segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Fachin, analistas, agências de checagem: ‘tudo pinga da mesma pipa’

 Não há quase mais nada, em sua atividade concreta, que lembre o trabalho de um magistrado imparcial e comandado pela lei



Luiz Edson Fachin, ministro do STF | Foto: Reprodução/Mídias Sociais

(Por J.R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo em 17 de fevereiro de 2022)

Os ministros Edson Fachin, Luís Barroso e Alexandre Moraes, do STF, estão apresentando sinais cada vez mais evidentes de desequilíbrio. Pode ser que tenham um plano político, e que por isso estejam fazendo o que fazem. Pode ser que não tenham. Mas as suas ações, na prática e no dia a dia, são um desfile de escola de samba com mestre-sala, baianas rodando a saia e um estandarte que diz: “Estamos aqui para impedir que Jair Bolsonaro seja reeleito presidente do Brasil”.

Não há quase mais nada, em sua atividade concreta, que lembre o trabalho de um magistrado imparcial e comandado pela lei — especialmente pela Constituição Federal, que o STF tem a obrigação de fazer cumprir. Fachin acaba de lançar a extraordinária acusação de que a justiça eleitoral “pode estar”, neste momento, sofrendo a ação de “hackers” — coisa que vem da “Rússia”, segundo afirmou em público, com todas as palavras e letras, sem apresentar a mais miserável comprovação para a sua denúncia. Pelo que deu para deduzir, o objetivo dessa alucinação seria favorecer Bolsonaro e prejudicar Lula; é o oposto, exatamente, do que diz Barroso, para quem o TSE opera o sistema eleitoral mais seguro do planeta. Agora, um vai fingir que não falou. O outro vai fingir que não ouviu. O STF de hoje é isso.

Barroso, do seu lado, surtou de vez com essa história de “fake news”: quer, numa iniciativa pessoal e exótica, associar oficialmente o Estado brasileiro a empresas privadas estrangeiras que controlam as redes sociais de comunicação. Ao mesmo tempo, quer “expulsar” do Brasil, indignado, uma operadora que não faz parte do bloco americano — essas que cortam a palavra do presidente em seu próprio país, jamais fazem a mínima restrição a nada que seja dito pela “esquerda” e proíbem a aparição dos Sete Anões nas histórias da Branca de Neve. Moraes, enfim, continua obcecado numa perseguição política primitiva, descontrolada e ilegal a Bolsonaro. Como o “impeachment” não sai, nem vai sair nunca, ele quer ver se consegue depor o presidente através de algum despacho do seu gabinete.

O Congresso Nacional, as Forças Armadas e os defensores da liberdade têm de se organizar, desde ontem, para conter a subversão da ordem democrática que está sendo conduzida, na frente de todos, pelos ministros do STF. A lei manda fazer isso.

Há poucas formas tão eficazes para perder seu tempo, hoje em dia, quanto ouvir os “especialistas em política internacional” que povoam a mídia brasileira. Nas ocasiões em que eles se unem às “agências verificadoras” da verdade universal a coisa toda vai para o seu modo “extremo”. É o que aconteceu com a visita do presidente da República a Rússia. Os analistas, em peso, prometiam uma invasão russa da Ucrânia — e se escandalizavam com a ”irresponsabilidade” de Bolsonaro, que, nas suas denúncias, estaria fazendo uma intromissão enlouquecida num conflito armado e envolvendo o Brasil numa “guerra externa”.

Não é toda hora que se diz tanta bobagem ao mesmo tempo, mas aí está: é assim, com os “especialistas”. Não aconteceu absolutamente nada do que garantiam; na verdade, aconteceu justamente o contrário. Bem na visita de Bolsonaro, para frustração geral, as coisas se acalmaram entre Rússia e Ucrânia. E agora? Entram então, para dar o brilho final à essa comédia, as “agências verificadoras” de notícias. Comunicadores simpáticos a Bolsonaro se divertiram com o episódio, comentando de brincadeira que ele tinha trazido a paz à região. O próprio presidente, também querendo fazer graça, disse que “por coincidência” a sua viagem tinha combinado com a baixa geral na ansiedade. Imediatamente, foram convocadas as “agências” para ensinar a todos que essa “narrativa” era “falsa”, como se estivessem lidando com fatos, dados físicos e números. Não era narrativa nenhuma. Era só uma piada.

Fachin, Barroso, Moraes, “analistas internacionais”, “agências verificadoras” — no fundo, é tudo pinga da mesma pipa.

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Revista Oeste



Credit Suisse tem 18 mil contas bancárias vazadas

 Entre os titulares das contas estão reis, ditadores, clientes envolvidos em torturas, tráfico de drogas e corrupção


O segundo maior banco da Suíça acumula clientes envolvidos em transações suspeitas | Foto: Divulgação

Um consórcio de mídias internacionais revelou dados sobre mais de 18 mil contas bancárias do Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça.

As informações expõem as contas bancárias de chefes de Estado, funcionários ligados ao setor de inteligência, empresários, ditadores, entre outras pessoas de todo o mundo.

Juntas, as contas detêm mais de US$ 100 bilhões.

Os dados abrangem contas abertas desde a década de 1940 até a década de 2010, mas não cobrem as operações atuais do banco.

Entre as pessoas listadas como detentoras de milhões de dólares em contas do Credit Suisse estavam o rei Abdullah II da Jordânia e os dois filhos do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak.

Segundo as reportagens, ainda aparecem como clientes do banco executivos que saquearam a estatal petrolífera da Venezuela, um traficante de pessoas nas Filipinas, um diretor da Bolsa de Valores de Hong Kong preso por suborno, o chefe de espionagem no Iêmen, um bilionário que ordenou o assassinato de sua namorada libanesa pop star, além de políticos corruptos do Egito à Ucrânia

Especialistas que analisaram as informações publicadas pelo consórcio de mídia afirmam que muitas dessas pessoas não deveriam ter sido autorizadas a fazer transações bancárias no Credit Suisse, levantando questões sobra falhas de controle do segundo maior banco da Suíça.

“Essas pessoas não deveriam poder ter movimentado dinheiro nas suas contas se o dinheiro tinha origem suspeita”, ressaltou Graham Barrow, especialista independente em crimes financeiro. “Bancos têm o dever claro de garantir que fundos movimentados tenham proveniência clara e legítima”.

Venezuelanos aparecem na lista

Dados bancários vazados revelam que venezuelanos que foram condenados ou indiciados por saquear a estatal petrolífera do país esconderam sua riqueza ilícita em contas com o Credit Suisse.

Mais de duas dúzias de venezuelanos ligados a quatro esquemas de corrupção na estatal petrolífera PDVSA acumularam ativos no valor de pelo menos US$ 273 milhões em 25 contas.

Quase todos elas foram abertas entre 2004 e 2015, quando bilhões de dólares foram desviados da PDVSA, inclusive para pessoas que já haviam sido publicamente implicadas em esquemas de corrupção.

Credit Suisse

As listas de clientes dos bancos suíços estão entre os segredos mais bem guardados do mundo, protegendo não só as identidades de algumas das pessoas mais ricas do planeta, como também pistas sobre como acumularam suas fortunas.

Os bancos suíços são proibidos legalmente de receber dinheiro ligado a atividades criminosas.

As informações foram vazadas por um denunciante para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung. O jornal compartilhou os dados com um grupo de jornalismo sem fins lucrativos, o Organized Crime and Corruption Reporting Project, e 46 outras organizações de notícias em todo o mundo.

O que disse o banco

Em resposta às revelações, o Credit Suisse publicou um comunicado à imprensa, onde “rejeita fortemente as alegações e insinuações sobre as supostas práticas ilegais do banco”. E ressaltou que “as questões apresentadas ocorreram no passado, em alguns casos datando dos anos 1940. Outras afirmações “seriam imprecisas ou foram retiradas do contexto, resultando em interpretações tendenciosas da conduta comercial do banco”.

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O banco acrescentou que aproximadamente 90% das contas citadas na investigação estão fechadas ou já estavam em processo de fechamento. Também ressaltou que “leva a sério o suposto vazamento de informações”, lembrando que aplica um rigoroso sistema de proteção de dados.

https://revistaoeste.com/mundo/credit-suisse-tem-18-mil-contas-bancarias-vazadas/

domingo, 20 de fevereiro de 2022

#13 - VOCÊ JÁ CONFIOU EM ALGUÉM QUE TE FEZ DE BOBO? Qual a lição? - PA...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

‘Cena de filme de terror’: os relatos sobre o temporal que virou tragédia com mais de 100 mortos em Petrópolis

 

"Foi cena de um filme de terror", define o dentista Lucas Ribas sobre o que presenciou em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, após o município ser atingido por um temporal na terça-feira (15/2).

Lucas saía do trabalho durante a noite quando viu o cenário de destruição deixado pela forte chuva.

"No Centro da cidade havia muitos corpos, muita gente morta que foi levada pela chuva, se afogaram, bateram em algum lugar ou ficaram presas nos carros", diz à BBC News Brasil.

De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Civil, até o final da noite de quarta (16), foram contabilizadas 104 pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas de terça-feira.

Nas redes sociais, enquanto algumas pessoas compartilharam registros do impacto causado pela chuva, outras divulgaram fotos de entes queridos que desapareceram em meio ao temporal.

O volume de água acumulada na cidade chegou a 259 milímetros em apenas seis horas de terça-feira, segundo o Climatempo. O valor supera o que era esperado para todo o mês de fevereiro: 238,2 milímetros.

De acordo com o jornal O Globo, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que há pelo menos 90 anos Petrópolis não enfrentava uma chuva tão volumosa em 24 horas como a de terça.

O temporal causou estragos em diversos pontos do município. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foram registradas 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos.

A Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública. Nos hospitais, segundo a gestão local, as equipes foram reforçadas para atender as vítimas.

Imagens registrada pelo dentista Lucas Ribas mostram passageiros em ônibus tomado pela enchente

Para os moradores, as cenas presenciadas em razão do temporal nunca serão esquecidas.

"Ainda não caiu a ficha. Eu tenho 44 anos, nasci em Petrópolis, a gente sempre presenciou várias tragédias, mas sempre em lugares isolados e não também no Centro da cidade. O que aconteceu aqui ontem acho que nunca mais vai acontecer porque foi algo impressionante", diz a professora Bianca Maria Leite.

'Foi tudo muito rápido'

O temporal culminou em um cenário desolador em Petrópolis. Em vários vídeos que circulam pela internet, é possível ver imagens de árvores, eletrodomésticos, móveis e veículos sendo levados durante a enchente.

Inúmeras casas foram atingidas. Em algumas, os moradores perderam todos os eletrodomésticos e móveis, enquanto em outras a própria construção foi devastada pela forte chuva.

"Perdi tudo, não tem nada. Levou tudo embora. Não sei o que a gente vai fazer a partir de agora, porque a pedra ali tá quase caindo de novo. Se descer vai pegar mais casas para baixo", disse, em entrevista ao telejornal SBT Rio, um morador que teve a casa atingida.

Segundo o governo do Rio de Janeiro, ao menos 372 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas na cidade.

O comércio local também foi atingido e muitos ficaram embaixo d'água. Em vídeos que circulam nas redes é possível ver diversos estabelecimentos alagados.

"Eu estava na academia e ela começou a alagar. Eu só senti que tinha que sair dali. Um pessoal ficou limpando a água do chão e jogando pro ralo. Nisso, consegui ir ao shopping, que tem três andares de estacionamento. Fiquei aguardando e não parava de chover nunca. Quando vi, a rua parecia um rio muito fundo, porque passava muita água. Olhei pro lado da academia e ela estava toda revirada: a água entrou no fundo da academia, foi destruindo tudo e jogou os equipamentos na metade da rua", detalha o universitário Vinícius Magini.

O dentista Lucas Ribas conta que ele e outros funcionários lutaram para salvar os equipamentos do consultório em que ele trabalha. "Foi tudo muito rápido, como se fosse um tsunami de lama. Quando a gente viu era uma aguinha entrando no consultório, logo isso virou muita água, depois começou a transbordar e virou enchente. Foi tempo de a gente subir com equipamentos, fechar as portas, tirar tudo de valor que tinha e salvar o máximo de coisas que podia. Foi desesperador", diz.

Vítima é resgatada por bombeiros em Petrópolis

CRÉDITO,EPA

Legenda da foto,

Bombeiros atuam em resgates de vítimas da tragédia

Na noite de terça, inúmeros pontos da cidade ficaram sem energia elétrica. Na região central houve diversos relatos de roubos e estabelecimentos saqueados em meio ao rastro de destruição do temporal.

Os desaparecidos

Em meio ao temporal, inúmeras pessoas desapareceram. Há registros de busca por moradores de diferentes idades, de crianças a idosos.

Há relatos de pessoas que teriam sido levadas pela água, outras que estariam em regiões que foram soterradas e pessoas que estavam em veículos que foram carregados pela enchente.

De acordo com as autoridades locais, não há números oficiais de desaparecidos na cidade.

Atualmente, cerca de 400 bombeiros auxiliam nas buscas em diferentes áreas da cidade.

Sem respostas, familiares buscam notícias pelas redes sociais. Em alguns posts feitos na terça-feira, é possível observar atualizações de familiares que comemoram que a pessoa foi encontrada bem. Em outros, porém, há a confirmação de que a pessoa foi uma das vítimas das consequências do temporal.

"Infelizmente acharam ele sem vida. Pra ser sincera, não sei o que realmente houve, só tive a notícia de que o corpo dele está no IML", diz uma amiga de um adolescente que teve a morte confirmada. Ela havia disponibilizado o seu número de celular para receber notícias sobre o amigo na noite de terça, após ele ser considerado desaparecido.

No Instituto Médico Legal (IML) da cidade, familiares buscam respostas sobre os desaparecidos.

Destruição causada pela chuva

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

Chuva causou enchentes e deslizamentos em diversos pontos da cidade

"Vi a chegada de três carros da Defesa Civil com corpos. É angustiante", diz Anallu Andrade. Ela é prima de um garoto de oito anos que estava em um ônibus que foi levado pela enchente.

"Fui para o IML porque um policial viu meu story (postagem temporária no Instagram; nela, Anallu buscava pelo primo) e disse que possivelmente meu primo já foi encontrado sem vida, porque encontraram um menino na faixa etária dele que parecia com ele, só não tinha como me dar certeza. Sabendo disso, eu cheguei ao IML sem nenhuma certeza se é ele ou não", diz Anallu.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que montou uma força-tarefa com cerca de 200 agentes, com profissionais como peritos legistas e criminais papiloscopistas, auxiliares de necropsia e servidores de cartório para auxiliar na identificação das vítimas.

Após passar algumas horas no IML, Anallu voltou para casa sem respostas. Ela deverá retornar ao local nesta quinta-feira (17/2). "A avó e a mãe dele estão sem condições de ir (ao IML)", explica.

Depois do temporal

Na quarta-feira, Petrópolis amanheceu em clima de luto. Os números de corpos encontrados foram atualizados ao longo do dia.

"O dia seguinte é triste. A cidade embaixo da lama e as pessoas sem nem saber por onde começar", diz o dentista Lucas Ribas.

O fotógrafo Breno Luis Telles fez registros na manhã seguinte ao temporal. "Fiz imagens no Centro Histórico e infelizmente o cenário é de guerra. Nunca vi uma coisa assim. Gente morta em todos os lados, carros em cima de carros, um cheiro horrível. Infelizmente, a gente vê uma cidade que parece que foi bombardeada", diz à BBC News Brasil.

Imagens da cidade com entulhos e lama após o temporal

CRÉDITO,BRENO TELLES

Legenda da foto,

Fotógrafo registrou Petrópolis na manhã de quarta-feira após o temporal

Na cidade, foi possível ver cenas como morros que vieram abaixo, ruas bloqueadas por materiais deixados pela inundação, veículos empilhados, casas destruídas, estabelecimentos atingidos pela lama, comerciantes tentando estimar o prejuízo causado pela tragédia e famílias buscando formas para recomeçar.

Os moradores convivem com o temor de novos temporais. Na quarta, a previsão era de chuva fraca a moderada para a região. A Secretaria de Estado de Defesa Civil alertou que o município segue em estágio operacional de crise e orientou a população a ficar atenta aos informes, porque alertas sobre a situação podem ser atualizados a qualquer momento.

A Defesa Civil municipal argumentou que o temporal foi causado pela "passagem de uma frente fria pelo oceano, em conjunto com as instabilidades geradas pelo aquecimento diurno, mais a disponibilidade de umidade".

Nas redes sociais e em vários pontos da cidade foram organizadas campanhas para arrecadar itens para ajudar as pessoas afetadas de diferentes formas pela chuva.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O PODER DO PEDIDO DE DESCULPAS

Confira o verdadeiro poder que existe dentro de um Pedido de Desculpas

Desculpa é o ato de reconhecer um erro e se retratar. E esse é um dos motivos pelos quais conseguimos viver socialmente, saber aceitar e pedir desculpas, essa é uma forma de manter relações e permitir acordos.

O ato de pedir desculpas é uma forma de expressão de arrependimento por algo que fizemos e temos a intenção de consertar. Esse ato, também pode deixar quem o recebe, se feito verdadeiramente, em uma situação mais confortável para a resolução do conflito, dando abertura ao diálogo.

Pedir desculpas não deve se tornar um hábito que é feito sempre que fazemos algo errado, pedir desculpas tem que ser algo verdadeiro, e simplesmente um pedido. Pode até parecer uma tarefa difícil, mas é isso que poderá ajudar a consertar e melhorar seu relacionamento com outras pessoas.

No artigo de hoje eu vou te mostrar o poder que podemos perceber dentro de um pedido genuíno de desculpas. Confira.

Pedir desculpas

O ato de pedir desculpas é verdadeiramente extraordinário. Ele é capaz de restabelecer os laços com outras pessoas. Afinal de contas, somos seres humanos que, em um momento ou outro, irão cometer erros durante a trajetória em vida.

Esses erros podem magoar alguém, fazendo, até mesmo, que possamos perder o vínculo com um amigo, parceiro, familiar, além de poder causar consequências negativas no ambiente de trabalho, também.

Desse modo, pedir desculpas se trata mais do que um ato nobre. É uma forma de compreender que erramos e nos importamos com aquela relação que, de algum modo, prejudicamos.

E quando falamos em pedir desculpas há 4 grandes razões positivas que justificam o ato, sendo elas:

  • Oportunidade de diálogo: 

Isso porque, um pedido de desculpas é uma excelente oportunidades para dar início a uma conversa sincera e assertiva. Expor os seus argumentos e sentimentos em relação ao ocorrido.

É um ponto bastante importante pois, quando o pedido de desculpas não ocorre, muitas vezes por orgulho, essa brecha para uma conversa tende a não acontecer.

  • Reconciliação

Ferir alguém próximo pode gerar um sentimento avassalador. E como qualquer outra ferida, se não tratada, tende a crescer cada vez mais.

O ato de pedir desculpas pode nos render não apenas um tratamento para essa ferida, mas também uma possibilidade de nos reconciliarmos com quem machucamos.

  • Admitir o nosso erro

No fim, somos seres humanos dotados de características extraordinárias, entretanto, invariavelmente cometeremos erros, equívocos. Nem sempre estamos certos e, diga-se de passagem, errar não é algo tão difícil e longe da realidade de qualquer um.

Compreender isso é o primeiro passo para entendermos que haverão inúmeras situações das quais precisaremos admitir o nosso erro. Essa ação pode refletir muito positivamente em um pedido de desculpas.

  • Recuperar dignidade 

Por fim, quem nunca deitou-se no travesseiro a noite e ficou remoendo uma situação, sobretudo quando sabemos que somos nós os culpados. Trata-se de uma sensação bastante desagradável e pode nos tirar boas horas de sono.

Mas eu não falo apenas dessa inquietação. Afinal, ela é apenas um sintoma de que algo está claramente errado. O ponto principal que eu quero lhe falar diz respeito a algo mais profundo, sobre a dignidade.

Ela está totalmente ligada aos nossos valores pessoais, a nossa visão que temos do mundo.

Nesse sentido, o pedido de desculpas pode servir para reaver a nossa postura perante um erro. Até mesmo porque admitir um erro e assumir as responsabilidades por um acontecimento é um verdadeiro ato de coragem e humildade.

Como pedir desculpas

É pensando em te ajudar nesse processo de pedido de desculpas que eu separei algumas dicas extraordinárias que podem te ajudar. Confira:

Ouvir na essência

O primeiro passo é compreender como a pessoa, que se sentiu ofendida, realmente se sente. Afinal, para que um pedido de desculpas seja sincero e genuíno é preciso que haja empatia, sobretudo de quem irá realizar o pedido.

Escute atentamente o que a pessoa tem a dizer, quais são os pontos que a magoaram. Não negligencie os seus sentimentos e se permita conectar-se verdadeiramente com a pessoa ferida.

Nem sempre estamos certos

Em um pedido de desculpa sincero, não há quem está certo ou errado. É preciso deixar essa ideia de lado na hora de pedir desculpas a alguém,e enxergar o lado da outra pessoa e reconhecer a veracidade de seus sentimentos, por mais que você ache que esteja certo.

Ao pedir desculpas você deve aceitar as responsabilidades por suas ações, reconhecendo seus equívocos e erros.Mantenha o foco no que você fez e peça desculpas sinceras.

Evite se aprofundar novamente no assunto, seja o mais direto e racional possível, se não pode soar como se quisesse ainda estar certo.Seja sucinto e sincero.

Você também pode utilizar de forma cuidadosa pretextos para pedir desculpas, como uma forma de expressar que a ofensa não foi intencional, isso pode ser útil como forma de reafirmar que você se importa com a pessoa e não deseja o seu mal.

Demonstre empatia

Mais do que pedir desculpas e mais do que se colocar no lugar da pessoa ferida, é preciso demonstrar isso. Afinal, se você se sente realmente culpado, sabe que errou e quer tentar reaver os seus erros é imprescindível evidenciar o seu arrependimento.

Esclareça os seus sentimentos, mostre à pessoa que compreende o seu erro. Deixe claro que entende quais são as consequências que o seu ato pode ter gerado e, sobretudo, que sente muito por isso.

Aja

O ponto culminante e provavelmente mais importante está no agir. De nada adianta arrepender-se e pedir desculpas quando as ações, posteriores ao ato, sugerem que nada mudou. E pior, que os mesmos erros são cometidos repetidamente.

Faça com que suas atitudes possam demonstrar que o seu pedido de desculpas é verdadeiramente genuíno. Que você sente que errou e quer mudar para que o mesmo erro não ocorra novamente.

E lembre-se de evitar utilizar a palavra “mas” em seu pedido de desculpa, ele pode ser interpretado como não sincero. Exemplo: Venho aqui te pedir desculpas pelo que fiz. Mas você disse algo que eu não gostei.

Independente de todas as dicas dadas para se pedir desculpas, o mais importante é que esse pedido venha de um arrependimento por algo e, principalmente, deve vir do fundo do coração.

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José Roberto Marques

Sobre o autor: José Roberto Marques é referência em Desenvolvimento Humano. Dedicou mais de 30 anos a fim de um propósito, o de fazer com que o ser humano seja capaz de atingir o seu Potencial Infinito! Para isso ele fundou o IBC, Instituto que é reconhecido internacionalmente. Professor convidado pela Universidade de Ohio e Palestrante da Brazil Conference, na Universidade de Harvard, JRM é responsável pela formação de mais de 50 mil Coaches através do PSC - Professional And Self Coaching, cujo os métodos são comprovados cientificamente através de estudo publicado pela UERJ . Além disso, é autor de mais de 50 livros publicados.

Muito obrigada!!



                                                                   Aparecida Ramos

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Criança negra manda carta para pai em BH e pergunta: 'Se eu fosse branco, você e toda a minha família iam gostar mais de mim?'

Guilherme tem 9 anos, foi adotado ainda bebê e já conversa 

com o pai sobre racismo estrutural.

     Guilherme é o filho mais velho de Gustavo — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

"Quando li a carta foi de embrulhar o estômago, uma sensação de me sentir impotente por não preencher todas essas lacunas que ele tem".

O desabafo é do empresário Gustavo Bregunci, que, na última semana, recebeu uma carta do filho mais velho, Guilherme, de 9 anos, perguntando se a família gostaria mais dele se fosse branco.


A família mora em Belo Horizonte, e o pai resolveu compartilhar a situação nas redes sociais.

Mensagem de Guilherme para o pai  — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Mensagem de Guilherme para o pai — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Com 1 ano e 2 meses, Guilherme, uma criança negra, foi adotado por Gustavo e Karina. Com o passar dos anos, Henrique, de 7 anos, e Felipe, de 5, nasceram.

"Sempre fomos bem transparentes com o Guilherme, nunca omitimos nada, e meu filho sempre teve muita facilidade para falar das emoções dele. Desde que as aulas presenciais voltaram, ano passado, ele já vinha levantando essa questão de cor da pele, que era o único com pele escura, era 'diferente'. Na nossa casa todo mundo é 'diferente', os meus caçulas são crianças especiais", contou.

Menino negro pergunta para pai se ele seria mais amado se tivesse nascido branco
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Menino negro pergunta para pai se ele seria mais amado se tivesse nascido branco.

Gustavo e o filho mais velho têm o costume de conversar todas as noites, e o assunto do racismo estrutural já tinha aparecido. Na última semana, após mais uma conversa, o pai saiu do quarto do menino e foi tomar banho.

Ao chegar ao quarto dele, o empresário viu a carta no travesseiro. Ele foi até o quarto da criança, mas Guilherme já estava dormindo. No outro dia de manhã, Gustavo deixou com a companheira a resposta para ser entregue ao filho. Veja um trecho da resposta dele:

Resposta de Gustavo para o filho — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Resposta de Gustavo para o filho — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

"Ele me disse que tinha recebido minha carta de volta e tinha ficado emocionado com a minha resposta. A sociedade vem fazendo um estrago com esse racismo estrutural, anular emocionalmente uma criança dessa forma é cruel demais", disse.

Gustavo compartilhou a carta em um grupo no WhatsApp e recebeu uma mensagem afirmando que seria uma "insegurança normal de qualquer criança". Logo depois, ele compartilhou a história nas redes sociais.

Família mora em Belo Horizonte — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Família mora em Belo Horizonte — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Para Gustavo, o melhor caminho é o diálogo com os filhos, perceber se há alguma mudança de comportamento da criança.

"É necessário fortalecer o filho para ele encarar essa situação. Falo que o Guilherme não tem um colega racista, ele tem um colega que recebe em casa um modelo que trata como normal ter a crítica do que é diferente. A sociedade precisa ser acolhedora. Eu ofereço ao mundo um filho que tem a inclusão correndo na veia". 

G1.com