue e além.

Uma das pessoas que a organização ajudou na Nigéria é Jude, de 33 anos.

Em agosto, eles intervieram quando Jude foi acusado e agredido no estado de Benué.

Jude, um vidraceiro que também trabalha meio período em um banco, conta que estava a caminho do trabalho uma manhã quando encontrou uma criança carregando dois jarros pesados de água, o que o levou a fazer um comentário sobre a agilidade física do menino.

A criança não recebeu bem suas palavras, mas seguiu seu caminho.

Mais tarde, Jude foi seguido por uma multidão de cerca de 15 pessoas que jogaram pedras nele. Entre elas estava o menino que ele havia cumprimentado anteriormente.

"Os jovens começaram a brigar comigo, tentando me incendiar", afirma Jude.

Ele foi acusado de causar o desaparecimento do pênis do menino por meio de bruxaria, algo que é falso e o surpreendeu.

As denúncias de desaparecimento de pênis em homens são frequentes em algumas partes da África Ocidental.

Essas acusações têm sido associadas ao síndrome de Koro, uma doença mental também conhecida como síndrome de retração genital.

Trata-se de um transtorno psiquiátrico caracterizado por um medo intenso e irracional de que os órgãos genitais desapareçam ou se retraiam para dentro do corpo da vítima.

Retrato de cabeça e ombros de Leo Igwe, que olha para a câmera vestindo uma camisa colorida.

Crédito,Jonathan Griffin / BBC

Legenda da foto,Igwe criou a organização Advocacy For Alleged Witches (Defesa de supostas bruxas).

A provação de Jude

Jude perdeu seu emprego no banco por causa do estigma em torno da acusação de bruxaria, diz Igwe.

Um vídeo da violenta altercação que ele sofreu também começou a circular no Facebook, e foi quando Igwe e sua equipe perceberam e começaram a investigar.

"Ele [Jude] foi levado nu, você sabe, brutalizado", diz Igwe. "A primeira coisa que fizemos foi localizar o problema: onde isso está acontecendo?"

Jude (à esquerda) faz check-ins regulares com Dooyum Dominic Ingye (à direita) e outros da Advocacy for Alleged Witches.

Crédito,Advocacy For Alleged Witches

Legenda da foto,Jude (à esquerda) se reúne regularmente com Dooyum Dominic Ingye (à direita) e outros membros da Advocacy for Alleged Witches.

No WhatsApp, Igwe é uma espécie de influenciador.

Nos últimos anos, ele criou e organizou grupos do WhatsApp para diferentes estados da Nigéria.

Esses grupos estão cheios de dezenas de cidadãos preocupados que ele chama de "defensores".

Eles compartilham vídeos e fotos virais de acusações de bruxaria e tentam intervir quando uma acusação é feita em seu território.

"Entramos em contato com ele [Jude]. Enviamos um pouco de dinheiro para que ele pudesse cuidar de seus ferimentos. Nós o reabilitamos socialmente", relata Igwe.

O grupo também se comprometeu a pagar a universidade de Jude, o que esperam que lhe proporcione um novo começo.

Muitos na Nigéria, o país mais populoso da África, acreditam em bruxas e vivem com medo delas e dos poderes diabólicos que supostamente possuem.

Problemas financeiros, doenças ou infertilidade são frequentemente atribuídos à bruxaria.

Os acusados costumam ser vulneráveis. Na maioria das vezes, são muito jovens ou muito idosos, às vezes possuem deficiências mentais ou físicas e, frequentemente, vivem na pobreza.

O problema da ignorância

De acordo com o Nigeria Watch, um site que monitora a violência no país por meio de relatos da mídia, houve oito mortes decorrentes diretamente de acusações de bruxaria em 2024.

A BBC não verificou esses números de forma independente, mas já relatou anteriormente agressões e assassinatos de pessoas acusadas de bruxaria na Nigéria e em outros lugares.

A Advocacy For Alleged Witches organizou seminários públicos em agosto para marcar o Dia Mundial de Combate à Caça às Bruxas.

"A crença na bruxaria ou no sobrenatural na Nigéria é cultural", diz Olaleye Kayode, professor sênior de Religiões Indígenas Africanas na Universidade de Ibadan.

"A crença é de que as bruxas são um dos seres sobrenaturais criados por Deus para agitar os assuntos da terra", acrescenta ele, afirmando que é a ignorância que faz com que as pessoas promovam a caça às bruxas.

Kayode atribui a caça às bruxas na Nigéria principalmente à pregação de "religiões estrangeiras", como o cristianismo e o islamismo, mas reconhece que as religiões tradicionais também "travam uma guerra" contra as bruxas.

"Essa bruxa precisa morrer"

Igwe afirma que alguns dos muitos pastores cristãos pentecostais influentes do país reforçam as superstições sobre bruxaria e a ideia de que "qualquer suposta bruxa é perigosa para a sociedade, não merece misericórdia e deve ser morta".

Embora alguns desses eventos religiosos sejam promovidos como serviços de libertação, em agosto um deles foi anunciado com o slogan "Essa bruxa deve morrer".

Pôster de igreja com um pastor e a mensagem "Essa bruxa deve morrer".

Crédito,Advocacy for Alleged Witches

Legenda da foto,As tentativas de forçar a igreja a cancelar o evento, que foi promovido com o slogan "Essa bruxa deve morrer", fracassaram.

A igreja responsável pelo evento o promoveu amplamente entre seus 20.000 seguidores nas mídias sociais.

Quando Igwe viu um outdoor no estado de Imo anunciando o evento, ele escreveu várias petições para as autoridades locais, bem como vários artigos para a mídia local, tentando cancelar o evento.

O evento foi realizado de qualquer forma, embora a Advocacy For Alleged Witches tenha enviado observadores e continue a fazer lobby contra eventos semelhantes.

A igreja responsável não respondeu à solicitação da BBC para obter sua versão.

Ninguém morreu no evento, mas a retórica "as bruxas devem morrer" que vem das igrejas pode levar ao ódio e à violência, diz Igwe.

Uma interpretação errônea

Muitas igrejas nigerianas são contra essas atitudes.

"Expulsar demônios e não matar os endemoniados foi a razão pela qual conhecemos o ministério de Jesus", diz Julius Osimen, pastor sênior da The Global Citizens Church em Lagos.

Osimen descreve qualquer pregação que incentive a caça às bruxas como uma interpretação errônea dos versículos bíblicos.

"Quando Jesus veio, ele veio com um entendimento melhor. Você não mata pessoas possuídas ou oprimidas por demônios, você simplesmente expulsa os demônios", diz ele.

O trabalho de Igwe teve um custo pessoal.

Ele diz que foi espancado três vezes por intervir em favor dos acusados de bruxaria e reconhece que sua esposa e filhos expressaram preocupação com sua segurança.

Mas o ativista diz que nada o impedirá de intervir: "Percebi que tenho que dar um passo à frente e tentar oferecer liderança.

Na Nigéria, acusar ou ameaçar acusar alguém de ser uma bruxa ou de ter o poder da bruxaria é um crime.

A pena máxima é de dois anos de prisão. No entanto, os processos e as condenações são raros.

Em 2021, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução condenando as violações de direitos humanos associadas à bruxaria, mas tais acusações persistem em grande parte da África, bem como na Índia e em Papua Nova Guiné.

"Tentar acabar com a caça às bruxas é um desafio e não devemos romantizá-la de forma alguma, tentando dizer: 'Ah, isso faz parte da nossa cultura'", diz Igwe.

"Matar nossos pais não faz parte de nossa cultura. Matar pessoas inocentes não faz parte de nossa cultura", ele argumenta.

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