Talvez Seja Amor.... Afonso Nigro... Lindo!!!! Curte aí, se você gosta, se te lembra algo que valeu ou vale a pena...
Não sei dizer o que me prende a você
Se é esse jeito de você me querer
Talvez seja amor,viu?
Alguma coisa diferente no olhar
Uma saudade se você não está
Talvez seja amor, viu?
Não sei por que, mas tudo traz você
Uma palavra, um verso, uma canção
Essa loucura vai virar paixão
Quem é que entende o próprio coração?
REFRÃO:
Ficar com você
São momentos que eu quero pra sempre
Ficar com você
São coisas que a vida não deixa esquecer
Eu nem sei se isso é amor,
Mas quero você como for.
‘O problema do Rio não são os bandidos, são os mocinhos’, diz ex-chefe da Polícia Civil
Direito de imagemAFPImage captionEx-delegado vê em intervenção possibilidade de atacar o problema da corrupção policial
Os diagnósticos incisivos de Hélio Luz, ex-chefe da Polícia Civil no Rio, ficaram marcados na memória de quem, há quase 20 anos, o assistiu no documentário "Notícias de Uma Guerra Particular", descrevendo uma polícia que foi "criada para ser violenta e corrupta" e teria papel de "garantir uma sociedade injusta".
"Como você mantém os excluídos todos sob controle, ganhando R$ 112 por mês? Com repressão", disse aos diretores João Moreira Salles e Kátia Lund, na época em que chefiava a Polícia Civil fluminense, entre 1995 e 1997, referindo-se ao valor do salário mínimo de então.
Aos 72 anos, Luz está aposentado, afastado da vida pública e vive com a família em Porto Alegre, onde nasceu. Mas continua acompanhando de perto as notícias da guerra particular que não acaba no Rio.
Em entrevista à BBC Brasil, ele faz o esforço constante de deslocar o foco das favelas, que têm sido objeto de operações policiais e militares, e apontar o espelho de volta para as elites, para a classe média e para as forças de segurança.
"Por que cercar a favela, se o crime não está ali? O cerne da questão da insegurança não está ali. Aquilo ali é o resultado", afirma, considerando que os "meninos que estão no tráfico" são produto da desigualdade social.
Luz considera que a intervenção federal pode trazer benefícios se deixar de lado ações ostensivas nas favelas - que equivalem a "enxugar gelo" e estigmatizam os moradores - e trabalhar para recuperar as estruturas policiais, neutralizando a ação de agentes corruptos e fazendo com que os "mocinhos" - integrantes do sistema de segurança - façam jus à designação popular.
"O problema do Rio não são os bandidos. O problema do Rio são os mocinhos. Se ele recuperar o quadro de mocinhos, ele pode dar uma atenção real ao quadro de bandidos", afirma.
Image caption'Como você mantém os excluídos todos sob controle, ganhando R$ 112 por mês? Com repressão', disse Luz em documentário há quase duas décadas | Imagem: Walter Carvalho
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil - Como o senhor se posiciona em relação à intervenção federal?
Hélio Luz - Eu entendo que a intervenção é constitucional. É inédita, mas é constitucional. A discussão está sendo muito reduzida ao oportunismo político de quem detém o poder. Foi uma medida oportunista? Foi, e nisso está longe de ser a primeira.
Mas acho que temos que ter uma discussão mais consequente. Estamos falando do problema de segurança da população do Rio. Há uma questão real e podemos ter uma conversa séria sobre isso.
Não vou falar no interventor, que é um cargo político, e sim no general Braga Netto, que manda no Comando Militar do Leste. O CML é o mais antigo e o mais completo arquivo de informações sobre os integrantes das polícias Civil, Militar e dos bombeiros do Estado do Rio. A troca de informação do Exército com as polícias é constante. A segunda seção das Forças Armadas sabe de tudo.
Outros comandantes do CML tiveram acesso a essas informações, mas não podiam fazer muita coisa. Agora o general tem acesso a essa inteligência e pode agir com base nela. Pode mudar o comando e mexer nas polícias. Isso é inédito.
BBC Brasil - Mas a intervenção tem data para acabar, dia 31 de dezembro. É possível resolver problemas estruturais na área de segurança?
Hélio Luz - Não, para isso, ele precisaria de mais tempo e de uma discussão mais ampla sobre um projeto de segurança. Mas ele pode recuperar a estrutura existente.
O grande problema que temos é quem executa a segurança pública. Os integrantes das polícias Militares e Civil. Se o general recuperar as estruturas internas, os agentes que provocam a insegurança ficarão limitados ao ambiente externo.
O problema do Rio não são os bandidos. O problema do Rio são os mocinhos. Se ele recuperar o quadro de mocinhos, ele pode dar uma atenção real ao quadro de bandidos.
BBC Brasil - O mocinho é o policial?
Hélio Luz - Não só o policial. São os integrantes do sistema de segurança que operam no Estado do Rio. Pode ser bombeiro, agente penitenciário, policial rodoviário. É preciso transformar o mocinho em mocinho.
Crime organizado pressupõe atuação a nível nacional, formação de um cartel e inserção nos poderes da República. O que denominam "bandidos" no Rio, e tenho ojeriza a isso, não é crime organizado. O tráfico no Rio não é cartelizado e disputa permanentemente a área geográfica. Não tem um exército ou integrantes constantes. Tem muitos problemas internos.
O pessoal não percebe que isso é um produto da sociedade. Esses meninos que estão no tráfico são um produto direto nosso, da classe média, dos detentores do poder desse país.
BBC Brasil - São um produto da desigualdade social?
Hélio Luz - São um produto da concentração de renda. E não venha me dizer que a Índia ou outros países com desigualdade não têm esse problema. Aqui é diferente, pô. O nosso nível de concentração de renda é muito alto e resulta nisso.
A favela é produto nosso. Como é que não é produto dos que detêm o poder? Como é que não é produto da classe média? É produto meu. Como é que eu tenho aposentadoria integral e não tenho responsabilidade sobre a favela? Para eu ter meus privilégios, tem que existir favela. Isso é óbvio. O dinheiro público é um só. Se eu abocanho uma maior parte, falta do outro lado. Não há saída para isso.
Ele (o general) tem condição de recuperar as estruturas policiais e beneficiar o segmento que mais sofre com essa parafernália toda, o favelado, que é estigmatizado.
Lógico que para isso ele vai precisar de um grupo de policiais civis e militares que não usem o tal do guardanapo da cabeça. Não pode. Polícia que gosta de botar guardanapo na cabeça não serve para recuperar.
Direito de imagemREUTERSImage captionConstitucional, inédita e oportunista - assim ex-chefe da polícia civil vê intervenção federal na segurança do Rio
BBC Brasil - O senhor está falando do ex-governador Sérgio Cabral e do famoso jantar em Paris, com a farra dos guardanapos na cabeça.
Hélio Luz - É isso. Você pode ter um guardanapo para limpar a sua boca, com dinheiro privado. Na hora que você bota o guardanapo na cabeça, é dinheiro público.
Retirar a turma do guardanapo na cabeça é difícil, mas o general pode isolá-los, neutralizá-los. Não precisam ser todos. Na hora que neutraliza uma parte considerável, o restante se enquadra.
A partir disso, ele tem condições de reduzir as ações de vigilância ostensiva que essas GLOs (operações militares para Garantia de Lei e da Ordem) fazem, com tropas nas favelas estigmatizando essas áreas. Como se o problema estivesse dentro das favelas. Não está.
Como ele tem um comando inédito do sistema, ele pode priorizar investigações integradas e coordenadas para prender os agentes externos da insegurança.
Eu tenho muita dificuldade de chamar de bandido. Aqui no Brasil, chamar o pessoal que mora na favela de bandido é de uma incoerência tremenda. O bandido brasileiro usa terno e gravata.
Se ele (o general Braga Netto) quiser aprofundar as investigações, ele vai parar nas mesas de câmbio que operam na avenida Rio Branco (no centro do Rio).
Ninguém pode imaginar que o menino da favela tenha capital o suficiente para bancar os entorpecentes que circulam ali. Quem detém o capital que financia as drogas tem uma mesa que opera câmbio na Rio Branco e um filho que frequenta bons colégios. Se o general chegar lá, aí realmente vai estar combatendo o crime e melhorando as condições de segurança do Rio.
Direito de imagemREUTERSImage captionPara Hélio Luz, desigualdade social é indissociável da violência no país
BBC Brasil - O senhor diz que o general pode reduzir a ação ostensivas nas favelas, mas a expectativa é que essas ações possam aumentar, e semana passada vimos operações militares inclusive com fichamento de moradores.
Hélio Luz - O problema é que até agora foram operações de GLO, e elas repetem o trabalho de vigilância que a polícia já fazia.
Se ficar operando nessa linha, só vai enxugar gelo. Vai ocorrer o mesmo de sempre. O pessoal (os traficantes) se afasta porque não quer confronto, mas depois retorna.
Por que fazer uma operação para cercar uma favela, se o crime não está ali? O cerne da questão de insegurança não está ali. Aquilo ali é resultado.
BBC Brasil - Em Notícias de Uma Guerra Particular, o senhor diz que a sociedade brasileira tem a polícia que quer, que garante uma elite com privilégios e uma lei que não vale para todos. O senhor acha que isso mudou?
Hélio Luz - Essa pergunta é difícil. Acho que o Brasil que vivemos na década de 60 mudou. Tivemos avanços. Naquela época não podia se falar nada sobre um senador (sobre ações ilícitas). Hoje em dia, um senador está vulnerável.
Mas um dos grandes problemas que temos nesse país é a tolerância com a ação à margem da lei. Vivemos em um tempo em que é admitido você ficar na franja. Os atos inconstitucionais estão se normalizando. A violação à lei está sendo admitida com muita tranquilidade.
Qual é a referência que se dá ao infrator que está lá na ponta? Quando a infração é praticada pelo excluído, você chama o Exército. Quando é praticada pela classe média e pelos detentores do poder, nada.
Se a lei é para ser cumprida na favela, é para ser cumprida por todo mundo. Ou a lei vale para todos ou não vale para ninguém.
Image captionFala de Hélio Luz em filme marcou debate sobre segurança pública | Foto: Arquivo pessoal
BBC Brasil - No documentário, o senhor disse que a repressão policial evitava uma explosão social, mantendo o excluído sob controle. Essa lógica prevalece?
Hélio Luz - Sim. Na África do Sul, eles colocavam cerca de arame. Aqui não precisa colocar a cerca, porque cada um sabe o seu lugar. Então para quê você vai colocar uma operação dessas cercando a favela? O crime não está ali. Entende? O cerne da questão da insegurança não está ali. Aquilo ali é resultado.
Agora, a má distribuição de renda voltou a se acirrar, a polícia não deu mais conta e teve que chamar o Exército.
BBC Brasil - O senhor fala na concentração de renda, mas isso explica o fortalecimento das facções criminosas e as crescentes disputas por territórios?
Hélio Luz - Desculpe, mas isso é uma visão que só quem tem privilégios nesse país pode ter. Porque localiza a disputa lá na ponta. "Não, não somos nós que participamos disso. São eles." Eles quem? Os excluídos do patrimônio público. A guerra está entre eles, mas é sustentada pela turma de cima.
É preciso estabelecer uma relação entre o auxílio-moradia (benefício pago a juízes) e a parte considerável da população que não tem moradia. Essa relação causa-efeito existe nesta e em inúmeras questões.
Em todas elas, quem paga a conta no final é o favelado. Somos o país da desigualdade. E ficamos preocupados porque tem problema, entende, na senzala. Afrouxou a senzala, então agora tem que apertar de novo. Então chama o capitão do mato para dar uma solução na senzala do século 21.
O problema social está no centro da questão da favela, e a questão de segurança do Estado é uma decorrência. Quem financia a droga que está lá? É um deboche achar que o favelado tem capital suficiente para bancar a ida, vinda e perda de qualquer quantidade de entorpecentes.
BBC Brasil - Não seria o favelado que teria esse dinheiro, mas sim as facções criminosas.
Hélio Luz - Será que elas têm? Qual é a herança deixada por traficantes? Qual foi a herança deixada pelo Uê (Ernaldo Pinto de Medeiros, fundador da facção Amigos dos Amigos)? Qual é o acúmulo de todos esses chefetes que existiram?
BBC Brasil - Mas não é patrimônio acumulado, e sim de capital de giro do tráfico.
Hélio Luz - Eles não têm dinheiro acumulado. Como é que você acumula dólar? Vemos muitas simplificações quando se fala sobre o tráfico. Aí mostram a mansão do chefete que foi preso na favela. É ridículo isso. A cobertura dele é num terceiro andar com piscina na laje. Perto dos prédios que existem na Vieira Souto, na Delfim Moreira (na orla de Ipanema e Leblon). Qual é o conceito de mansão?
Fala-se que que eles acumulam dinheiro e estão bem organizados. Onde, se estão disputando boca por boca (de fumo)? Onde há crime organizado com disputa de território permanente? Não existe. Se o cara tivesse dois milhões de dólares disponíveis, ele saía da favela e ia ser rentista (risos).
Direito de imagemREUTERSImage captionMeninos brincam de pipa no Alemão; Hélio Luz fala que ocupação do complexo foi 'ilusão'
BBC Brasil - Vemos sucessivos exemplos de traficantes presos que continuam a dar ordens de dentro da prisão, com o Nem da Rocinha. Como isso ainda acontece?
Hélio Luz - Essa condição quem dá é o sistema de segurança. O cara faz o controle por meio de agentes penitenciários. Ou é só o ex-governador (Sérgio Cabral) que tem acesso a uma comida especial (no presídio)? O mesmo caminho é usado no Rio, no Paraná ou em qualquer Estado. O sistema de segurança é vazado.
A classe média tem uma visão distorcida disso. Acha que a ponta está se organizando. Nada disso. É a desorganização do sistema penitenciário que permite que ordens saiam dos presídios.
Nós vivemos muito de ilusão. É muita ficção. A tomada do Alemão foi uma ilusão. O Complexo do Alemão nunca foi tomado. Mas por um momento aquilo (a operação de ocupação realizada por forças de segurança em 2010) gera uma sensação de segurança, e você se ilude.
Quem detém o controle? Quem recebe a corrupção ou o cara que paga? É o agente que recebe a corrupção. É quem recebe a grana. Se não pagar para a polícia, de duas uma, ou você se muda, ou vai para a vala.
Sem pagar a polícia, não se pratica crime no Rio de Janeiro.
BBC Brasil - Os problemas de segurança no Rio hoje não parecem muito diferentes da sua época à frente da Polícia Civil, nos anos 1990. Que perspectiva o senhor vê para o futuro?
Hélio Luz - Eu sou otimista. Acho que essas crises são crises de avanços. Não estamos em uma situação horrível. Quem viveu nos anos 60, 70 sabe que jamais se podia apontar o dedo para um senador.
Tudo que está acontecendo (os casos de corrupção) acontece há muito tempo nesse país. Sempre houve, mas agora nós sabemos. Agora vem a público. O Marcelo Odebrecht passar quase dois anos numa prisão é simbólico. A exposição do Judiciário com o caso do auxílio-moradia é simbólico.
Ainda é pouco, mas estamos avançando. Os desdobramentos são feitos à brasileira. É uma revolução republicana sem sangue. Aos poucos, a república vai se instalando.
Como os venezuelanos enfrentam a fome em meio a colapso econômico
Freddy carrega nas mãos um saco com peixe e mandioca. Esse vai ser o café da manhã, almoço e jantar dele, da mulher e dos cinco filhos. Ana, que costumava receber comida do governo, abre a porta da geladeira onde tem apenas água, banana e mandioca.
Os dois moram na Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e econômica, e têm sobrevivido com muito pouco. A inflação disparou, a comida sumiu dos supermercados e a população está com fome.
“É como se as pessoas pobres tivessem perdido o direito de comer. Me transformei em um pai que luta para alimentar a família. A gente não pode continuar assim”, diz Freddy.
De acordo com a Pesquisa sobre Condições de Vida (Encovi), realizada anualmente pelas principais universidades do país, os venezuelanos perderam em média 11 quilos em 2017. Seis em cada dez admitem já terem ido dormir com fome por causa da falta de comida.
A inflação deve atingir 13.000%, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional). O quilo de arroz e o de macarrão está custando o mesmo que o salário mínimo do país.
Segundo a ONG Cáritas Foundation, 70% das crianças nas áreas pobres na Venezuela sofre de má nutrição. Os últimos dados do Ministério da Saúde do país indicam que a mortalidade infantil aumentou 30% em 2016.
A Cáritas detectou níveis alarmantes de desnutrição infantil nas províncias de Miranda, Vargas, Zulia e Distrito Capital.
É o caso do filho caçula de Kimberley Trejo que, além de má nutrição aguda, sofre com asma, anemia e diarreia.
Kimberley passou a pedir ajuda na rua para alimentar os filhos. “Meus filhos me pedem para não deixá-los com fome”, diz.
Em Caracas, as prateleiras do supermercado estão vazias. Mais de mil pessoas fazem fila todos os dias para tomar a sopa oferecida por iniciativa da Igreja Católica.
Os críticos dizem que a crise está relacionada à má gestão do governo de Nicolás Maduro. Já o governo alega que as sanções impostas à Venezuela está prejudicando o fornecimento de comida.
Arianne diz que as coisas ficaram piores há dois anos, depois que o segundo filho nasceu. "Tudo está mais caro e mais difícil de achar", conta, enquanto toma o sopão oferecido pela igreja há seis meses.
A crise se arrasta há meses no país.
E, em meio ao colapso econômico com débito público crescente, escassez de comida e superinflação, nove em cada dez venezuelanos vivem abaixo da linha da pobreza, de acordo com o estudo que aplicou questionário de 16 páginas e entrevistou 6.168 famílias em todo o país.
'Pagpag', a comida 'reciclada' do lixo que é vendida aos pobres nas Filipinas
Todos os dias de madrugada, assim que centenas de sacos de lixo vindos restaurantes fast-food são despejadas em aterros sanitários em Manila, capital das Filipinas, dezenas de coletores se esforçam para buscar possíveis restos de alimentos.
Assista ao vídeo:
http://www.bbc.com/portuguese/43205682#
Essas sobras são, então, cozidas e vendidas em comunidades pobres da metrópole.
Na língua tagalo, também conhecido como filipino, "pagpag" - o nome que se dá a essas refeições - é a palavra usada para descrever o pó que se solta quando se sacodem roupas e tapetes.
"Trabalho com isso há cinco meses. Meu chefe me paga cerca de US$ 6 (R$ 20) por semana depois de vender o 'pagpag'", diz Renato Navarro Conde, coletor de pagpag.
Uma sacola cheia de restos de carne é vendida por cerca de US$ 0,50 (R$ 1,60).
Um dos compradores é Norbeto Lucion, dono de um restaurante.
"Tenho que ir ao mercado para comprar ingredientes como alho, cebolas. Antes de cozinhar, retiro os ossos para garantir que o prato só terá carnes", diz Lucion.
"Depois que a carne é separada dos ossos, eu a lavo. Depois de lavá-la, eu cozinho tudo a fogo baixo. Uma tigela custa US$ 0,20 (R$ 0,65)", acrescenta.
O entregador Nonoy Morallos é cliente assíduo do restaurante.
"Como 'pagpag' porque é saboroso. É muito bom. Este restaurante, em particular, faz 'pagpag' limpo, por isso mais pessoas compram aqui. Mas é preciso ter estômago forte", conta.
"Estamos acostumados com isso. É o que temos. É o que os pobres podem comprar. Enquanto estivermos por aqui, vamos continuar comendo 'pagpag'", completa.
Segundo o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, na sigla em inglês), as Filipinas são um dos poucos países da Ásia onde a desigualdade de renda vem aumentando nos últimos anos.
Cerca de 20% dos filipinos vivem abaixo da linha da pobreza, diz a instituição.
Na última quinta-feira, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, gerou polêmica ao defender um aumento de salário para si mesmo porque tem “duas esposas”.
Duterte ganha atualmente cerca de US$ 5,8 mil (R$ 18,8 mil).
A menção às suas “duas mulheres” decorre do fato de que ele é divorciado. Seu primeiro casamento foi anulado em 2000. Ele se casou, então, novamente.
Os benefícios de brincar na rua para a saúde das crianças
Nesta série, os jornalistas da BBC te ajudam a aprender e praticar inglês com uma das notícias mais interessantes da semana. Assista ao vídeo e acompanhe o vocabulário.
pilot scheme – first plan or programme of its kind
gaining traction – becoming more accepted and popular
drew inspiration (from) – found the source of an idea in something
government guidelines – advice from the government on how to do something
championed – supported, defended or fought for something
Answer this…
In what way is 'Street Play' helping children meet governmental health guidelines?
Transcript
A street in Toronto, Canada, with children doing what they do best - playing together and having fun. They're able to play on the roads here because cars are banished every week for four hours at a time. This street is one of seven that have just finished a six-month pilot scheme.
Deborah Doncaster, President - Earth Day Canada
''It's all about getting kids outside playing again. It was a natural part of my childhood but it's a big piece of childhood that's missing from the modern day."
Often known as 'Street Play' - it's an idea that's gaining traction around the world. This Canadian scheme drew its inspiration from the streets of the UK - streets like this one in Bristol. This street plays together like this for two hours every Tuesday.
Scientists who have studied the scheme think it can also have health benefits for children.
Professor Angie Page, University of Bristol
''You can get an extra ten minutes of moderate-to-vigorous physical activity just from simple closure of a street for a short period of time, which can make a real difference on whether they meet the government guidelines for physical activity.''
Who introduced Street Play sessions to her Bristol street?
Alice Ferguson, Director - Playing Out
''Our children were not getting outside enough, they were not physically active enough, and we saw that we had this great space immediately outside their front doors, but they couldn't use it. ''
More than forty local authorities across the UK are now supporting the 'Street Play' scheme she championed, and 'Street Play' seems to have an appeal that crosses national boundaries.
Did you get it?
In what way is 'Street Play' helping children meet governmental health guidelines?
The answer:
'Street Play' is helping children meet governmental health guidelines by providing an extra ten minutes of moderate-to-vigorous physical activity.
Did you know?
'Street Play' is a grassroots movement. This means that it is an idea which was first created and organised by ordinary people to solve a problem they were having at a local level.